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Rebolando nos concursos

Professor de educação física, Flávio Menezes pretende prestar concurso para escrevente do TJ de São Paulo e manter as duas carreiras

Redação
Publicado em 23/07/2010, às 15h48

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“Atención”...Com um som quase ensurdecedor, a música do terceiro andar da academia pode ser ouvida de longe. Lá, todas as segundas, quartas e sextas, as aulas de ginástica localizada são comandadas por Flávio Menezes, de 37 anos. O professor não para. São horas de spinning, jump, abdominais, step e alongamento. A sala sempre está lotada, mesmo com a rigidez e disciplina exigida pelo professor. Talvez seja porque na era da perfeição corporal, as alunas encontraram um motivo a mais para treinar: Flávio é moreno, alto, carismático e adora dar piscadinhas para as meninas.

Tanta determinação justifica-se após conhecer um pouco melhor a sua história. Quando criança, Flávio e os irmãos viveram em uma favela na Zona Leste de São Paulo. Teve alguns percalços pelo caminho logo de início. Repetiu algumas séries da escola e teve que lidar com a separação dos pais. Com a sua personalidade inquietante, na adolescência percebeu que adorava dançar e fez disso sua profissão por um tempo. Começou a dar aulas de lambaeróbica em academias da região de Poá e ao mesmo tempo trabalhava como coordenador administrativo em um posto de saúde.

Quando foi convidado por uma grande academia para dar aulas, viu que a oportunidade da sua vida estava ali. “A vaga exigia que eu tivesse o curso superior e eu era apenas um dançarino. Não desanimei e entrei na faculdade com 27 anos. Terminei a graduação em 2005 e hoje sou um profissional com bacharelado e licenciatura em educação física”, orgulha-se.

Atualmente, o professor trabalha cerca de 6h por dia em três academias e possui uma renda mensal de aproximadamente R$ 2.500. Para muitos, isso seria suficiente, mas não para ele. Flávio pretende prestar concurso para o cargo de escrevente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e manter as duas carreiras. “Adoro a minha profissão, jamais vou abandoná-la. Mas presto concursos porque os salários geralmente são muito altos e garantem uma estabilidade”, afirma.

Além do cargo de escrevente, ele já prestou os dois últimos concursos para oficial da justiça. Na ocasião, chegou a frequentar um cursinho especializado e estudava 6h todos os dias. “Agora, só estudo quando tenho tempo em casa ou dentro do ônibus. Com o cursinho é mais fácil aprender porque os professores ensinam como controlar o tempo e passam algumas dicas que facilitam os estudos”.

O professor se orgulha de todas as coisas que já alcançou, principalmente do filho, e acredita que sempre fez aquilo que teve vontade. Mesmo assim, além da aprovação em um processo seletivo, Flávio sonha em casar, ter mais filhos e um dia morar na praia ou perto de montanhas.

De acordo com Flávio, para ser aprovado em concurso e conseguir uma boa forma física é preciso muita determinação, paciência e tempo. “Quem está prestando concursos precisa estudar o máximo de horas que conseguir. E ainda assim será pouco. O foco é fundamental para conquistar uma vaga. É necessário deixar de lado algumas coisas que gostamos e se dedicar aos estudos. A mesma coisa acontece para manter a forma, é preciso treinar na academia pelo menos quatro dias da semana e seguir uma dieta constante”, compara.

Samantha Cerquetani

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