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Um sentido diferente para sua aprovação

O que se busca quando desejamos ser aprovados nos concursos públicos é liberdade. Quando você passa em um concurso, você se torna livre. Livre em todas as suas formas

Daniel Sena
Publicado em 24/06/2015, às 10h32

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Nos últimos artigos eu tenho explorado uma temática bem reflexiva acerca da aprovação em concurso público. Tenho feito isso porque a quantidade de pessoas perdidas que me procura para um aconselhamento ou direcionamento vocacional é impressionante.
São diversas as razões que fazem uma pessoa estudar para concurso público. Independentemente do motivo, uma coisa é muito clara para mim: a maioria das pessoas que me procuram está completamente insatisfeita com a vida que leva. Seja pelo salário insatisfatório que recebem, seja pela insegurança da iniciativa privada, seja pelo chefe ruim que encontraram no caminho, não importa a razão, quando alguém inicia sua caminhada rumo aos concursos públicos quer, na verdade, é mudar sua vida, quer algo diferente do que conquistou até aqui. Não é exatamente isso que está acontecendo com você neste momento?
Este artigo é para trazer à luz uma palavra que define perfeitamente o que uma pessoa procura quando decide prestar concurso. Essa palavra é um sentimento. Melhor, é um estado de espírito. É algo que procuramos a vida toda e não encontramos em qualquer lugar. O que se busca quando desejamos ser aprovados nos concursos públicos é liberdade. É sobre isso que quero falar hoje: liberdade. Passar no concurso é conquistar sua liberdade. 
Talvez você nunca tenha enxergado o concurso com essa perspectiva, mas é esse o sentimento que tenho em meu coração hoje. Sou livre porque tenho meu cargo público. Quando não tinha sido aprovado ainda, isso em 1997, ao completar os meus 18 anos de idade, dentro de mim existia um enorme sentimento de insegurança e medo do futuro. Eu não sabia o que viria pela frente. Só para ajudar, eu tinha sido um aluno medíocre nos estudos, apesar de ter estudado nas melhores escolas. Ao terminar o ensino médio eu não sabia o que queria fazer, mas mesmo assim eu prestei vestibular para psicologia em várias universidades, públicas e privadas. Eu era tão fraco que não passei em nenhum vestibular que fiz (nem nas privadas). Aquilo me desesperou porque eu fui pai aos 16 anos e já tinha responsabilidades de um adulto, e sinceramente queria honrá-las.
Foi nesse período que me interessei pelo concurso público. Percebi que o concurso poderia me dar algo que a faculdade demoraria muito para dar, e hoje sabemos que nem com ela é fácil conquistar. Iniciei meus estudos do jeito que podia. Fiz um cursinho e comecei a prestar as provas. O meu desespero para passar era tão grande que eu decidi estudar de verdade, pela primeira vez na vida. Não deu outra: fui aprovado em menos de um ano no concurso da Polícia Militar do Distrito Federal e comecei a trabalhar. Lembro-me como se fosse hoje. Quando recebi o meu primeiro contracheque (antes de receber o dinheiro na conta) eu fiquei estarrecido com tanto dinheiro. Eram uns R$ 800, que na época valiam muito. Comprei carro financiado, aluguei um apartamento bacana, casei, coloquei minha filha nas melhores escolas, viajei de férias e fiz tudo o que o meu dinheiro me permitia. A quantia não era lá essas coisas, mas ela me permitiu ter a vida que eu queria ter.
Quando falo que a aprovação é liberdade, é isso que quero dizer. Quando você passa em um concurso, você se torna livre. Livre em todas as suas formas. 
Eu me libertei da dependência dos meus pais. Se tem uma coisa que me orgulho, foi de nunca ter dependido dos meus pais após os meus 18 anos. Eles me deram todo o suporte financeiro até eu começar a trabalhar no meu primeiro cargo público, depois eu segui meu caminho e até hoje sou livre. 
Eu me libertei da insegurança de conseguir um emprego. Eu não tenho ideia do que isso significa. Nunca precisei procurar emprego. Acredito que deva ser uma coisa bem constrangedora você chegar com seu currículo em uma empresa e pedir para trabalhar lá. Mais do que isso, eu nunca fui demitido. Não tenho ideia de como deve ser ruim o sentimento de alguém que fora demitido, por qualquer motivo.
Eu me libertei financeiramente. Desde o dia em que passei no meu primeiro concurso, e isso já faz uns 18 anos, todos os meses da minha vida eu tive dinheiro em minha conta. Uns dias mais, outros menos, mas sempre tive. Eu podia ter feito um compromisso financeiro de 18 anos no meu primeiro pagamento que hoje certamente eu teria condições de pagar. 
Eu me libertei para ser o que quisesse. Quando passei no meu primeiro concurso eu percebi que poderia ser o que quisesse. Eu poderia passar no concurso que quisesse. Eu poderia fazer a faculdade que quisesse. Definitivamente, eu poderia ter a vida que quisesse, como de fato tive. 
Hoje sou o que quero, estou onde quero e tenho a vida que quero. E te garanto uma coisa: essa liberdade de ser quem eu quero não tem preço! Algumas pessoas passam a vida toda lutando por isso e eu conquistei essa liberdade aos meus 18 anos. Então, quero deixar aqui uma pergunta para você refletir, caso tenha entendido minhas palavras: você quer continuar preso à sua vida atual ou deseja viver uma vida livre e plena? Se você busca liberdade, faça concurso público! Fica a dica!
Daniel Sena é diretor do AlfaCon São Paulo, professor de direito constitucional e especialista em concursos públicos. Twitter: @ProfDanielSena. Facebook: /Profdanielsena.
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