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JC&E entrevista o candidato José Serra (PSDB)

O candidato afirma que a educação é prioridade em sua plataforma de governo e promete aprimorar o desenvolvimento profissional dos professores, além de investir no ensino técnico

Redação
Publicado em 02/10/2012, às 09h41

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O economista e político José Serra (PSDB) ocupou o cargo de governador de São Paulo de 2007 a 2010, quando renunciou para se candidatar pela segunda vez à Presidência da República (não foi eleito em nenhuma delas). Serra já exerceu também mandatos de deputado federal constituinte (1987-1991), deputado federal (1991-1995), senador (1995-2003) e prefeito de São Paulo (2005-2006), além dos cargos de secretário de Planejamento de São Paulo (1983/1986), ministro do Planejamento e Orçamento (1995-1996) e ministro da Saúde (1998-2002)
JC&E - Qual a sua principal plataforma de governo?
José Serra - Vamos atuar em várias frentes para melhorar a qualidade de vida e dos serviços públicos prestados aos paulistanos. Vamos fazer o sistema de saúde de São Paulo funcionar cada vez melhor, ampliando a oferta de serviços e melhorando a qualidade do atendimento. Também quero melhorar o transporte público com recursos para ampliar a rede de Metrô na cidade e investindo em novos corredores e na renovação da frota, para que os ônibus sejam mais confortáveis e andem mais rápido. Vamos colocar em prática o Plano Municipal de Habitação, urbanizando mais 200 favelas e promovendo a ocupação do Centro com moradias. Implantaremos uma política de desenvolvimento municipal, criando novos polos econômicos e fortalecendo os já existentes.

JC&E - Em pesquisa recente, a saúde pública municipal foi apontada como o principal problema da cidade de São Paulo. O senhor tem planos específicos para aumentar o número de profissionais e, consequentemente, melhorar o atendimento à população? E quanto aos funcionários temporários, o senhor  pretende manter esse tipo de contratação?
JS - Pretendo transformar 30 AMAs em AMAs 24hs, que vão funcionar sete dias por semana, e criar mais 10 AMAs Especialidades. A ampliação desses serviços, que receberam mais de 90% de aprovação em recente pesquisa do Ibope com usuários, vai demandar a contratação de mais médicos e funcionários de apoio. Além disso, vamos melhorar o programa Saúde da Família com a contratação de médicos ginecologistas, que atuarão nas unidades-base do programa para reforçar o atendimento às mulheres. Também pretendo criar a figura do Gerente de Saúde, um profissional que não é da área médica e que irá atuar como gestor nas unidades de saúde. Vale lembrar que, desde 2005, ano em que assumi a Prefeitura, até hoje, o número de médicos na rede municipal cresceu 68%, de 8.606 para 14.491 e o de enfermeiros quase dobrou, passando de 3.089 para 6.063.

JC&E - A atual gestão acaba de abrir um novo concurso para professor da rede municipal de ensino, cujos aprovados devem ser contratados já sob a nova administração. No seu governo, como pretende abordar a valorização da carreira do magistério e evitar a falta/evasão de professores nas escolas públicas?
JS - Educação é prioridade. Pretendo ampliar a carga horária dos alunos da rede municipal de cinco para sete horas diárias e reforçar o programa Ler e Escrever, que coloca dois professores por sala de aula no primeiro ano do ensino fundamental. Para isso, vamos seguir valorizando esses profissionais. Desde 2005, foram contratados 30.807 mil professores concursados, e os salários subiram 71%, para uma inflação de 41% no período, o que dá um aumento real de 21,2%. Para aprimorar o desenvolvimento profissional dos professores, vamos criar um centro municipal de formação, com cursos de atualização e especialização.

JC&E - O que os servidores municipais podem esperar da sua gestão? Como o) sr vê a política de valorização no serviço público municipal?
JS - Melhoria salarial, melhoria das condições de trabalho e melhoria da carreira. Afinal, são os funcionários que prestam os serviços para a população. Eles têm de ser valorizados. Só para dar um exemplo, lembro que o salário inicial de um médico da Rede Municipal de Saúde era de R$ 2.156, em 2004. Desde 2005, ano em que assumi a prefeitura, até hoje, esse valor aumentou 93% e hoje é de R$ 4.160. Na educação, o piso passou de R$ 1.215, em 2005, para os R$ 2.600 de hoje, um aumento de 113%, o maior do país.

JC&E - A Guarda Civil Municipal não realiza concurso público desde 2004 e está com o efetivo bastante defasado – por lei a GCM pode ter até 15 mil servidores e conta atualmente com cerca de 6.500. Um novo concurso é aguardado desde o final de 2009, mas o órgão alega não ter verba para realizar a seleção. Quais e como deverão ser os investimentos na área de segurança urbana durante o seu mandato?
JS - Vamos investir fortemente na Guarda Civil Metropolitana, ampliando o seu efetivo. Para isso, se necessário, faremos concurso público para ampliação dos quadros da GCM. Também vamos apostar na qualificação profissional dos membros da Guarda e sua renovação tecnológica. Desde 2005, os GCM tiveram aumento salarial médio real de 93%. Além disso, foram criadas novas gratificações: motoristas, atividades na região central, de comando, por desempenho.

JC&E - Como o senhor) encara a falta de qualificação profissional em São Paulo e quais ações e projetos pretende colocar em prática para capacitar os trabalhadores?
JS - A qualificação é fundamental para que as pessoas tenham mais chances de conseguir um bom emprego. Também é importante para que as empresas tenham mão de obra eficiente. Pensando nisso, vamos investir no ensino técnico. Meu objetivo é que a cidade tenha 100 mil alunos em escolas técnicas. O ensino técnico é relevante porque 8 em cada 10 alunos conseguem emprego ao terminar o curso. Para isso, vamos levar o ensino técnico a todos os 45 CEUs e criar um sistema de ensino técnico municipal. Também vamos criar o PROTEC, para oferecer bolsas para cursos técnicos em instituições particulares, no Senac e no Senai. Pretendo também criar programas de treinamentos e qualificação profissional de menor duração, que formarão 100 mil pessoas por ano. Além disso, vamos ampliar o tempo de permanência das crianças nas escolas para chegar a 7 horas por dia. Mais horas de estudos significam mais chances de conseguir um bom emprego no futuro.
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