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Entrevista com o candidato Ivan Pinheiro – PCB

Ivan afirma que o Estado hoje não atende às necessidades dos trabalhadores, contra isso ele promete aumentar o número de concursos e os salários dos funcionários públicos.

Redação
Publicado em 17/09/2010, às 15h21

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Ivan Pinheiro, advogado, 64, é secretário geral do Partido Comunista Brasileiro. Participou, durante os anos 60, do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Em 1996 foi candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, com o lema "Uma Revolução no Rio". Apesar do fraco desempenho nas urnas, a campanha foi um marco importante para a reconstrução do PCB.

JC&E - Qual a sua principal plataforma de governo?

Ivan Pinheiro - Construir a frente anticapitalista e antiimperialista no Brasil, para que através do movimento de massas consigamos construir a sociedade socialista em nosso país.

JC&E - A atual gestão foi marcada pela criação de inúmeros cargos públicos e abertura de concursos. Qual é a sua opinião sobre o assunto? Pretende continuar com essa linha?

IP - Embora tenha realizado vários concursos, o governo que se encerra não conseguiu estruturar o Estado para que esse atenda bem às necessidades dos trabalhadores. Além disso, não zerou o "déficit" gerado pelos governos anteriores.

Não à toa, vários órgãos públicos continuam tendo um percentual alto de quadros próximos da idade de aposentadoria, o que mantém a necessidade de novas contratações. Como nossa plataforma de governo prevê um papel cada vez mais ativo do Estado, sobretudo na economia e nos serviços básicos, vamos ampliar o número de concursos e criar cargos com melhor remuneração, ter um efetivo plano de carreiras em várias das entidades que ainda não o têm e colocar essa máquina para trabalhar não a serviço dos interesses patronais, mas dos trabalhadores.

JC&E - O atual governo também procurou trocar funcionários terceirizados por concursados. Qual é a sua posição sobre a terceirização de cargos públicos?

IP - Somos contra a terceirização, seja em cargos públicos ou na iniciativa privada. Vamos acabar com essa flexibilização de direitos em nosso governo.

JC&E – O Brasil irá sediar as próximas Copa e Olimpíadas. Quais são seus planos de investimento nesses dois grandes eventos? Quais serão os reflexos disso na geração de empregos?

IP - Não vamos privilegiar projetos caros e megalomaníacos que garantam os lucros das empreiteiras nem estimular a crescente e desenfreada especulação imobiliária em algumas cidades, caso notório do que vem ocorrendo no Rio de Janeiro. Vamos investir em melhorias dos serviços urbanos, de equipamentos esportivos também, para a maioria da população. E não criar elefantes brancos para depois repassar a clubes por preços módicos e sem contrapartidas de uso pela população, como foi o caso do Engenhão, no Rio de Janeiro. Investimentos em transporte, moradia, ordenação urbana demandam muita mão-de-obra, mas ainda não fizemos cálculos de quantos empregos seriam criados, nem direta nem indiretamente.

JC&E - E quanto ao pré-sal? De que forma o senhor planeja investir no setor? E qual é a previsão de criação de postos de trabalho?


IP
- Pretendemos retirar da exploração do pré-sal, e do petróleo e gás "comuns" também, toda e qualquer iniciativa privada. Queremos reestatizar a Petrobras, cujas ações em sua maioria estão em mãos privadas, e investir no setor de exploração, refino e comercialização do petróleo e seus derivados. Somos contra a terceirização da mão-de-obra na Petrobrás, inclusive, o que traz uma demanda enorme de engenheiros e técnicos. Como as descobertas de novos poços em nossa costa são quase que corriqueiros, seria irresponsável chutar um número. Pretendemos sim equipar as universidades públicas e criar mais e melhores escolas técnicas para termos um quadro profissional cada vez mais capacitado e em maior número.

JC&E - Quanto à saúde pública, o senhor tem planos específicos para aumentar o número de profissionais – e, consequentemente, melhorar o atendimento à população?

IP - Em se tratando de saúde não há soluções especificas, gerenciais, técnicas. É um problema político e deve ser tratado assim. Ocorre que precisamos de uma nova política para o setor, de um novo modelo de atendimento, temos a obrigação de valorizar nossos profissionais. Somos contra o péssimo atendimento na rede privada, também, e pretendemos estatizar o setor paulatinamente. Nesse ponto da saúde, é preciso citar, temos muito a aprender com nossos irmãos cubanos, introduzir no Brasil o modelo por eles seguido.

JC&E – Considerações finais.

IP - O governo Lula, embora tenha realizado vários concursos, não conseguiu vencer o problema do desemprego no Brasil. Na questão do subemprego, nem sequer fez cócegas. O que estimulou, na verdade, foi a expansão dos trabalhadores cuja característica é a baixa remuneração. Precisamos vencer isso, fazer os trabalhadores terem a garantia de que terão trabalho e, além disso, qualidade de vida (menos tempo dentro do trabalho e mais tempo para estudos/ lazer), melhores condições de transporte público, mais e melhores hospitais e escolas. Isso, não posso mentir, só conseguiremos com o socialismo. É o socialismo que garante trabalho para todos, estabilidade no emprego para todos, saúde e educação para todos. Construamos, então, o socialismo no Brasil!   

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