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A baixa produtividade no setor público

Ser bom incomoda! Causa discriminação por parte daqueles que precisam do nivelamento abaixo do mediano para que a incompetência destes não apareça!

Redação
Publicado em 02/02/2012, às 09h48

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Luiza Ricotta
Muitas destas repercussões no ambiente de trabalho público vêm de uma formulação do pensamento de que não podem ter produtividade para não destoar da maioria. Os que fazem mais e melhor tendem a ficar evidentes. E isso não é bom para aqueles que pretendem passar por funcionários públicos invisíveis: - de que é possível ter produtividade, pois será requisitado a produzir. Trata-se de uma medíocre filosofia: - manter-se igualado a todos na baixa qualidade e produtividade.
Incrivelmente isso vem ocorrendo nos setores públicos! Onde muitos profissionais não são estimulados a demonstrar sua capacidade em razão de outros colegas não adotarem o mesmo nível e com isso são até discriminados. Pasmem! Discriminados por serem competentes!
Inúmeros são os casos de profissionais que se sentem pouco estimulados a “fazer mais” pela sua carreira. Trilharam o desafio do concurso público, estabeleceram ritmo, organização, disciplina, envolvimento com o conhecimento e desenvolveram habilidades tais que os tornariam  profissionais de excelência quando lotados no setor público. Mas o que teria ocorrido ao ingressar? O que vem fazendo com que tantos estejam se contagiando por essa manobra do “fazer menos”? Não é raro ouvir destes, que na instituição há o reforço para não se esforçar demais e como consequência o seu desapontamento e frustração. Acabam sendo pressionados pelos mais antigos a entrar no ritmo lento da baixa produtividade. Aquele que produz se torna explorado e sobrecarregado. Ele terá mais trabalho que os demais, e assim uma espécie de luta de “queda de braço” passa a existir e persuadindo-o a fazer menos, assim como os outros.
Os que se destacam na agilidade são vistos como aqueles que estão saindo do ritmo da maioria. Com isso são desestimulados à eficiência em razão de uma pressão grupal que visa limitar o trabalho num nível medíocre. Onde ser bom no que se faz não pode ser reconhecido, pois, criaria uma imagem positiva de si no ambiente e no grupo e a constatação de que é possível exigir mais. Pasmem novamente, muitos profissionais temem serem reconhecidos como eficientes e de excelência em razão desta pressão de pessoas e até pequenos grupos que pretendem que seu potencial não vá além do que a maioria possa corresponder, pois assim ninguém se destaca.
É preciso lembrar que os ambientes e contextos profissionais públicos, funcionam em uma estrutura corporativa, da geração de um espírito de colaboração e coparticipação que vão reger a dinâmica dos trabalhos, principalmente para aquelas funções onde o trabalho é realizado em equipe. 
Ser bom incomoda! Causa discriminação por parte daqueles que precisam do nivelamento abaixo do mediano para que a incompetência destes não apareça! Para que estes que produzem pouco, não sejam identificados.
Estude e trabalhe com o propósito de “quem faz” e por esta razão oferece qualidade. Nível esse que marcará sempre os seus serviços. Não permita ser punida (o) por Ser bom no que faz. Não aceite a pressão advinda de terceiros que buscam o não reconhecimento e apenas se tornam mais um no esquema de controle da baixa qualidade.
Luiza Ricotta é psicóloga e professora universitária. Autora do livro Preparação Emocional em Concursos Públicos: equilíbrio e excelência. Você pode conhecer também o tema através das vídeo-aulas de Preparação Emocional na área VIP para assinantes do www.jcconcursos.com.br. Twitter: @luizaricotta.
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