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Profissões do futuro

Descubra quais serão as carreiras mais relevantes daqui a cinco ou dez anos para decidir o melhor caminho a seguir na vida profissional

Yahell Luci Lima
Publicado em 07/07/2015, às 10h29

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Escolher uma profissão não é tarefa fácil, afinal, essa escolha determinará quais atividades iremos desenvolver durante grande parte do nosso tempo por muitos anos. Por isso é importante decidir por algo que nos dê satisfação. Mas não é só isso, há também outros aspectos que devem ser levados em consideração antes da tomada de decisão. 
A remuneração e a demanda do mercado, bem como as tendências econômicas e sociais são fatores que influenciam, e muito, o futuro profissional. Com relação a estes dois últimos pontos, estudos recentes revelam que o avanço da tecnologia e da ciência, além das mudanças climáticas, têm impactado os modelos de negócios que conhecemos atualmente e, sendo assim, novas áreas de atuação vêm surgindo e algumas profissões que já existem estão se tornando cada vez mais importantes nesse novo cenário.
O Programa de Estudos do Futuro (Profuturo), da Fundação Instituto de Administração (FIA), e a consultoria britânica Fast Future desenvolveram, respectivamente, as pesquisas “Carreiras do Futuro e Tendências do Empreendedorismo para 2020” e “The Sahpe of Jobs to Come”, que apontam quais serão as carreiras do futuro até os anos de 2020 e 2030. Com base nessas avaliações, separamos quatro profissões que já existem e que devem ser cada vez mais necessárias daqui para frente. Acompanhe!

Perito digital 

Também chamado de forense digital, esse profissional é responsável por encontrar evidências digitais e prevenir crimes cometidos no mundo virtual (como roubo de dados e ataques a contas bancárias) e também no mundo físico, desde que tenham deixado rastros on-line.
A profissão tende a crescer muito, uma vez que, segundo pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.BR) divulgada no ano passado e realizada entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014, 51% dos brasileiros são usuários de internet, ou seja, mais da metade da população do país está conectada. E toda essa comunidade não está segura, pois de acordo com o Relatório Norton 2013, 60% dos adultos usuários de internet foram vítimas do crime virtual apenas no Brasil.
Segundo a consultora sênior da Talenses para a área de TI, Renata Wutke, a segurança da informação é um braço da área de infraestrutura de TI. Sendo assim, os cursos de ciências da computação, engenharia da computação ou processamento de dados são boas opções para quem deseja ingressar na carreira de perito digital. Porém, não basta ser graduado; ter conhecimentos jurídicos e possuir certificações é um diferencial.
A profissão conta com oportunidades na iniciativa privada e na administração pública. A Polícia Federal (PF) tem concursos para “perito digital”. A última seleção divulgada pelo órgão ocorreu em 2012 e oferecia 100 vagas para perito criminal, sendo 18 delas apenas para a área da computação. Para se candidatar era necessário possuir nível superior em ciências da computação, informática, análise de sistemas, engenharia da computação ou engenharia de redes de comunicação. Há expectativa para que a PF lance um novo concurso para perito criminal ainda este ano e o salário deve ser de R$ 16.830,85, conforme consta na tabela de remunerações dos servidores federais 2015.
Na iniciativa privada os salários são um pouco mais baixos. De acordo com Renata, um profissional no início da carreira deve receber entre R$ 2.000 e R$ 3.000. Já uma pessoa com mais experiência na função pode chegar a ganhar entre R$ 7.000 e R$ 10.000 por mês.

Gestor de Big Data 

Com mais da metade da população do país conectada à internet, o volume de informações que circula no ambiente virtual é enorme. E essas informações oferecem um vasto conteúdo relevante para as empresas criarem ou aperfeiçoarem produtos, bem como desenvolverem campanhas publicitárias baseadas nas necessidades e desejos do público.
A questão é que para identificar e analisar esse grande volume de conteúdo é necessário que alguém, no caso o gestor de Big Data, saiba processar esses dados de maneira ágil e eficiente, praticamente em tempo real. Postagens no Twitter e no Facebook, vídeos e comportamentos virtuais geram dados não estruturados que podem ser analisados por meio do Big Data, transformando esses dados em informações úteis.
Segundo pesquisa divulgada pela Cisco (gigante da área de informática), realizada em 18 países, incluindo o Brasil, 60% dos entrevistados disseram que o Big Data ajudará na tomada de decisões. No entanto, apenas 28% deles afirmaram já utilizar a ferramenta para gerar conteúdo estratégico. 
Outro dado que demonstra a demanda do mercado por este tipo de gestor é a resposta de que 76% dos entrevistados no Brasil pretendem melhorar sua estratégia baseada no Big Data.
De acordo com Renata Wutke, o cargo de gestor de Big Data também aparece no mercado com outras nomenclaturas, como gestor de dados ou gestor de informação. Ela diz que um bom começo para os interessados em exercer a função são as faculdades de ciência e engenharia da computação ou matemática. Outro conhecimento essencial para a carreira é o domínio do inglês, afirma Renata.
Quanto às remunerações, um profissional iniciante deve ganhar em torno de R$ 2.000 ou R$ 3.000 por mês. Já a expectativa para alguém com um pouco mais de vivência em banco de dados fica na casa dos R$ 4.000 a R$ 5.000. No entanto, os salários nessa área podem variar entre R$ 12.000 e R$ 20.000 para pessoas com mais de sete anos de imersão no grande volume. 

