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Próclise, ênclise e mesóclise

A colocação pronominal, na Língua Portuguesa, refere-se à posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo. As posições clíticas de pronomes oblíquos átonos são: próclise, ênclise e mesóclise.

Redação
Publicado em 30/05/2012, às 12h12

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Sandra Ceraldi Carrasco
A colocação pronominal, na Língua Portuguesa, refere-se à posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo. As posições clíticas de pronomes oblíquos átonos são: próclise, ênclise e mesóclise. 1. Próclise: pronome + verbo. Ex.: Eu os vi ontem.2. Ênclise: verbo + pronome. Ex.: Vi-os ontem.3. Mesóclise: início do verbo + pronome + terminação verbal. Ex.: Ver-nos-emos mais tarde. Todas as conjugações verbais permitem próclise e, com exceção do particípio e dos tempos futuro do presente (fará, dirá, verá) e futuro do pretérito (faria, diria, veria), permitem também ênclise. Somente os tempos Futuro do Presente e Futuro do Pretérito permitem mesóclise. O português falado no Brasil e em Portugal é diferente quanto às preferências por posições clíticas. No Brasil, opta-se sempre por próclise independente da posição do grupo/sintagma/locução verbal (pronome e verbo) na oração. Já em Portugal, dependendo da posição do grupo verbal na oração, opta-se ou não pela próclise. Veja:No Brasil Me dê atenção.Te amo.Em Portugal Dê-me atenção.Amo-te.As gramáticas normativas condenam o uso brasileiro de próclise e esse uso é ensinado no colégio como sendo proibido na escrita. Portanto, exceto quando a escrita simula a fala (mensagens instantâneas e de celular, por exemplo), as posições clíticas da escrita no Brasil são as mesmas do português falado em Portugal. Então entenda:
Português falado no Brasil coloquialmente • sempre se usa próclise.
Português falado em Portugal e normatizado por regras• nunca se usa próclise no início do período;• nunca se usa próclise após pausa/vírgula;• usa-se sempre próclise após atratores.
Deve-se usar a Próclise diante dos seguintes atrativos:1. Advérbio2. Conjunção3. Palavra negativa4. Pronome indefinido5. Pronome interrogativo6. Pronome relativo
Observação: Não deve ser usada no início de oração ou período. Apesar disso, o uso da próclise é generalizado no Brasil, de modo que na fala popular é comum o uso inclusive no início de oração. Ex.: *Se faz justiça com as próprias mãos naquele lugar.
Em gramática, denomina-se Ênclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo. É usada principalmente nos casos:1. verbo inicia a oração;2. verbo no imperativo afirmativo;3. verbo no infinitivo impessoal;4. verbo no gerúndio (sem a preposição em).
Observação: Não deve ser usada quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Nesse caso é utilizada a mesóclise. Nota-se também que os pronomes oblíquos átonos o, a, os, as assumem as formas lo, la, los, las quando estão ligados a verbos terminados em r, s ou z. Assim, o verbo perde sua última letra e a nova forma deverá ser acentuada de acordo com as regras de acentuação da língua. Ex.: Fá-lo (faz + o); amá-la (amar + a); qui-los (quis + os). No caso de verbos terminados por am, em, ão ou õe, ou seja, sons nasais, os pronomes o, a, os, as assumem as formas no, na, nos, nas, e o verbo é mantido inalterado. Ex.: propõe-no (propõe + o); pequem-no (peguem + o).
Observação: Em linguagem coloquial, no Brasil, é comum utilizar o pronome reto em substituição ao pronome oblíquo - Por exemplo: "peguem eles!". Este tipo de construção não é adequada em linguagem formal.
Denomina-se mesóclise a colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo. Utiliza-se quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo e não há, antes do verbo, palavra que justifique o uso da próclise. Ex.: Vê-lo-ei mais tarde se pudesse. (futuro do presente); trá-lo-ia logo mais caso a tivesse comprado. (futuro do pretérito). Convidar-me-ão para a cerimônia. (futuro do presente). Convidar-me-iam para a festa se tivessem lembrado! (futuro do pretérito). Como visto, atenção quanto à colocação pronominal, verifique sempre sua linguagem no dia a dia, pois essa é a mais viciosa e desprovida de regras. Aos conversar em casa, no trabalho e em provas e concursos, procure falar e escrever da forma mais polida possível. É dessa maneira que aprendemos a nos comunicar corretamente!Bons Estudos!
Professora Sandra Ceraldi Carrasco, consultora e especialista em Língua Portuguesa, autora de livros e periódicos na área. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras, com índice recorde de aprovação. Seu mais recente trabalho aborda de forma prática o Acordo Ortográfico. Atualmente é coordenadora do curso preparatório IPA. Contato: professora.sandracarrasco@uol.com.br.
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