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Entrevista com Fabio Feldmann - PV

Feldmann defende a criação de “empregos ecossistêmicos”, o uso econômico da biodiversidade e fala de seus planos para as áreas de educação, saúde e segurança.

Redação
Publicado em 03/09/2010, às 14h53

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Fabio Feldmann tem 55 anos, é advogado e administrador de empresas. Foi deputado federal três vezes e atua com diversos temas ambientais, entre eles, a criação dos Fóruns Brasileiro e Paulista de Mudanças Climáticas e a elaboração de importantes legislações.

JC&E – Qual a sua principal plataforma de governo?

Fabio Feldmann – Queremos transformar São Paulo em uma economia competitiva mundialmente. Nossa principal meta é garantir as condições para colocar em prática um desenvolvimento econômico sustentável, capaz de melhorar a qualidade de vida das famílias e gerar mais riquezas para o Estado.

Pretendo viabilizar o uso econômico da biodiversidade e de nossos ecossistemas. Com isso, podemos gerar bens e serviços relacionados com o nosso capital natural, incentivando a geração de “empregos ecossistêmicos”, como o eco-turismo, por exemplo, e a comercialização de medicamentos, produtos de beleza e alimentos.

Também vamos incentivar o crescimento da Economia Criativa no Estado, como design de carros, calçados e moda, indústria têxtil, gastronomia, arquitetura, teatro, cinema, música, entre outros.

JC&E – A atual gestão abriu diversos processos seletivos temporários, especialmente na área da Educação. Qual a sua posição sobre isso?


FF –
Cargos seletivos temporários são importantes para atender a uma demanda pública específica, mas entendemos que estes profissionais deveriam ser melhor aproveitados.

É possível pensar a profissão com a formação de um quadro de especialistas temporários voltados na preparação de materiais didáticos para acompanhamento de sua utilização e apoio ao professor em sala de aula; pela contratação de um grande número de profissionais envolvidos com outras carreiras e especializados nas áreas do ensino médio, mas dedicados ao ensino como atividade temporária ou parcial; e professores especialistas para populações de risco e com dificuldades especiais. Além destes, ainda continuaria a haver um grande número de professores dedicados ao ensino regular como carreira principal, especialmente nas primeiras séries.

JC&E – Ainda na esfera da educação, o atual governo instaurou o Programa + Qualidade, que visa medir a capacitação dos docentes e qualificá-los em curso de formação. Qual é a sua opinião sobre o Programa? Que plano o seu governo tem para melhorar a rede pública de ensino?

FF – É necessário empenho para implementar três mudanças importantes: padrões de avaliação da qualidade do conteúdo, formação de professores e melhoria dos sistemas de gestão da educação pública. Nossa proposta para melhorar a rede pública envolve: 1. Dar prioridade política e orçamentária à educação com o objetivo de melhorar a qualidade da educação básica; 2. Pretendemos aperfeiçoar o sistema de metas e bônus de desempenho atualmente adotado pelo Estado de São Paulo, mas não abrimos mão da necessidade de avaliar a atuação dos professores; e 3. Descentralizar a rede de ensino. Uma rede descentralizada com participação dos municípios permite distribuir melhor as responsabilidades e adequar a demanda à oferta.  É importante garantir aos municípios um papel cada vez maior no ensino da 1ª à 5ª série, enquanto o Estado deve se concentrar no ensino das disciplinas da 6ª série em diante.

JC&E – E em relação à área da segurança, quais serão as suas prioridades? Haverá aumento no efetivo policial?

FF – Teremos tolerância zero com o crime organizado. Iremos combater essas organizações criminosas nas prisões e na sociedade. Serão adotadas medidas preventivas de controle da desordem pública (terrenos abandonados, paredes pichadas e lixo jogado nas calçadas), uma vez que esses fatores têm influência direta sobre a localização dos crimes.

Também pretendemos melhorar a qualidade do atendimento das polícias civil e militar. Aliado a isso, pretendemos implementar o uso de novas tecnologias que permitam o acompanhamento eletrônico do trabalho da polícia. Para reforçar os mecanismos de controle interno e externo das polícias, vamos criar a nova Corregedoria de Polícia unificada.

JC&E – De acordo com estudo realizado pelo Ministério da Educação, o mercado para estudantes egressos de cursos técnicos está aquecido - 72% dos alunos de nível médio que estudaram em escolas técnicas federais entre 2003 e 2007 estão empregados, por exemplo. Embora o índice de empregabilidade seja alto, faltam técnicos no mercado. Quais planos sua gestão reserva para alavancar o número de profissionais com essa formação?

FFEm nosso programa de Governo apostamos em concentrar o investimento educacional no ensino médio e profissionalizante. Promoveremos o ensino técnico em direta conexão entre as atividades profissionais e as necessidades do setor privado.

Alunos da rede pública terão a oportunidade de selecionar entre uma grade curricular tradicional e uma grade curricular profissionalizante. Desenvolveremos um currículo escolar com a inclusão de temas como o ensino de idiomas, informática, empreendedorismo e pequenos negócios, sustentabilidade ambiental, noções básicas de contabilidade, economia e finanças. Associaremos empreendedorismo com educação e criaremos unidades embrionárias de pequenos negócios para os estudantes de segundo grau.

JC&E – Quanto à saúde pública, o senhor tem planos específicos para aumentar o número de profissionais – e, consequentemente, melhorar o atendimento à população?

FF – Nós vamos aprimorar a capacidade de gestão e planejamento do setor de saúde garantindo o financiamento estável para o Sistema Único de Saúde (SUS). O foco das políticas estará voltado para a atenção básica e para a ampliação da capacidade de prevenção do SUS.

Vamos diminuir as desigualdades de acesso que ainda existem e as diferenças de infraestrutura entre as regiões do Estado. Além disso, nosso objetivo é tranformar a rede de agentes já existente no Programa Saúde da Família (PSF) em uma rede especializada na prestação de vários outros serviços sociais. Vamos apoiar o PSF criando incentivos para que os municípios possam expandir o Programa em quantidade e qualidade.

JC&E – Considerações finais

FF – É preciso que o mundo adote medidas que garantam o desenvolvimento econômico em bases sustentáveis, pois recursos naturais são finitos e dependemos deles para nosso bem-estar e de futuras gerações.

Vamos entrar com força na competição pelo mercado mundial de produtos inovadores. Nossa meta é transformar o Estado de São Paulo em uma referência na pesquisa e produção de tecnologias sustentáveis, em serviços ecossistêmicos e em produção de bens criativos com alto valor agregado.

O Estado de São Paulo tem condições de ampliar sua riqueza, gerar empregos mais rentáveis, melhorar a qualidade dos serviços públicos e de se tornar uma das principais economias globais nos próximos anos.    

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