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Próximos concursos da Polícia Civil/SP - Infinitivo

A Professora Sandra Ceraldi Carrasco orienta os candidatos sobre o emprego do infinitivo, tópico muito requisitado em concursos públicos em quaisquer fases de prova

Redação
Publicado em 28/12/2011, às 15h50

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Sandra Ceraldi Carrasco
A Professora Sandra Ceraldi Carrasco, nesta edição, orienta os candidatos aos concursos da Polícia Civil de São Paulo, sobre o emprego do infinitivo, tópico muito requisitado em concursos públicos em quaisquer fases de prova, isto é, tanto na fase preambular como redacional (dissertativa).  A problemática existe quando se escreve, daí a sua peculiaridade, diz a especialista. Por isso, preste atenção às regras e retome o tema sempre que precisar.
Infinitivo é o verbo em seu estado natural, terminando em ar, er ou ir (e or, no caso do verbo pôr). Exemplos: cantar, estudar, vender, compor, partir, etc. Desse conceito extraímos duas formas: infinitivo pessoal: como o próprio nome diz, se refere às pessoas do discurso (para eu amar, para tu amares, para ele amar, para nós amarmos, para vós amardes, para eles amarem). O infinitivo impessoal não se flexiona de acordo com as pessoas do discurso (chorar, amar, sofrer, resistir).Atenção a algumas regras!
Primeiro exemplo: “A professora ensinou os alunos a estudarem”.  A Gramática padrão reza que o infinitivo deva ser flexionado: “A professora ensinou os alunos a estudarem”.  Mas, por quê? A frase apresenta dois verbos (ensinar e estudar), cada um com seu sujeito, o qual é encontrado perguntando-se quem ao verbo. Quem ensinou? A professora é  sujeito; Quem estudar? Os alunos é o sujeito.  É notório que, se os dois verbos possuírem o mesmo sujeito, o infinitivo será impessoal: “Elas devem repor as energias” (quem deve? Elas; quem repor? Elas). Ficaria péssimo “Elas devem ‘reporem’”. Obs.: Se o verbo introduzido por preposições (a, sem, com, em, de) estiver no início da frase, preferir-se-á o infinitivo flexionado, embora tenha o mesmo sujeito do outro verbo da oração: Sem comerem, ficarão desnutridos. Por eufonia, no entanto, pode-se manter o infinitivo não-flexionado, principalmente quando o verbo vier depois do sujeito: Ficarão desesperados ao encontrar o pai.
Segundo exemplo: “A professora mandou os alunos estudar ou estudarem?” Tanto faz. Pode-se usar o infinitivo pessoal ou o impessoal. Atente-se aos verbos mandar, fazer, sentir, deixar, ouvir, ver, etc., quando seguidos de sujeito de um verbo no infinitivo. Nesses casos, o infinitivo pode flexionar-se ou não. Veja: “Você já deixou AS MENINAS brincarem (ou brincar)?” Verbo deixar + sujeito (as meninas) + verbo no infinitivo (brincar ou brincarem).
Outros exemplos:Todos os ouvintes ouviram AQUELAS CRIANÇAS gritarem (ou gritar);Perceba OS ANIMAIS comerem (ou comer).Aconselha-se, no entanto, que o infinitivo seja flexionado quando a ação for reflexiva e recíproca: Vi-os ajoelharem-se perante mim (a ação de ajoelhar residiu no próprio sujeito). Deixamos os garotos se olharem (um olhou o outro – troca de ações).Ouvi FALAREM mal de você. Quando se quiser enfatizar que o sujeito da ação é indeterminado (não se sabe quem é ou não se quer revelar), o infinitivo é flexionado. Elas COMEÇARAM A CHORAR. Como se pode observar, o infinitivo não é flexionado nesse caso com os verbos continuar, estar, começar, acabar, tornar, etc. + preposição a ou de + verbo no infinitivo.  
BOAS FESTAS E PRÓSPERO ANO NOVO!
Professora Sandra Ceraldi Carrasco, consultora e especialista em Língua Portuguesa, autora de livros e periódicos na área. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras, com índice recorde de aprovação. Seu mais recente trabalho aborda de forma prática o Acordo Ortográfico. Atualmente é coordenadora do curso preparatório IPA. Contato: professora.sandracarrasco@uol.com.br.
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