Candidatos acham desnecessário nível superior

A última enquete realizada pelo site do JC&E, no ar entre os dias 4 e 17 de março, bateu novo recorde de votação, recebendo um total de 37.806 votos – nossa média é de 8 mil votos por pesquisa, com exceção da penúltima, que já havia batido recorde com a participação de 11.597 pessoas.

Na pesquisa anterior os concurseiros responderam sobre a possibilidade de levar o caderno de provas para casa. Nesta última o tema foi ainda mais polêmico.

Perguntamos aos internautas o que achavam sobre a mudança do grau de escolaridade para o cargo de Oficial de Justiça, que só aguarda aprovação no plenário do Senado para passar, definitivamente, de nível médio a superior.

O grande número de votos só mostra que o assunto ainda divide muitas opiniões, apesar de ter sido aprovado por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no final do ano passado.

A disputa foi acirrada entre aqueles que gostam da idéia visto que o salário ficará ainda melhor – opção que recebeu 15.855 votos (41,94%), e aqueles que acham desnecessária a mudança, visto que as atribuições da função não requer conhecimentos de nível superior – opção vitoriosa, recebendo um total de 18.395 votos (48,66%).

Vale lembrar que grande parte dos Tribunais de Justiça do Brasil já exigem candidatos de nível superior para a função. Não é este, porém, o caso do TJ de São Paulo, o maior do País.

Várias tentativas já haviam sido feitas no Estado para definir o nível superior como exigência, todas em vão, visto que nem o TJ nem o governo paulista apoiavam a mudança.

Mas, agora, a questão tomou âmbito nacional e a exigência será inserida nos Códigos de Processo Civil e Penal, tornando o nível superior requisito obrigatório para exercer a função. A matéria está aguardando o recebimento de emendas perante a Mesa do Senado, o que deve acontecer até o próximo dia 25 (terça-feira).

Caso não receba qualquer emenda, estará pronta para a ordem do dia e, se aprovada, a exigência de bacharelado em Direito torna-se obrigatória a partir de sua publicação no Diário Oficial.

Veja, abaixo, o resultado completo de nossa enquete sobre este polêmico tema:

Oficial de Justiça: nível superior. Qual é a sua opinião?

Poderia esperar o próximo concurso		(680 Votos) 1,80%
Tenho 2º grau, estudei! E se virar lei?		(1706 Votos) 4,51%
Jamais deveria ter sido 2º grau		(1170 Votos) 3,09%
Excelente! O salário será melhor		(15855 Votos) 41,94%
Não precisa ser superior		(18395 Votos) 48,66%
Total:		37806 Votos

Enquete no ar desde terça-feira, 4 de março de 2008

Nova Enquete

O tema de nossa nova enquete, que já está no ar, quer saber sua opinião a respeito de uma prática que deveria ser esporádica em concurso, porém, ultimamente, vem se tornando corriqueira: a suspensão de prova às suas vésperas.

Em pouco tempo, importantes processos, com número considerável de inscritos, foram afetados por suspensões, como as que aconteceram com os concursos da PRF do Mato Grosso e Pará, que teve um total de 122.448 inscritos e o da Petrobras, com 90.264 envolvidos.

No caso da PRF, muitos candidatos deslocaram-se de outros Estados para fazerem a prova que não aconteceu, sendo obrigados a gastar dinheiro com transporte, estadia, alimentação, tudo em vão.

O caso da Petrobras não foi diferente, visto que a suspensão só foi noticiada na tarde de sábado, e as provas aconteceriam no dia seguinte.

Se você acha que a suspensão, antes de ser sinônimo de transparência e democracia é um desrespeito ao candidato, participe! Mas, se acredita que suspensões se fazem necessárias e que em nome da democracia o candidato deve arcar com este ônus, opine!

Caso ache que deveria existir uma lei estipulando um prazo hábil para que as suspensões sejam realizadas, vote!

Ou, caso acredite que a suspensão é importante, mas deve ser feita com a devida antecedência, participe!

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