Tesouro Nacional divulgou nesta segunda-feira (14) uma proposta que pode deixar o teto de gastos atrelado a dívida pública; saiba mais detalhes
O teto de gastos pode ficar atrelado à dívida pública, o Tesouro Nacional divulgou nesta segunda-feira (14) uma proposta flexível visando a responsabilidade fiscal diante do novo governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que irá assumir o país em janeiro de 2023.
A medida pode permitir um crescimento real das despesas segundo o nível de trajetória da dívida pública. Além de conceder bônus caso possa haver uma melhora do superávit das contas.
De acordo com publicação do jornal Folha de S. Paulo, o texto foi assinado por oito técnicos do órgão e apresenta sustentação para a nova regra, que seguiria assumindo o limite de despesas como o principal fator.
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O texto é publicado no momento em que está em discussão pela equipe de transição do governo petista, uma proposta de emenda à Constituição (PEC), que tem o intuito de garantir o valor de R$ 600 do Bolsa Família em 2023 e, ainda, o pagamento adicional de R$ 150 para famílias que têm filhos com menos de seis anos.
A medida ainda propõe que esses gastos estejam fora do teto durante quatro anos ou permanente, o que elevaria a um gasto em torno de R$ 175 bilhões. A proposta assustou o mercado financeiro, que tem medo de uma piora e descontrole das contas e da dívida pública. No caso de manter os benefícios com investimentos de receitas extraordinárias, esse valor pode chegar a R$ 198 bilhões.
Lula criticou durante evento com parlamentares na semana passada, em Brasília, o teto de gastos, o que gerou reação instantânea do mercado — a bolsa Ibovespa despencou e o dólar subiu. A proposta do Tesouro vem no sentido de contribuir como uma alternativa à discussão acerca da reformulação das regras.
O projeto proposto pela agência é baseado em três elementos principais: gastos, dívida e resultados principais. Os limites de gastos sempre são pelo menos revisados pela inflação (o que é o caso atualmente), mas dependendo do nível e da trajetória desses indicadores, existe a possibilidade de acrescentar mais um.
No caso do passivo, o técnico escolheu como referência a DLGG (Dívida Líquida das Administrações Públicas). Inclui o governo federal, estados e municípios - mas, ao contrário de outras medidas mais conhecidas, como a dívida bruta ou a dívida líquida do setor público (DLSP), exclui a dívida nacional e os títulos públicos que os bancos centrais usam para atingir seus objetivos. A chamada política de taxas.
*Com informações da Folha de S. Paulo
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