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Ajudando e prosperando

Formada em biblioteconomia, Paula passou em um concurso para bibliotecária da Universidade Federal do Paraná e, ao contrário do que muitos podem pensar, não parou por aí.

Redação
Publicado em 04/06/2010, às 15h33

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Existe no mundo profissional um lugar comum aterrador. A lógica do cada um por si, que a sabedoria popular convencionou no dito “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Essa condição, embora pouco reconhecida e, de certa forma, encorajada pela lógica capitalista destoa de alguns exemplos que a gente encontra mundo afora. Pessoas que se colocam acima de rótulos e atuam pelo próximo. Não como meio, mas como fim. Paula Carina de Araújo é uma dessas pessoas.

Formada em biblioteconomia, Paula passou em um concurso para bibliotecária da Universidade Federal do Paraná e, ao contrário do que muitos podem pensar, não parou por aí. “Acho que contribuo quando compartilho experiências vivenciadas no meu dia a dia”, diz a jovem de 26 anos, que também é “blogueira”. Pensando em compartilhar sua experiência como bibliotecária e seu gosto por deixar os outros à vontade, criou um blog pessoal que pelo nome entrega a perspicácia da moça nascida em Mafra (SC), “Na era da informação”. Logo, Paula estaria escrevendo em outro espaço. Em um blog destinado a promover uma maior interação entre quem está adentrando o serviço público e quem almeja essa posição. “Em 2008, quando trabalhava em uma empresa em Florianópolis, conheci Guilherme Tossulino que é um dos criadores e editores do blog “Minha Carreira”. Em 2009, quando eu já estava em Curitiba, recebi o convite dos editores do blog para ser colaboradora, escrevendo sobre carreira pública”, contextualiza. Paula escreve textos em que expõe sua rotina profissional temperada com a análise que faz dela. É um relato informal que, segundo ela, é proposital. “Acho que essa forma de escrita é mais convidativa. O objetivo maior dos textos é o compartilhamento de experiências com pessoas que já passaram ou algum dia passarão pelas mesmas situações”.

Paula não perde seus objetivos de vista. Depois de já ter prestado concursos para o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, para o Conselho Regional de Psicologia do Paraná, para a Eletrosul, entre outros, a catarinense faz mestrado de ciência, gestão e tecnologia da informação com vistas a seguir uma carreira acadêmica. “Ainda não cheguei ao meu objetivo maior que é a docência”, adverte. Compartilhar parece mesmo ser um verbo importante para Paula. Tanto é que além de atuar como bibliotecária (e sentir prazer em atender pesquisadores e demais leitores), escrever em dois blogs dicas de “como se dar bem” e objetivar a docência, Paula ainda presta consultoria informacional (organização de bibliotecas, arquivos, normalização de documentos etc). Há quem diga que ela esteja lucrando com isso. É verdade, mas Paula lucra mostrando o caminho do lucro. “Acredito que cada um precisa ter bem claro o seu plano de carreira desde o momento que entra na universidade. Ter um planejamento claro da carreira ajuda muito na hora de tomar a decisão correta, seja ela a de seguir a carreira pública ou passar algum tempo no setor privado. Quando falo sobre esse assunto, eu procuro ter cautela, pois infelizmente ainda há a imagem entre as pessoas de que a estabilidade torna as pessoas descomprometidas. Muitos pensam que ter estabilidade significa menos esforço e pouco trabalho” avalia.

Paula demonstra muita serenidade quando indagada sobre suas motivações. Não começou a escrever nos blogs apenas com o intuito de ajudar os outros. Foi também para se ajudar. Quer coisa mais bonita do que se ajudar, ajudando aos outros? Com a palavra, Paula:  “Muitas vezes me sentia isolada com meus problemas de atuação profissional. Também não tinha como compartilhar o sucesso alcançado com pessoas que têm a mesma vivência. O leitor busca encontrar experiências parecidas com as suas e que o ajudem a refletir um pouco mais sobre sua atuação profissional”.

Crente em Deus e perseverante por natureza; “não devemos desistir no primeiro tropeço, levantar e seguir em frente faz parte do jogo”, Paula orienta concurseiros e demais profissionais do “Brasilzão”:  “acho que precisamos dessa troca principalmente no início da carreira, para moldarmos nossa atuação. Nem sempre vamos acertar, mas essa análise das experiências e, também, a autoavaliação ajudam muito”.

Paula quer ganhar dinheiro? Sim. Quem não quer? Paula quer estar bem posicionada profissionalmente? Sua trajetória pessoal indica isso, mas Paula não quer chegar lá sozinha. Quantos ela puder trazer com ela e ajudar em seus “planos de carreira”, melhor. Ela ainda não é professora. Mas demonstra um potencial danado.

Reinaldo Matheus Glioche

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