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Dobradinha: interpretação de textos e ortografia

A análise textual de qualquer concurso requer do candidato conhecimentos básicos que são exigidos em sua prova, por isso, identificar o gênero, a tipologia e as figuras de linguagem já é meio caminho andado

Redação
Publicado em 11/04/2012, às 16h21

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A análise textual de qualquer concurso requer do candidato conhecimentos básicos que são exigidos em sua prova, por isso, identificar o gênero, a tipologia e as figuras de linguagem já é meio caminho andado.

É importante verificar o significado das palavras, contextualizar a obra no espaço e tempo, esclarecer fatos históricos pertinentes ao texto, conhecer dados biográficos do autor, relacionar o título ao texto e levantar o problema abordado. Atenção especial se deve à idéia central e às secundárias do texto, pois ali estão centradas as intenções do texto.

A coesão e coerência textual são muito questionadas, além do reconhecimento da intertextualidade. O objetivo da análise é levantar elementos para a compreensão e, posteriormente, fazer julgamento crítico. Para compreender bem é necessário que o leitor conheça os recursos linguísticos: regência, concordância, colocação pronominal, pontuação, entre outros de extrema relevância.

A interpretação é a conclusão, deduzir a partir dos dados coletados. A interpretação crítica consiste em concluir os dados e, em seguida, julgar, opinar a respeito das conclusões. Mas muito cuidado, nos enunciados de muitas provas aparecem termos como certificar, comprovar, declarar, expor, justificar, expressar, significar, distinguir, destacar o caráter, as particularidades, equivaler, unir-se, agregar, demonstrar, argumentar, explicar, fazer comparação, conexão, ligação, adquirir relações, revelar, estabelecer limites, indicar a significação precisa de, retratar, conceituar, explicar o significado, fazer ou estabelecer distinção entre, reconhecer as diferenças, distribuir em classes e nos respectivos grupos, de acordo com um sistema ou método de classificação, determinar a classe, ordem, família, gênero e espécie, pôr em determinada ordem, distinguir os traços característicos de, reconhecer, permitir a identificação, tornar conhecido, fazer menção, reportar-se, aludir-se, precisar, indicar (algo) a partir de uma análise, de uma medida, de uma avaliação, definir, transcrever, referir ou mencionar como autoridade ou exemplo ou em apoio do que se afirma, fazer com que, por meio de gestos, sinais, símbolos, algo ou alguém seja visto, assinalar, designar, mostrar, concluir (algo) pelo raciocínio; inferir, concluir, deduzir, ser idêntico no peso,  submeter (algo) à apreciação (de alguém, oferecer como opção, apresentar, sugerir, alcançar clareza intelectual a respeito de, entender, perceber, compreender; tirar por conclusão, chegar à conclusão de, inferir, deduzir, fazer rápida menção a, referir-se.

Dicas para analisar, compreender e interpretar textos!

Tenha o hábito da leitura e o gosto por ela. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença no dia de sua prova.  Pratique exercícios de sinônimos e antônimos. Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impressão pode ser falsa. É preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. Atenção ao que se pede, pois às vezes a interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questão está voltada à idéia geral do texto.  Fique atento a leituras de texto de todas as áreas do conhecimento, porque algumas perguntas extrapolam ao que está escrito.

Memorize dez dicas ortográficas!

1. Escrevemos com -z- verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-.

  • economia = economizar
  • terror = aterrorizar
  • frágil = fragilizar

Entretanto:

  • catequese = catequizar
  • síntese = sintetizar
  • hipnose = hipnotizar
  • batismo = batizar

2. Usamos -s- nos diminutivos terminados em -sinho e -sito, quando a palavra primitiva possuir o -s- no final do radical.

casinha/ asinha/ portuguesinho/ camponesinha/ Teresinha/ Inesita

3. Grafamos -z- nos diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não apresentar -s- no final do radical.

mulherzinha/ arvorezinha/ alemãozinho/ aviãozinho/ pincelzinho

4. A grafia de -cess- será usada em palavras derivadas de verbos terminados em -ceder.

  • anteceder = antecessor
  • exceder = excesso
  • conceder = concessão

5. As palavras derivadas de verbos terminados em -prirmir, são grafadas com -press-.

  • imprimir = impressão
  • comprimir = compressa
  • deprimir = depressivo

6. Escrevemos com -gress-   vocábulos   derivados de verbos   terminados em -gredir.

  • agredir = agressão
  • progredir = progresso
  • transgredir = transgressor

7. As terminações -miss- ou -mess- são utilizadas em derivações de verbos em  -meter.

  • comprometer = compromisso
  • intrometer = intromissão
  • prometer = promessa
  • remeter = remessa

8.
Escrevemos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir.

curtir - r + ção = curtição

9. Escrevemos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante.

  • divertir - tir + são = diversão

10. Escrevemos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal.

  • discutir - tir + ssão = discussão
Até a próxima aula! Professora Sandra Ceraldi Carrasco, consultora e especialista em Língua Portuguesa, autora de livros e periódicos na área. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras, com índice recorde de aprovação. Seu mais recente trabalho aborda de forma prática o Acordo Ortográfico. Atualmente é coordenadora do curso preparatório IPA. Contato: professora.sandracarrasco@uol.com.br.
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