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Quanto custa se preparar para um concurso público?

O valor total pode ser considerado alto e varia de acordo como a seleção pretendida. Especialista explica que o candidato deve encarar como investimento na preparação para o cargo desejado

Douglas Terenciano
Publicado em 23/01/2019, às 09h33

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Muitos concurseiros se questionam sobre quanto é preciso investir para ser aprovado em um concurso público. Afinal, geralmente o candidato não gasta apenas com a taxa de inscrição. A maioria faz cursos específicos e ainda compram apostilas, livros, dentre outros materiais. Pensando nisso, o JC conversou com especialista para conferir quanto os concurseiros gastam, em média, para estarem aptos a conquistar um cargo. 

Investimento

Vale destacar que quando o assunto é investimento na preparação para concurso público, os valores variam de acordo como a seleção pretendida. Essa variação também acontece de acordo com a modalidade do curso: online ou presencial. “A média para investimento incluindo curso, material didático e suporte necessário, para um concurso como escrivão/agente da Polícia Federal fica em torno de R$ 8.000 por ano”, comenta Júlio Raizer, professor especialista em preparação para concursos.

O valor é alto, mas o investimento está ligado com o concurso pretendido. Certames mais almejados, como auditor fiscal da Receita Federal, com uma remuneração de mais de R$ 18.000, exige um gasto um pouco maior. “O conteúdo programático é mais extenso também. Mas, o investimento não está diretamente relacionado ao conteúdo programático, e sim ao interesse dos concurseiros no concurso em questão, levando em conta a remuneração do cargo”, explica Raizer.

Quem estuda para concursos sabe que a aprovação dificilmente ocorre na primeira tentativa. Com isso, muitos se perguntam se fazer um curso preparatório específico pode acelerar essa conquista? Júlio responde: “são necessários três pontos para uma boa preparação: material didático eficiente, curso preparatório com qualidade e o compromisso do candidato. O curso preparatório e o material didático são importantes, mas acima de tudo, o compromisso do candidato é essencial”.

Existem opções para quem busca uma preparação mais em conta. Grupos de estudos podem ser mais baratos, mas requer uma atenção especial, já que provavelmente os candidatos estarão em níveis diferentes de aprendizado. Além disso, é comum encontrar na internet grupos de estudos que exigem gastos apenas com o material, cerca de R$ 500 ou R$ 600. Outros concurseiros optam por estudar apenas com conteúdos gratuitos que algumas escolas disponibilizam, no entanto, vale ressaltar que normalmente são conteúdos limitados e não abrangem todas as disciplinas do concurso.

Gastos além da taxa de inscrição

Do outro lado, Talita Souza é concurseira e estuda há quatro anos. Formada em administração, a jovem de 26 anos conta que gasta mensalmente R$ 430 com passagens (quando presta concurso fora de sua cidade natal Sorocaba), R$ 300 com alimentação e R$ 120 com livros e materiais. Além disso, fez um curso preparatório no valor total de R$ 6.000. “Somente com estudos, gastei mais de R$ 10.000 nos últimos anos. Ainda não fui aprovada em nenhum concurso, mas sei que o aprendizado fica para sempre”, destaca.

A paulista diz que decidiu fechar sua empresa na área do comércio para dedicar-se aos estudos e conquistar uma vaga de analista em tribunais. “Acredito que tomei a decisão acertada por ter confiança que a longo prazo terei mais segurança financeira e profissional”, conta. Ela sabe que essa é uma missão complicada e antes de abrir mão de seus negócios tomou alguns cuidados. “Guardei dinheiro suficiente para manter gastos pessoais e de estudos, mas tive a retaguarda da minha família para as demais despesas com a casa e minhas filhas”, afirma.

Mesmo que o candidato não seja aprovado, o dinheiro gasto não significa que foi perdido. Um curso preparatório pode auxiliar para outros concursos. “Matérias como língua portuguesa, raciocínio lógico, matemática, informática, direito administrativo e direito constitucional, são comuns para a maioria dos concursos. Estudar essas matérias nunca é perder tempo”, complementa Raizer. 

Planejamento financeiro

Fazer um bom planejamento financeiro faz parte da preparação, especialmente para quem opta por cursos preparatório. Alguns candidatos, inclusive, começam os estudos antes da publicação do edital. “O estudo para concursos das carreiras administrativas pode começar um ano antes do edital/prova, para carreiras tribunais dois anos antes, carreiras policiais três anos antes, e para carreiras fiscais de três a cinco anos antes. Esse é o tempo médio. Não podemos desconsiderar que existe a possibilidade de aprovação com menos tempo também, só que esses casos são exceção”, comenta Júlio.

Geralmente, cursos on-line são mais baratos e práticos, já que o candidato pode estudar em casa. O professor ressalta que: “não existe caminho fácil para a preparação. Investir num bom aprendizado fará toda a diferença na hora da prova. Logicamente o valor do curso sofrerá alteração de acordo com: quantidade de aulas, quantidade de disciplinas, material incluso ou não, assistência ao aluno, plantão tira dúvidas, seguro aprovação, entre outras coisas”.

Além do valor investido, o candidato deve analisar diversos fatores antes de escolher por um curso. Raizer afirma que vale a pena analisar o número de aprovados pelo curso escolhido. “A estrutura que o curso oferece, o tempo de existência do curso, os canais de acesso e a preocupação do curso com a vida dos alunos. Quem procura pelo melhor preço, nem sempre encontra um produto com qualidade”, finaliza.

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