Para que você tenha um estudo de alta qualidade é fundamental conhecer e utilizar as técnicas construídas a partir das pesquisas da neurociência. Saiba como esse ramo da ciência pode favorecer os candidatos
Wander Garcia
Se você realmente quer ser aprovado num exame ou num concurso público, saiba que não basta estudar milhares de horas a fio. A quantidade de horas de estudo não é o fator decisivo para a sua aprovação. O fator decisivo é a qualidade do seu estudo.
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E pra que você tenha um estudo de alta qualidade é fundamental conhecer (e utilizar) as técnicas construídas a partir das pesquisas da neurociência.
De acordo com esse ramo da ciência, o caminho para um excelente aprendizado passa por quatro etapas: 1) CONTATO; 2) COMPREENSÃO; 3) PRÁTICA; 4) NOVO CONTATO
O CONTATO consiste em o estudante efetivamente ter “contato” com o objeto de conhecimento. Isso se faz, basicamente, por meio de aulas e livros. O importante, nesse primeiro momento, é escolher os materiais mais adequados e reservar um razoável tempo de horas líquidas de estudos.
O segundo momento é o da COMPREENSÃO. Trata-se de um plus em relação ao contato. Repare, por exemplo, na postura de um estudante que assiste a uma aula e anota tudo, mas que não está prestando muita atenção no que está anotando. Quem age assim, só está tendo contato. Não está atingindo o nível dois, que é o da compreensão.
A compreensão depende de você estar concentrado e com uma postura proativa, e, para isso, é necessário garantir que fatores físicos (inexistência de cansaço e de sono) e mentais/emocionais (sensação de bem estar e de otimismo) estejam presentes. Uma boa alimentação e exercícios físicos (pode ser uma caminhada, por exemplo) são capazes de influir decisivamente nessa concentração, por produzirem a serotonina e a endorfina, respectivamente.
A PRÁTICA tem a ver com o elemento concreto. Ou seja, deve-se, ao máximo, passar do elemento teórico para o elemento concreto. Ajuda muito nesse sentido fazer fichamentos (resumos dos conteúdos aprendidos), e também grifos e anotações (em livros). Mas o elemento mais poderoso ligado à prática é a resolução de questões de exames e concursos anteriores.
Quem resolve questões (de preferência comentadas, para que haja feedback) aumenta extraordinariamente as chances de ser aprovado, já que fixa muito mais os conhecimentos teóricos, sem contar no fato de que acaba tomando conhecimento das técnicas dos examinadores e das principais questões que aparecem nos exames, que, diga-se de passagem, repetem MUITO as questões.
Por fim, é necessário o NOVO CONTATO, ou seja, a revisão. O que aprendemos hoje, com o tempo, pode ficar um pouco perdido na memória. E pra que isso não ocorra nada melhor do que, periodicamente, revisar o que se aprendeu.
As revisões devem se dar em vários momentos. O primeiro deles é logo após o primeiro contato com a matéria. Há uma máxima que diz assim: “aula dada, aula estudada HOJE”. Se você assistir a uma aula, deve, no mesmo dia, estudá-la. Isso fará com que o aprendizado seja retido na sua mente.
Em seguida, pelo menos a cada mês, devem ser revisadas as matérias que foram aprendidas no mês anterior, tudo de modo a criar um nível de retenção excelente.
Bom, agora é com você. Veja se o seu estudo tem seguido as técnicas da neurociência e faça as adaptações necessárias para que você estude CERTO.
Wander Garcia é professor de cursos preparatórios para concursos públicos, Doutor e Mestre pela PUC/SP, Coordenador Acadêmico da Editora FOCO e Diretor Acadêmico do IEDI – Cursos Online. wander.garcia@uol.com.br
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