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Candidatos denunciam irregularidades na prova prática

As principais queixas dos concursandos referem-se a atraso no início do teste, violação dos princípios de legalidade, isonomia, moralidade e impessoalidade, orientações difusas e problemas no software utilizado.

Redação
Publicado em 14/09/2011, às 15h51

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Desde o dia 6 de setembro, segunda-feira posterior à aplicação da prova prática de digitação aos 1.600 convocados que batalham por uma das 40 vagas de oficial de promotoria I do Ministério Público de São Paulo, o Jornal dos Concursos & Empregos vem recebendo mensagens de candidatos que se sentiram lesados no teste.
Dos e-mails que chegaram ao JC&E até o momento, a maioria se refere a falhas ocorridas, exclusivamente, em Campinas, cidade que recebeu o maior número de concursandos entre todos os locais de prova: 407, em três horários.
Entre as principais queixas estão o atraso no início do teste, violação dos princípios de legalidade, isonomia, moralidade e impessoalidade, orientações difusas e problemas no software utilizado. Confira os depoimentos:
“Venho tentando concursos há quatro anos, e nunca vi um absurdo maior que esse: descumprimento do edital, pessoas fazendo a prova mais de uma vez, o programa não respondia aos comandos e sumia com linhas, informações diferentes nas orientações escritas e no quadro, mudança de orientação durante a prova. E o que é pior: divulgação do resultado da prova prática sem o espelho, de forma que os candidatos não têm como saber o que erraram e, consequentemente, como recorrer, um absurdo”.Ítalo Almeida “Como candidata, tenho a obrigação de relatar todas as barbaridades que presenciei no dia da aplicação desta prova: formatação feita corretamente pelos candidatos e não aceita pelo sistema por erros de programação do software, atraso de até três horas para aplicação da prova, candidatos chegando após o horário estipulado e fazendo a prova tranquilamente, candidatos saindo com a folha de prova nas mãos”.Ana Paula
“Houve protecionismos diversos, como a entrega do texto logo na entrada de uma das salas, permissão de se fazer duas vezes a mesma prova, descumprimento do edital em relação ao horário de início, aceitação de candidatos atrasados. Além disso, as informações dadas por fiscais da organizadora, edital, convocação e as instruções escritas entregues no dia do certame foram contraditórias”.Maria Regina Marcolini da Silva
“Fui prejudicado pelo desaparecimento do título. O fiscal, antes do início da prova, ao dizer que o título estava sumindo em provas de outros candidatos, falou para fazer a formatação e, somente depois, a digitação. Eu treinei para fazer essas etapas separadamente, em cinco e 11 minutos. Ao fundir as duas, candidatos que não conseguiram digitar em 11 minutos foram favorecidos com tempo a mais, o que fere claramente a legalidade e isonomia. A obrigação da organizadora, ao constatar falha técnica dos computadores, deveria ser parar a realização do teste e marcar nova data. Como isso não aconteceu, foram atingidos também os princípios de moralidade e impessoalidade”. Samuel Yuri
“Resido na cidade de Sorocaba, e para chegar ao local de prova tive de desembolsar pelo menos R$ 100, incluindo pedágio, alimentação e combustível, e para quê? Testemunhei e fui vítima de muito desrespeito e falta de responsabilidade por parte do IBFC. Eu deveria iniciar a minha prova às 14h30, mas nossa turma adentrou a sala por volta das 16h e só começou depois de 20 minutos. Esse atraso, além de aumentar o nível de estresse, provoca cansaço, o que já diminui o rendimento individual. (...) Terminada a digitação, para a minha surpresa, as duas primeiras linhas desapareceram. Os fiscais foram de computador em computador imprimindo e, para minha surpresa ainda maior, as duas supostas linhas apareceram. E eu não estava sozinha, porque outros dois candidatos perderam metade do texto, para outros não saiu o espaçamento. Daí, como se não bastasse, um dos fiscais de apoio deixou escapar que o atraso nas turmas anteriores se deu devido aos mesmos problemas”.Mila Virgínia de Souza
Procurado pelo Jornal dos Concursos & Empregos para responder a essas alegações, o diretor do IBFC (Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação), Alexandre Faraco, mostrou-se surpreso. “Todos os locais foram acompanhados pelo Ministério Público. Se houve alguma irregularidade, o MP seria o primeiro a cobrar”, afirmou.
O Ministério Público pronunciou-se por meio da assessoria de imprensa, dizendo que “recebeu diversos recursos sobre a prova de digitação para o cargo de oficial de promotoria I. Os recursos estão sendo analisados”.
O concurso preencherá 168 oportunidades, entre os cargos de auxiliar de promotoria (marceneiro, pedreiro e motorista), analista de promotoria (assistente social e psicólogo) e oficial de promotoria. As carreiras serão ocupadas na Grande São Paulo e na capital, interior e litoral paulistas. 
Pâmela Lee Hamer

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+ Resumo do Concurso MP

MP
Vagas: 168
Taxa de inscrição: R$ 40 a R$ 70
Cargos: Não definido
Áreas de Atuação: Administrativa, Operacional
Escolaridade: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Superior
Faixa de salário: De R$ 1699,59 Até R$ 3902,86
Organizadora: IBFC
Estados com Vagas: SP

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