A redação é uma temática muito discutida e deve ser bem trabalhada quando se pensa em concursos. Definir suas modalidades e localizar seus elementos estruturais traduz êxito nas provas.
Sandra Ceraldi Carrasco
A redação é uma temática muito discutida e deve ser bem trabalhada quando se pensa em concursos. Definir suas modalidades e localizar seus elementos estruturais traduz êxito nas provas. Então, acompanhe as explicações da especialista e sucesso em seu concurso!
Modalidades:
ü NARRAÇÃO: conta-se um ou mais fatos, que ocorreram em determinado tempo, lugar, envolvendo certos personagens. Pode a narrativa fazer parte do mundo real ou imaginário.
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ü DESCRIÇÃO: apontam-se características que compõem um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem.
ü DISSERTAÇÃO: exposição de ideias gerais seguidas de apresentação de argumentos que as comprovem.
Estrutura Narrativa
Fato (o que se vai narrar); tempo (quando o fato ocorreu); lugar (onde o fato se deu); personagens (quem participou do ocorrido ou o observou); causa (motivo que determinou a ocorrência); modo (como se deu o fato); consequências (o que acarretou o fato).
Foco Narrativo
ü 1ª pessoa: o narrador participa da ação e se inclui na narrativa, denominado NARRADOR-PERSONAGEM, utilizam-se verbos e pronomes de 1ª pessoa;
ü 3ª pessoa: o narrador não participa da ação, não se inclui na narrativa, denominado NARRADOR-OBSERVADOR, utilizam-se verbos e pronomes de 3a pessoa.
Discurso são as falas da personagem ou do narrador:
ü DISCURSO DIRETO: é a fala reproduzida pelo narrador, exatamente como seria dito pelo personagem, ou a própria fala do personagem.
Ex.: “Viva! Agora vamos tratar de comer!
ü DISCURSO INDIRETO: é a fala da personagem, contada pelo narrador.
Ex.: Entusiasmado, Eugênio disse que estava na hora de comer.
ü DISCURSO INDIRETO-LIVRE: trata-se de uma forma mista em que a fala do personagem funde-se com o narrador, que transmitirá o pensamento e o sentimento do personagem, que intercala com a narrativa de 3ª pessoa.
Ex.: O ladrão, bem apanhado diga-se de passagem, roubou todos os cofres da loja.
Nesta modalidade, apontam-se características de determinados elementos, por isso o predomínio no texto descritivo é de adjetivos, predicativos, além de verbos de estado. A descrição objetiva ocorre quando o emissor quer descrever, mas também quer denotar emoção, o enfoque é subjetivo e a linguagem é conotativa, isto é, simbólica. Ex.: O sujeito parecia um carro de boi cruzando com um trem de ferro, entrou soltando fogo pela folga do dente de ouro. A descrição subjetiva, denominada também descrição técnica, obedece à necessidade de representar o ser da maneira objetiva e direta, limitando-se apenas com enumeração dos elementos, sem expressar nenhum juízo de valor. O observador deve relatar o objeto utilizando uma linguagem científica, precisa. Ex.: Ele tem uma armação de madeira, formada por varetas achatadas, unidas entre si por um eixo colocado próximo às extremidades... (guarda-chuva)
Estrutura Dissertativa:
ü TÓPICO FRASAL: vem expresso na introdução e pode ser desenvolvido por meio de diversos processos: o objetivo de quem escreve, o receptor a quem se dirige o texto, o ponto de vista a respeito de determinado assunto, seja o leitor favorável ou contrário, desenvolvendo a afirmativa de forma coerente para que ela tenha valor e seja também convincente.
ü TEMA: é o assunto que será exposto, ou seja, a ideia que será defendida ao longo da exposição. O tema não pode ser confundido com título, que é uma expressão curta e vem sempre sublinhado, colocado na primeira linha da redação.
ü ARGUMENTOS: são as fundamentações da dissertação, que devem ser retiradas do tema através de perguntas, desenvolvidas e fundamentadas em parágrafos próprios. Os argumentos sempre justificam a afirmação proposta pelo tema.
CRONOLOGIA DISSERTATIVA:
ü INTRODUÇÃO: os argumentos são apenas mencionados num primeiro parágrafo, informando o assunto sobre o qual a dissertação vai tratar. Cada argumento é encaixado ao tema, através de conjunções (pois, além do mais, etc.).
ü DESENVOLVIMENTO: é a explicação lógica dos argumentos apresentados na introdução, em que cada um será desenvolvido em parágrafos próprios.
ü CONCLUSÃO: é iniciada com uma expressão que remeta ao que foi dito nos parágrafos anteriores (expressão inicial) e a ela deve seguir-se uma reafirmação do tema proposto no início da redação.
Até o próximo encontro!
Professora Sandra Ceraldi Carrasco, consultora e especialista em Língua Portuguesa, autora de livros e periódicos na área. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras, com índice recorde de aprovação. Seu mais recente trabalho aborda de forma prática o Acordo Ortográfico. Atualmente é coordenadora do curso preparatório IPA. Contato: professora.sandracarrasco@uol.com.br.
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