As provas do concurso IBGE para preencher mais de 204 mil, para realizar o Censo Demográfico, estão suspensas desde o dia de abril
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 04/05/2021, às 14h51
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o seu Ministério não tem nada haver com o adiamento do Censo Demográfico para 2022. Ele ainda apontou que a mudança de data no Censo “é uma questão política” e não orçamentária. A declaração foi feita na Audiência Pública na Câmara dos Deputados. Com isso, o concurso IBGE com mais de 204 mil vagas deve ser realmente adiada para 2022.
Guedes justifica que o adiamento do Censo Demográfico 2021 foi realizado devido a um consenso entre o governo federal e o legislativo. “No Congresso, acharam que o Censo não era a coisa mais importante do momento, e ao mesmo tempo tem a necessidade do distanciamento social [provocada pela pandemia de Coronavírus]” explica.
O ministro complementa o argumento de que o Censo poderia provocar uma nova onda de contaminações de covid-19, uma vez que os pesquisadores visitariam o domicílio das pessoas e se tornariam vetores de transmissão. “Faz o Censo e coloca em risco os pesquisadores e as famílias, que estão abrindo as portas das suas casas ou faz o distanciamento social e adia o Censo para o ano que vem”, afirma Guedes.
Ao finalizar a sua declaração sobre o adiamento do Censo, Paulo Guedes afirmou que o processo foi político e não apenas orçamentário porque a pandemia ainda continua com números altos e as vacinas não foram aplicadas em uma parcela considerável da população.
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“O adiamento do Censo é uma questão política, não tem nada haver com o Ministério da Economia. É uma posição política”, conclui.
As provas do concurso do IBGE, que ocorreriam em 18 e 25 de abril, foram temporariamente suspensas. No total, a seleção oferece 204.307 vagas.
A decisão foi tomada em função do corte orçamentário que reduziu de R$ 2 bilhões para R$ 71 milhões a verba destinada à realização do Censo Demográfico.
Em nota, o instituto informou que avaliará novo planejamento para aplicação das provas, "a depender de um posicionamento do Ministério da Economia acerca do orçamento do Censo Demográfico".
O ministro Marco Aurélio do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que o governo federal deve realizar o Censo Demográfico ainda em 2021. O magistrado atendeu ao pedido do governo do estado do Maranhão.
Marco Aurélio explica que a União e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), “ao deixarem de realizar o estudo no corrente ano, em razão de cortes de verbas, descumpririam o dever específico de organizar e manter os serviços essenciais de estatística e geografia de alcance nacional”.
Com inscrições recebidas entre fevereiro e março, o processo seletivo oferece 204.307 vagas. Estão em disputa 181.898 postos para recenseador, 16.959 para agente censitário supervisor e 5.450 para agente censitário municipal.
Recentemente, o instituto anunciou a suspensão temporária das provas, cuja aplicação estava agendada para 18 e 25 de abril. A decisão foi tomada em função do corte orçamentário que reduziu a verba destinada à realização do Censo.
O certame é organizado pelo Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos). Em caso de dúvidas, os candidatos podem obter mais informações com a banca por dois canais de comunicação:
IBGE
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Vagas: 206891
Taxa de inscrição:
De R$ 57,00
Até R$ 60,00
Cargos: Recenseador,
Agente Censitário Municipal,
Agente Censitário Supervisor
Áreas de Atuação: Administrativa,
Operacional
Escolaridade: Ensino Fundamental,
Ensino Médio
Faixa de salário:
De R$ 1278,00
Até R$ 2100,00
Organizadora: FGV
Estados com Vagas: AC,
AL,
AP,
AM,
BA,
CE,
DF,
ES,
GO,
MA,
MT,
MS,
MG,
PA,
PB,
PR,
PE,
PI,
RJ,
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