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É errando que se aprende...

Quando trabalhava com perícia médica, João Carlos Corrêa deparou-se com alguns artigos de direito penal e a paixão foi imediata.

Redação
Publicado em 01/10/2010, às 14h49

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Quando trabalhava com perícia médica, João Carlos Corrêa deparou-se com alguns artigos de direito penal e a paixão foi imediata. Posteriormente, encantou-se também com a área constitucional, tributária e administrativa. “Hoje, sou o maior incentivador para que todos façam o curso de direito. A área é fascinante. Temos muito mais direitos e deveres do que pensamos. Além disso, ele nos faz entender  e olhar o mundo sob outro ângulo”, afirma.

Cansado da instabilidade financeira da iniciativa privada, João resolveu prestar concursos. Percebeu que o serviço público ofereceria a segurança profissional que buscava e, ao mesmo tempo, poderia trazer algum benefício para a sociedade. Para ele, existem muitos servidores capacitados e que exercem suas funções com primazia. “Na iniciativa privada, muitas vezes, você não tem qualidade de vida. Várias pessoas deixam de tirar férias com medo de serem substituídas”.

Após três anos de dedicação aos estudos e contando com o apoio da família, João foi aprovado no concurso da Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz/SP) para o cargo de analista de planejamento, orçamento e finanças públicas. Ele acredita que exerce uma das funções mais belas de São Paulo, já que é responsável por fazer com que o Estado gaste o dinheiro público de forma eficiente e eficaz. Antes disso, também havia prestado concurso para o Ministério da Fazenda e Receita Federal.

Com a família, o analista percebeu que é necessário errar para aprender. Observando os sobrinhos, Guilherme, Gabriel e Juliana a desenhar e a falar, principalmente. “Com cada palavra errada ou desenho incompreensível, percebi que com os erros e tentativas alcançamos a perfeição. Isso é fundamental para o concurseiro”.

O apoio da esposa, Denise, também foi importantíssimo para que o concurseiro atingisse a carreira pública. Frequentemente, ela reafirmava para João que o caminho não seria fácil, mas o resultado seria gratificante. O analista conta também que tudo na sua vida foi assim. Quando pequeno passou por algumas dificuldades na infância, mas sempre persistiu e chegou lá. “Lembro que já tivemos, muitas vezes, que comer canja de galinha no verão, porque não havia o que comer. Era uma canja que tinha só miúdos e pé de galinha”.

Para quem ainda não foi aprovado, João acredita que o importante é ser disciplinado. Isso porque, atualmente, estão exigindo cada vez mais dos candidatos. Para ele, às vezes, os concurseiros de nível médio deparam-se com questões com a dificuldade do nível superior. Porém, acredita que estudar 3h por dia é o suficiente. Mas acrescenta que é necessário intercalar as matérias e saber aproveitar o tempo livre. “Deve-se ler no ônibus, no trem, metrô, onde quer que seja. Todo tempo disponível deve ser aproveitado em nosso favor”.

Controlar a ansiedade também é um dos fatores citados pelo analista. João relembra que uma vez foi fazer uma prova e não dormiu a noite inteira. Resultado? Não conseguiu resolver as questões mais simples. Sendo assim, afirma que o lazer é fundamental. A rotina do João costumava ser estudar por várias horas ao dia, porém, de vez em quando esquecia do objetivo e divertia-se em uma festa ou barzinho. “É preciso ter força, dedicação e persistência. A fila anda. Chegará a hora de todos”.

Engana-se quem pensa que os objetivos na área pública de João terminaram. O analista quer se tornar procurador do Estado. Por isso, voltou a estudar diariamente. Ele gosta de assistir as aulas em um curso preparatório para concursos, tendo assim um primeiro contato com a matéria e sempre procura tirar suas dúvidas com um professor focado em seleções públicas. “Fiz estágio na Procuradoria do Estado de São Paulo e conheci pessoas fantásticas que me ensinaram muito. Meu sonho é ingressar no órgão como procurador”. Alguém dúvida que ele irá conseguir?

Samantha Cerquetani/SP

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