A presidente Dilma Rousseff assinou decreto que permite que a União firme convênios com Estados, DF e municípios para garantir a manutenção dos serviços públicos. O governo ainda propôs uma trégua na greve
A presidente Dilma Rousseff assinou o decreto número 7.777/2012 que permite que a União estabeleça convênios com Estados, Distrito Federal e municípios para que durante a greve dos servidores federais os serviços públicos continuem a ser oferecidos à população.
Pela medida, publicada no Diário Oficial desta quarta (25), caberá a cada ministro aprovar o convênio e determinar “os procedimentos que garantam o funcionamento regular das atividades ou serviços públicos durante a greve, paralisação ou operação de retardamento”.
Na terça-feira, o governo propôs aos grevistas uma trégua de 15 dias para apresentação de uma proposta que assegura o pagamento dos 12 dias cortados em junho.
“A proposta é muito clara: primeiro que a gente faça uma trégua de 15 dias para o governo poder devolver o salário que foi confiscado dos contracheques. Segundo: neste período de 15 dias, o governo apresentará uma proposta às nossas reivindicações. Não falou se é de um centavo ou se é de R$ 1 milhão”, analisou o secretário-geraldo Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindisep-DF), Othon Pereira.
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Mesmo considerando a proposta “inaceitável”, Pereira deve apresentá-la aos grevistas para avaliação. “A princípio, acho difícil essa proposta em face do exíguo tempo que se tem para fechar o Orçamento, no dia 31 de agosto. Se dermos uma trégua agora de 15 dias, qual vai ser o tempo que teremos para analisar e enfrentar uma nova greve, se a proposta do governo daqui a 15 dias for ruim?”, ponderou.
Segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), há 25 categorias em greve no País, atingindo a marca de 350 mil servidores em 25 Estados e no Distrito Federal. Já está marcado para o próximo dia 31 o Dia Nacional da Luta que pretende promover manifestações nas principais cidades em defesa de melhorias salariais.
Aline Viana
Com informações da Agência Brasil
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