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Novo prazo para uso das novas regras ortográficas

A professora Sandra Ceraldi fala sobre o período de transição para uso da nova ortografia

Redação
Publicado em 21/01/2013, às 11h20

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Sandra Ceraldi Carrasco

O Decreto 6.583/08, de 29/9/2008, sobre o Acordo Ortográfico esclarece, além da reforma gráfica, o período de transição para uso da nova ortografia (1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012) que teve ampliação desse prazo para 31 de dezembro de 2015, pelo Decreto 7.875/12, de 27/12/2012, durante o qual coexistirão as duas ortografias. 

Segundo informações da própria Presidência da República, tal medida foi necessária para esclarecimentos de dúvidas e ajustes ocasionados pela dificuldade de entendimento de novas regras. É uma oportunidade para que o candidato se familiarize com a nova ortografia e em 2016 comece a usá-la de forma oficial.

Para os concursos de 2013, a preocupação do tema já não existirá, uma vez que as duas ortografias serão aceitas até o final de 2015, mas é fato que as provas vêm sendo elaboradas na maioria dos concursos sem a exigência da nova grafia, isto é, não há perguntas diretas sobre o tema, contudo o texto das questões de Língua Portuguesa de uma forma indireta já está repaginado de acordo com o decreto, como se depreende das organizadoras: Cespe, Vunesp e Carlos Chagas, entre outras.

A preocupação do candidato deve ser mínima em relação ao tema ortográfico, pois as regras são simples, uma vez que a reforma se ateve apenas à pronúncia destoante dos países que falam a Língua Portuguesa e aproximou o português dos continentes Africano, Americano, Asiático e Europeu, compostos por: Angola, Cabo Verde, Guine-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Brasil, Timor-Leste e Portugal. Com isso, a pronúncia foi unificada e temos de escrever “ideia” sem acento, mas continuará sendo pronunciada da mesma forma já habitual aqui no Brasil, como também a palavra linguiça sem trema.

Veja as principais alterações da reforma:

·         Oficializaram-se no alfabeto as letras “K”, “Y” e “W”;

·         O hífen apresentou obrigatoriedade diante de palavras iniciadas por “h” e entre a repetição da mesma letra, como: semi-hemisfério e arqui-inimigo. A dobra do “r” que não era comum, também ocorreu nos prefixos terminados por vogal e palavras iniciadas por “r” como em: autorretrato, contrarrevolução, entre outras.

·         O ditongo aberto nos grupos “ei” e “oi”, perderam o acento agudo, somente de palavras paroxítonas como: ideia, assembleia, paranoico, heroico.

·         O acento circunflexo usado nos hiatos “oo (s)” e “eem” foi extinto como em:  enjôo e crêem.

·         O trema foi extinto, porém a pronúncia da palavra foi preservada. Linguiça, tranquilo, sequência.

Para que o candidato acostume é importante estudar as novas regras ortográficas por intermédio de livros que abranjam esse conteúdo e procure também se familiarizar com a nova ortografia por meio de leitura diária, pois todas as publicações do ano de 2010 já estão circulando com as alterações ortográficas, o que facilita o estudo do candidato.

Recomendo a todos bons estudos e muita leitura. Recorra sempre a um dicionário já remodelado pela Nova Ortografia quando houver dúvida, além de consultar páginas da internet que tratam dessa matéria, como a da própria Academia Brasileira de Letras (www.academia.org.br). Memorizar as regras básicas é o essencial. Não se esqueça de estudar também as regras morfológicas e sintáticas que estão em perfeito uso e sem nenhuma alteração.

Professora Sandra Ceraldi Carrasco, consultora e especialista em língua portuguesa, autora de livros e periódicos na área. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras, com índice recorde de aprovação. Seu mais recente trabalho aborda de forma prática o Acordo Ortográfico. Atualmente é coordenadora do curso preparatório IPA. Contato: professora.sandracarrasco@uol.com.br.

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