O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, cita que o reajuste do salário mínimo 2023 ainda depende de um fator para ele ser atualizado
Assim que iniciou o novo governo, uma das promessas do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) era apresentar um aumento real no salário mínimo 2023. Mas até hoje segue o valor de R$ 1.302, que foi sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O valor do salário mínimo 2023 ainda pode ser atualizado. Pelo menos, é o que indica o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. “Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio”, afirmou o ministro em entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil.
Segundo Marinho, além do reajuste do novo salário mínimo 2023, será retomada a Política de Valorização do Salário Mínimo, que é uma das prioridades da pasta. O ministro relatou que a PVMN apresentou bons resultados durante os dois primeiros mandatos de Lula (2003-2010).
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“Nós conseguimos mostrar que era possível controlar a inflação, gerar empregos e crescer a renda, crescer a massa salarial dos trabalhadores do Brasil inteiro, impulsionado pela Política de Valorização do Salário Mínimo, que consistia em, além da inflação, garantir o crescimento real da economia para dar sustentabilidade, para dar previsibilidade, para dar credibilidade acima de tudo para todos os agentes. É importante que os agentes econômicos, o empresariado, os prefeitos, os governadores, saibam qual é a previsibilidade da base salarial do Brasil, e o salário mínimo é a grande base salarial do Brasil”, explicou.
Marinho comentou que se a política de valorização do salário mínimo não tivesse sido interrompida a partir de 2016, o salário mínimo 2023 estaria valendo R$ 1.396 ao invés de R$ 1.302.
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Após quatro anos, o salário mínimo poderá ter, novamente, um aumento real, caso se concretize o valor de R$ 1.320.
Se este valor prevalecer mesmo, ele estará R$ 38 acima do piso, o que sugere um valor quatro vezes maior do que o aumento real apresentado no primeiro ano de governo Bolsonaro.
O aumento real do piso salarial ficou bem acima da inflação de 2022, que acumulou uma alta de 5,79% nos últimos 12 meses, conforme indica o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 2019, o salário mínimo ajustado subiu para R$ 998 em janeiro daquele ano, com uma alta de apenas R$ 8 acima da inflação, que apresentou uma alta acumulada de 3,75% nos 12 meses anteriores.
Se não tiver um novo aumento no piso, o atual salário ainda representa um aumento real de cerca de R$ 20, ainda mais de duas vezes maior do que o aprovado no primeiro ano do governo Bolsonaro.
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