Em julho de 2014, o diretor de programas do órgão já havia confirmado articulações para autorização, o que ainda não ocorreu
Durante audiência pública realizada na última terça-feira, 1º de dezembro, na Câmara dos Deputados, representantes da diretoria e dos servidores do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) cobraram a realização de concurso público para o órgão. A seleção vem sendo aguardada com ansiedade desde 3 de julho de 2014, quando o diretor de programas da secretaria executiva da integração nacional, Amarildo Baesso, divulgou, em videoconferência com dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) havia sinalizado que autorizaria a realização do certame, o que acabou não se concretizando. O pedido vem tramitando no MPOG desde 30 de maio de 2014.
Na ocasião, durante a conferência, o diretor administrativo do Dnocs, Ivan Claudino, ressaltou que uma reestruturação, que ainda depende de projeto de lei, possibilitará suprir a demanda de pessoal. Segundo ele, o número de técnicos de nível superior envolvendo as atividades finalísticas do órgão, é de apenas 150 profissionais.
Durante a audiência na Câmara dos Deputados, marcada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, o assessor especial do Ministério da Integração Nacional, Irani Braga, reconheceu a necessidade de contratação de servidores, mas ressaltou que a autorização do concurso depende exclusivamente do MPOG. “O Dnocs precisa de uma reestruturação. Há intenção do governo em reestruturá-lo em coerência com o conjunto da organização do governo“, disse. “Existe a necessidade de recomposição de pessoal do Dnocs e há necessidade de que essa recomposição seja coerente com a recomposição de pessoal de todo o governo federal. Então, deverá haver um concurso. Agora, isso já é competência do Ministério do Planejamento, que vai estabelecer as bases desse concurso”.
Na audiência, o representante da diretoria do Dnocs presente, Glauco Rogério, disse que a realização do concurso é imprescindível. “Faço um apelo à bancada nordestina para viabilizar esse concurso”, reforçou.
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O diretor da Associação dos Servidores do Dnocs, Jean de Almeida Saraiva, ressaltou que os esforços para revitalização do órgão datam de 1985. “Quando começamos esta luta, o órgão tinha 6.800 servidores. E ele vem se desmiliguindo, está se acabando e vai terminar perdendo todo o pessoal e extinguindo por absoluta falta de pessoas”, disse. De acordo com ele, alguns setores do Dnocs estão abandonados, apenas com um profissional de vigilância.
O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), embora otimista quanto à revitalização do Dnocs, criticou a ausência de um representante do MPOG na audiência.
O Dnocs é a mais antiga instituição federal com atuação no nordeste. Criado sob o nome de Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS), em 21 de outubro de 1909, pelo então presidente Nilo Peçanha, foi o primeiro órgão a estudar o problema do semi-árido. Além da sede, no Ceará, o Dnocs conta com um escritório em Brasília e coordenadorias regionais em Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
O último concurso da instituição ocorreu em 2010 e contou com uma oferta de 82 vagas, em diversos cargos, com opções para quem possui ensino médio e nível superior. Na ocasião, a organizadora foi a Fundação Carlos Chagas. As oportunidades de nível superior foram para os cargos de administrador (30 vagas), contador (5), economista (5) e engenheiro (6). Para ensino médio foram 36 vagas para o cargo de agente administrativo.
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Com informações da Agência Câmara Notícias
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Governo
Vagas: Não definido
Taxa de inscrição:
Não definido
Cargos: Vários cargos
Áreas de Atuação:
Não definido
Escolaridade:
Não definido
Faixa de salário:
Organizadora: O próprio órgão
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