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O propósito de uma conquista

O prazer da conquista, seja ela de que natureza for, deve ser saboreado como manda o figurino. E é justamente essa a ideia que move uma tradicional família brasileira.

Redação
Publicado em 05/11/2010, às 14h23

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Qual o propósito de uma vida? Certamente o de “A vida em parágrafos” é mimetizar em linhas grandes trajetórias de sucesso. Trajetórias estas que não são medidas por réguas, estatísticas ou cargos, mas que obedecem a um termostato emocional. O prazer da conquista, seja ela de que natureza for, deve ser saboreado como manda o figurino. E é justamente essa a ideia que move uma tradicional família brasileira.

Você já deve ter ouvido falar dos Schürmann, ou até mesmo acompanhado suas desventuras marítimas no Fantástico da rede Globo. A notória família de velejadores que deu a volta ao mundo duas vezes e unida saboreou todas as suas conquistas, parte para mais uma aventura. Na verdade, já se encontra vivenciando-a. “A experiência de ter cruzado o mundo me mostrou que as oportunidades estão em todos os lugares e que não existe atalho mágico”, explica David, responsável pelo “barco” no qual a família está velejando agora. Trata-se de um “pool” de serviços (livros, palestras, consultoria, etc.) em que a família se vale de sua experiência em situações vivenciadas no mar para orientar executivos e profissionais do mundo corporativo. Para ele, há muitas similaridades entre as atividades: “planejamento, motivação, decisão sob pressão, aproveitar as oportunidades; essas são experiências que o mundo corporativo também vive no seu dia a dia”.  

David afirma que não interessa à família (David e seus pais integram a rotina de palestras, lançamento de livros, etc.) serem professorais. “Mostramos de forma lúdica, mas clara como obtivemos o sucesso nas nossas expedições. Como aprendemos e o que aprendemos. Desta forma a transferência se torna orgânica e a aderência é maior”, resume.

Entre os serviços prestados pelos Schürmann estão workshops que os mesmos frequentaram em países como Estados Unidos, Austrália e África do Sul que já focavam nesse nicho: a aplicação de treinamento em veleiro oceânico para o mundo coorporativo.

O empreendedorismo veio como uma opção natural na evolução do repertório da família. “Meus pais notaram isso muito cedo”, argumenta a respeito do tino empreendedor verificado na família às vésperas de expandir seus serviços para outros países da América do Sul. “Meu pai, Vilfredo, vem do ramo financeiro e minha mãe, Heloísa, do ramo educacional”. David não despreza o valor agregado do nome da família na hora de apresentar-se ao potencial contratante. “A marca (o nome) passa a credibilidade que se baseia em fatos e experiências vividas e não somente teorias”, exemplifica.

Embora não se veja como um esportista, o velejador/empreendedor entende porque o esporte é fonte incessante de inspiração para o mundo dos negócios. “O esportista normalmente tem algum talento especial que o ajudou a alcançar um patamar que parece ser inalcançável.

Acredito que todos temos talentos para coisas diferentes, e se descobrirmos o nosso podemos alcançar o sucesso e com isso compartilhar com outras pessoas essa experiência”. Em comparação com esportistas como o ex-técnico da seleção brasileira de futebol Carlos Alberto Parreira e o atual técnico da seleção brasileira de vôlei Bernardinho, que também lançaram livros voltados para os negócios e ministram palestras para o mesmo público, David credita ao fato de serem uma família, o diferencial dos Schürmann . “É uma dinâmica ainda mais parecida com uma empresa”, aponta.

Mas e a conquista, como fica? Ela é valorizada a todo o momento porque a melhor coisa de ter dado a volta ao mundo, duas vezes, foi adquirir perspectiva: “somos somente uma vírgula diante da grandeza e no tempo deste planeta”.

Por Reinaldo Matheus Glioche


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