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Ciclo de estudos ou quadro de horários?

Ambos os métodos têm as suas vantagens. O que vai depender mesmo é a sua escolha pessoal, ou seja, com qual abordagem se identifica mais. Vamos conhecer cada uma delas?

Thiago Cabral
Publicado em 18/10/2017, às 10h46

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Encontrar um método funcional de estudos, que dê resultados e otimize o seu tempo, é um desafio muito comum entre os candidatos de concursos públicos. Há uma infinidade de métodos e cada um tem as suas vantagens e desvantagens – o que conta mesmo a o modo como cada indivíduo aprende e memoriza, e esta escolha é algo pessoal.
É claro que alguns métodos de estudo são mais assertivos que outros, pois utilizam de estratégias mais focadas ao propósito de passar em uma seletiva pública, otimizando o pouco tempo que há entre o lançamento do edital e as provas. Aprender e memorizar mais e em menor tempo, com qualidade, deve ser o objetivo neste caso.
Para ser aprovado em um concurso público, é preciso que o candidato planeje o conteúdo a ser estudado no tempo que tem disponível. É preciso que desenvolva um cronograma de estudos, ou plano de estudos. Sem isso, dificilmente irá ser aprovado.
Tenho recebido de alguns alunos novos do programa de coaching perguntas sobre "qual seria a melhor forma de estudo: por meio dos ciclos de estudo ou do quadro de horários fixos?”. E como esta é uma dúvida muito comum resolvi escrever um artigo que sirva como um roteiro na sua escolha.
Primeiramente, é importante dizer que ambos os métodos têm as suas vantagens. O que vai depender mesmo é a sua escolha pessoal, ou seja, com qual abordagem se identifica mais. A minha indicação, já que ambos os métodos são funcionais, é a combinação do Ciclo de Estudos com a grade de Horários Fixos de estudo.

Horários Fixos 

Como o próprio nome já diz, os Horários Fixos referem-se a um cronograma pouco flexível, mas que obriga o candidato a estudar determinada disciplina em um horário específico, previamente determinado. Cada disciplina tem o seu horário, que deve ser cumprido. Há uma previsão sobre o que deve ser estudado na semana e o estudante determina para cada horário da grade a disciplina que deve ser estudada, compreendendo todos os critérios e matérias do edital.
É uma ótima abordagem para quem tem sempre os mesmos horários para estudar ou para aqueles candidatos que procrastinam. É ainda um bom método, pois basta seguir a planilha para saber o que precisa ser estudado, diminuindo assim a ansiedade em relação ao processo de preparação para o concurso público.
Mas os Horários Fixos de estudo também possuem desvantagens: se você tiver um imprevisto ou compromisso que coincida com um dos horários de estudo, terá que rever todo o seu planejamento da semana ou, como outra opção, deixar para trás o que não foi cumprido. E isso pode causar muita frustração e desmotivação ao candidato. Outro problema muito comum é quanto à revisão: como se segue horários fixos, passa-se muito tempo sem rever os assuntos – o que deveria acontecer pelo menos em 24 horas.

Ciclo de Estudos 

Mais flexível, neste método o candidato define a carga horária total do seu ciclo de estudos, como, por exemplo, um ciclo de 15, 30 ou 40 horas. Dentro dessa carga, ele deve distribui as disciplinas conforme o peso de cada uma.
O estudo de cada disciplina deve obedecer rigorosamente a sequência do ciclo, independentemente do tempo de estudo diário. Então, se você possui 2 horas de estudo no dia de hoje, seguirá as disciplinas que constam na sequência do ciclo, interrompendo o conteúdo no final das 2 horas. No dia seguinte, continuará aquela disciplina exatamente de onde parou no dia anterior.
O ciclo de estudos tem muito mais vantagens do que desvantagens. A principal delas é que o ciclo se adapta à rotina do candidato, e não o contrário, diferentemente do que ocorre com os Horários Fixos. Há a rotatividade de disciplinas, o que facilita a revisão de matérias e deixa a rotina mais favorável e motivada, otimizando o processo de memorização. Você estuda quando tiver tempo – o que é muito positivo para quem trabalha ou tem outros compromissos durante a semana – mas você é obrigado a estudar tudo, inclusive o que não gosta.
Vamos supor que a sua manhã de hoje está livre. Você estuda uma hora de Direito Constitucional, faz um intervalo, depois estuda mais uma hora de Português, totalizando duas horas, e faz uma pausa para o almoço. No período da tarde, você não pode estudar por conta de algum compromisso. Sem problemas. À noite, quando voltar para casa, você retoma o ciclo estudando uma nova disciplina, por exemplo, Direito Administrativo, ou retoma de onde você havia parado em Português.
O objetivo deste método é que você sempre vai retomar os seus estudos quando tiver tempo e deve recomeçar do ponto em que parou, sem pular matérias e sem ter que rever todo o seu planejamento. Porém, o candidato que não tem muita aplicação nos seus estudos pode enfrentar problemas justamente por ser um método muito flexível: é fácil perder o controle e se deparar com a desorganização dos horários. Mas se parar para pensar, o candidato que não tem compromisso com o seu processo, não conseguirá manter nenhum tipo de método de estudo – o que nos leva a entender que a desorganização não é um problema propriamente do ciclo de estudos, mas sim, do indivíduo.
Veja também: como trabalhar e se preparar para concursos

Como combinar os dois métodos? 

É possível combinar o Ciclo de Estudos com os Horários Fixos de Estudo e ter os melhores resultados. Primeiramente, é preciso definir a quantidade de horas do ciclo para em seguida distribuir as disciplinas a serem estudadas, em função do peso que cada uma possui. Por exemplo, se você tem 20 horas semanais disponíveis para estudo, pode-se criar um ciclo de 10 horas que será passado por duas vezes em cada semana. Assim, neste exemplo, o objetivo é abordar todas as disciplinas em um ciclo de duas semanas.
A maior vantagem desse método é que ele combina a organização da rotina de estudo com a rotatividade dos ciclos, intercalando as disciplinas. 
Um detalhe importante: esse controle de estudos é indicado para uma preparação pré-edital. Em outra ocasião, teremos a oportunidade de falar sobre se preparar após a saída do edital.
E lembre-se: "O planejamento sem a execução adequada é tão ruim quanto o estudo sem um plano pré-definido." De alguma maneira, essas duas situações levam ao fracasso ou, pelo menos, à demora em conseguir uma aprovação e não é isso que você quer!Um abraço e bom estudos!
Thiago Cabral é auditor-fiscal do Estado de Santa Catarina, coach e professor do Estratégia Concursos
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