A seleção organizada pela Fundação Getúlio Vargas visa preencher 150 vagas.
O diretor-geral adjunto do Senado, José Alexandre Gazineo, encaminhou na última sexta-feira (14) ofício à Fundação Getúlio Vargas (FGV) solicitando esclarecimentos, em 48h, acerca de alegações de candidatos publicadas na imprensa de que teria ocorrido "plágio" de questões de outras seleções no Concurso Público do Senado Federal realizado no último dia 9, em sete capitais.
De acordo com Gazineo, que preside a comissão especial organizadora do edital para realização do concurso, a fundação tem até esta terça-feira (18) para enviar resposta ao Senado explicando o assunto, devendo também publicar essa resposta em seu site www.concurso.fgv.br.
Nota de esclarecimento
A FGV divulgou na semana passada um comunicado no qual se posiciona sobre as denúncias de suposta desorganização feitas por alguns candidatos que prestarem as provas para a seleção que visa preencher 150 vagas.
De acordo com a FGV a coordenação foi de altíssima complexidade logística, uma vez que envolveu a realização de provas em sete capitais simultaneamente (Belém, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo), para um universo de 42.970 candidatos inscritos.
“Sem sombra de dúvida, o planejamento e a execução de um certame nessas proporções, envolvem uma série infindável de profissionais gabaritados, sendo que a FGV se utilizou de toda a sua larga experiência em concursos públicos, para a realização das provas”, afirma a nota.
Em números absolutos, foram utilizadas 847 salas de aula nos sete Estados para acomodação dos candidatos, bem como a FGV disponibilizou um quadro técnico de 2.771 pessoas, que atuaram como coordenadores, fiscais e assistentes. Fora esse contingente ligado diretamente à execução das provas, foram postos à disposição vasta banca de professores para dirimir dúvidas quanto às questões, além de outros profissionais de plantão para eventuais emergências, conforme a natureza do assunto, tais como advogados, médicos, enfermeiros, etc.
“Assim, diante da grandiosidade dos números apresentados, as cerca de 20 reclamações noticiadas além de naturais num certame dessa magnitude, são até ínfimas. Portanto, a FGV cumpriu com sua obrigação com o denodo habitual e adotando todas as precauções e medidas que lhe competia e que o evento exigia, não havendo a mínima ocorrência que possa colocar em dúvida a seriedade e a correção do certame. São esses, em síntese, os critérios que a FGV entende como válidos e legítimos para uma
análise isenta de sua participação em mais este evento significativo para a geração de empregos no Brasil”, finaliza o comunicado.
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“Concurso não deverá ser anulado”
Em nota divulgada pela Agência Senado, o diretor-geral adjunto da Casa, Alexandre Gazineo, informou na noite do dia 11 (terça-feira) que não há elementos que justifiquem a anulação das provas do concurso realizado no dia 9, destinado ao preenchimento de 150 oportunidades, sendo 91 cargos de nível superior e 59 de nível médio.
As avaliações foram aplicadas em sete capitais brasileiras, sob a responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo a qual o exame contou com 42.970 inscritos, dos 500 mil esperados pelo órgão.
Diversos candidatos acusaram a FGV de desorganização na aplicação das provas. Segundo eles, vários itens do edital de abertura do concurso foram desrespeitados. Eles apontaram, por exemplo, o uso de materiais não permitidos na hora do exame, a ausência de detectores de metais nos banheiros e a falta de preparo dos fiscais na orientação aos candidatos, entre outras alegações.
“Até o momento, não há material para a anulação. Ainda exerço um trabalho de fiscalização sobre o desenvolvimento do concurso. Cobrei posicionamento da FGV. É muito prematuro para se afirmar que o concurso será anulado. Não há elemento concreto que possa levar a essa conclusão”, afirmou Gazineo.
O diretor-geral adjunto do Senado disse ainda que o concurso prossegue normalmente, salvo se houver alguma interferência judicial que determine providência a ser adotada pelo Senado.
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