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Os concurseiros aperreados e o poder da paciência

“Em vez de ficamos com raiva, em pânico, estressados, desmotivados ou frustrados enquanto nos preparamos para um concurso, na véspera da prova, ou em caso de reprovação, deveríamos ser capazes de analisar a situação por outra perspectiva”

Redação
Publicado em 04/11/2011, às 16h13

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* Professor José Wilson Granjeiro

Há três alunos na minha escola que se tornaram meus amigos, enquanto eu me transformei, para eles, em espécie de consultor, mentor, guru, confidente, algo do gênero. Pois bem. Esses alunos não aguentam mais esperar pela aprovação. Já estão impacientes, irritados, incapazes de aguardar mais um pouco. Os três têm uma característica em comum: são – como diriam meus conterrâneos nordestinos – aperreados. Sempre que me encontram, relatam a angústia que sentem e pedem aconselhamento. É para esses alunos, e para milhares de outros concurseiros, que dedico essa mensagem, em que ofereço algumas palavras extraídas da experiência, das leituras e da minha crença no trabalho e no poder da paciência.

Em vez de ficamos com raiva, em pânico, estressados, desmotivados ou frustrados enquanto nos preparamos para um concurso, na véspera da prova, ou em caso de reprovação, deveríamos ser capazes de analisar a situação por outra perspectiva. Deveríamos avaliar, por exemplo, como essas experiências contribuem para nosso aprendizado. Como elas nos ajudam a desenvolver serenidade, tão importante para voltarmos para a “fila” e persistirmos na jornada rumo à carreira pública. Sem paciência, não podemos aprender as lições que a vida nos ensina e não conseguimos amadurecer. A consequência é que não conquistamos os resultados esperados. Isso vale para o empregado, para o estudante, para o político, para o governante, para o concurseiro.

A paciência nos imbui da firmeza e da capacidade necessárias para caminharmos em direção aos nossos objetivos e sonhos. Tomemos o exemplo dos estudantes asiáticos. Por serem treinados desde cedo para persistir, eles costumam apresentar desempenho melhor do que a média dos americanos. Obviamente, ter paciência e perseverar, a despeito dos obstáculos, não significa, necessariamente, que obteremos resultados incríveis. Contudo, a paciência aumenta as chances de concretizarmos nossos sonhos – sonhos como o de ser aprovado para um bom cargo público.

A paciência nos ajuda a enfrentar os obstáculos do caminho e a reagir aos desafios com força, coragem e otimismo. É essa virtude que nos permite compreender que temos limitações típicas do ser humano. É ela que nos dá fôlego para perseverar apesar dessas limitações. Enfim, quando somos pacientes, aumentamos as chances de conquistar aquilo que almejamos. Extraio daí este conselho: quando passar por frustração ou for submetido à derrota – seja na vida, seja nos negócios –, seja humilde e se pergunte o que você pode aprender com essa experiência. Certamente a paciência será a principal lição.

A genialidade dos grandes mestres – aqueles a quem se atribui a responsabilidade por grandes feitos e que são fonte de inspiração – está na capacidade de exercer a paciência. De fato, as pessoas cuja serenidade admiro parecem saber qual é o momento ideal para a escolha que precisam fazer. Elas sabem que há o tempo de esperar e o tempo de agir. Acima de tudo, confiam na própria intuição e sabedoria para identificar um ou outro momento.

Felizmente, uma característica que por certo herdei dos meus pais foi a paciência para esperar e discernir entre a hora de parar, a hora de recuar e a hora de avançar. E minha experiência de vida me ensinou que todos nós somos capazes, talentosos e competentes para perceber cada um desses momentos.

Aprendi, ainda, que cada um de nós tem atitude e disposição quando a vida nos desafia. Toda vez que vencemos um obstáculo, vivenciamos a sensação de dever cumprido. Ora, em cada uma dessas superações, agimos da mesma forma: não nos esquivamos do problema, mas usamos a paciência para resolvê-lo. Vencida a batalha, crescemos um pouco mais. Por isso, um dos principais conselhos que posso dar para meus alunos concurseiros é este: quando um novo desafio surgir para testar a sua paciência, repita para si mesmo: eis mais um estímulo para o meu crescimento e sucesso.

Vez ou outra fico ansioso de verdade. Nessas horas, quando me falta paciência – além de contar até vinte ou fazer uma corridinha de 20 quilômetros ou mais –, leio a Bíblia. Há uma oração de que gosto muito: “Senhor, dê-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as coisas que posso mudar e sabedoria para distinguir umas das outras.”

Uma última mensagem: FAÇA o que num primeiro momento você acha que é incapaz de fazer. BONS ESTUDOS, E TENHA PACIÊNCIA!

J. W. Granjeiro é Diretor-Presidente do Gran Cursos; coordenador do Movimento pela Moralização dos Concursos - MMC. www.professorgranjeiro.com. Twitter: @jwgranjeiro

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