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Curso preparatório: fazer ou não fazer?

A utilidade do curso é influenciada por inúmeros fatores, incluindo o nível de preparação que o candidato já alcançou

Redação
Publicado em 05/11/2012, às 15h30

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William Douglas

Hoje, comentarei a pergunta que deixa muitos concurseiros de cabelo em pé. No caso dos vestibulares e concursos públicos, participar de cursos preparatórios é uma opção. Será que ela vale a pena? Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que a resposta é “depende”. É preciso ter calma e atenção para comentar essa polêmica questão.

Em uma primeira passada de olhos na questão, ou vendo de maneira superficial, a resposta é sim, porque os cursos, de maneira geral, oferecem bons professores, pesquisas de temas e questões relativas às provas, cronogramas, dicas e macetes, material de estudo específico, aconselhamentos e muitas outras coisas que o auxiliarão em seu preparo para concursos. Além de ser um lugar de estudo fora de casa, o que para muitos concurseiros é extremamente importante.

A resposta, contudo, também pode ser um sonoro “não”. Fazer cursinho não vale a pena se você não está, de fato, aproveitando aquela oportunidade. A margem de não aproveitamento das aulas em cursos preparatórios é muito grande. Posso afirmar que muitos estão ali sem um objetivo claro ou sem acreditar em algo que podem alcançar, sem compromisso, sem ânimo, sem saber como aproveitar melhor a aula, perdendo rendimento com “competição” com colegas ou até mesmo com o professor, sem conhecer técnicas que permitam um aprendizado e memorização mais eficientes. Frequentam os cursos e esquecem de se dedicar aos estudos, o que não é produtivo, não adianta. Já em relação aos eventuais problemas administrativos com o curso, creio que podem ser resolvidos com um pouco de diálogo.

Para além dessas questões, a utilidade do curso é influenciada por inúmeros fatores, incluindo o nível de preparação que o candidato já alcançou. Os cursos preparatórios lidam com uma grande dificuldade: a heterogeneidade dos alunos. As turmas, de um modo geral, seguem um padrão médio, mas existem os alunos que já estão adiantados e aqueles que estão começando os estudos agora. Aulas de reforço e turmas especiais podem ser úteis nestes últimos casos, mas nem sempre é possível criá-las.

Seja qual for o seu nível de preparação, procure aproveitar ao máximo o curso, os professores, as matérias e cuidar de sua situação em particular, estudando mais para “tirar a diferença” ou tomando cuidado para não diminuir o seu ritmo e, principalmente, não perder a humildade perante os concurseiros iniciantes.

O aluno menos preparado deve reforçar seu estudo em casa para poder acompanhar o ritmo das aulas. O aluno mais preparado deve tomar cuidado com a vaidade para não se ver traído por ela. Por mais preparado que um aluno esteja, dificilmente deixará de ter algum benefício ao assistir às aulas. Eventualmente, pode até deixar de acompanhar uma ou outra disciplina, mas deve ter cuidado para não achar que está muito bem e não ouvir o que há de novo, o que está caindo mais nas provas etc.

Em suma, um curso preparatório é um importante e útil aliado, quase sempre muito válido e um aconselhável caminho para melhorar sua preparação. Contudo, quem não tem condições de custear o curso (ou conseguir um desconto, uma bolsa ou frequentar um curso social) não estará impedido de ter sucesso. O curso não substitui o estudo em casa e não substitui o exercício por provas antigas. Além disso, participar de um curso não é a solução final para o problema. Simplesmente estar matriculado ou frequentando um curso não faz ninguém passar. O que faz o aluno passar é a sua dedicação e o estudo com qualidade. Para isso, os cursos ajudam muito, mas a maior diferença quem faz é o próprio aluno.

Aulas virtuais, cursos telepresenciais e outros

O providencial avanço tecnológico dos últimos anos trouxe novidades no assunto “preparação para concursos”. Os principais novos recursos são: a) os cursos via satélite, chamados de telepresenciais; b) os cursos via internet, abrangendo aulas/cursos e vídeos; e C) os cursos via internet, abrangendo aulas/vídeos.

Os cursos via satélite são excelentes para levar os melhores professores a locais distantes, democratizando o acesso ao ensino. O sucesso faz multiplicar o número de cursos que disponibilizam esse serviço. Este tipo de curso é uma mistura de aula em vídeo com aula em salas. Assim, os cuidados devem ser os mesmos da aula presencial.

Os cursos via internet abrangendo aulas/cursos são aqueles que enviam para o aluno arquivos com a matéria. Neste caso, o estudo é praticamente idêntico ao realizado em livros/apostilas e não os substituem, apenas complementam.

Os cursos via internet abrangendo aulas/vídeos, onde o monitor se transforma em televisão, com o aluno assistindo ao professor, são uma novidade interessante que chegou para ficar. O maior problema é o excesso de dinamismo acabar desviando a atenção do concurseiro que assiste à aula, depois visita as redes sociais, sites etc, desviando-se da preparação.

Observadas as questões anteriores de compromisso e acreditando em sua capacidade, todas as opções de cursos são boas, pois fornecem ainda mais suporte à preparação, mas o bom e velho estudo em casa e os simulados não podem ser esquecidos ou ignorados, afinal, são a melhor forma de se estar em contato com a matéria.

William Douglas é juiz federal, professor universitário, professor exclusivo da Rede LFG, palestrante e autor de mais de 40 obras, dentre elas o best-seller “Como Passar em Provas e Concursos” – www.williamdouglas.com.br. Acompanhe-o nas redes sociais: @site_wd, /PaginaWilliamDouglas (Facebook) e /sitewilliamdouglas (Youtube).

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