Gestor de resíduos

Essa profissão tem como foco direcionar corretamente o lixo produzido por empresas e cidadãos, transformando-o em uma fonte de renda. Para isso, o gestor de resíduos deve estar atento às possibilidades de reciclagem, à coleta seletiva e também precisa criar soluções para diminuir a produção e o impacto do lixo no meio ambiente.
Segundo pesquisa realizada em 2013 pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), só naquele ano foram geradas mais de 76 milhões de toneladas de lixo no país. Desse total, 41,7%, ou seja, 28,8 milhões de toneladas foram depositadas em lixões, que é a pior forma de destinação, visto que os dejetos são descartados diretamente no solo, sem nenhum tratamento.
Conforme determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela lei 12.305/10, até agosto de 2014 todas as cidades brasileiras deveriam estar com seus lixões desativados e substituídos por aterros sanitários (que tem o solo preparado para impedir a contaminação do lençol freático, entre outros benefícios). Porém, de acordo com a pesquisa da Abrelpe, ainda falta muito para que este objetivo seja alcançado. 
Além da implantação dos aterros sanitários, a PNRS determina a prevenção e a redução na geração de resíduos, o aumento da reciclagem e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (apenas os lixos que não podem ser reciclados e que deveriam ir para os aterros sanitários).
Todo este panorama significa que a atuação do gestor de resíduos é e continuará sendo por muito tempo uma atividade essencial.
Antonio Simões Garcia, assessor da diretoria da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), afirma que os profissionais que atuam no ramo são formados em diversas áreas, tais como engenharia civil, engenharia ambiental, biologia química, entre outras. De acordo com ele, os engenheiros civis, especificamente, são muito requisitados para construção de aterros sanitários. Sendo assim, o salário oferecido pelo mercado é compatível com a área de formação do profissional, uma vez que a profissão de gestor de resíduos ainda não está completamente estruturada, diz Antonio. 
“O mercado [neste ramo] ainda é tímido, mas tende a crescer à medida que os munícipios implantem a coleta seletiva”. É o que estabelece Luciana Garisto Calejon, docente da área de meio ambiente do Senac. Ela também fala que o gestor de resíduos “deve gostar de trabalhar com pessoas, gestão, legislação e normas. O ideal é que tenha formação nas áreas de saúde e segurança do trabalho e/ou meio ambiente”.
Esse profissional será capaz de atuar em empresas de consultorias mapeando a geração de resíduos de indústrias de todo e qualquer setor produtivo; também poderá trabalhar com a promoção da conscientização ambiental, provocando uma mudança comportamental com relação aos resíduos gerados; e ainda estará apto a atuar em empresas de coleta seletiva ou organizações de destino final destes resíduos, tais como aterros sanitários controlados.
Além dos cursos de graduação citados, já existem cursos livres e de pós-graduação específicos para a formação de gestores de resíduos.

Área de biotecnologia 

A área de biotecnologia pode ser voltada a diferentes ramos de atuação, tais como meio ambiente, agronegócio, saúde, biocombustíveis, entre outros.
A pesquisa realizada pela ProFuturo destaca a área da saúde como especialmente promissora ao falar sobre gerentes que trabalham com informação genética, os chamados bioinformacionistas, servindo como uma ponte para aqueles que atuam com o desenvolvimento de técnicas clínicas. A atuação deste profissional permitirá que a informação genética sirva para desenvolver medicamentos específicos e eficientes no futuro.
A pesquisa também aponta que “o desenvolvimento tecnológico exigirá cada vez mais profissionais capacitados para transformar as novidades tecnológicas em negócios e em aplicações rentáveis”.
Para atuar com biotecnologia na área da saúde os cursos de medicina e farmácia são os mais indicados.
Rodrigo Ritter, diretor global de TI da Nexsteppe (multinacional do setor de biotecnologia) vê a agricultura como a área onde a biotecnologia vem sendo mais empregada. Segundo ele, isso se explica pelo fato de a agricultura e a produção de alimentos sempre terem sido uma preocupação mesmo antes de outras áreas da ciência, como a medicina. Outro fator importante é o investimento de grandes empresas na busca de plantas mais produtivas ou resistentes e até mesmo na transformação genética de plantas.
Para quem deseja atuar no ramo da biotecnologia, Rodrigo diz que a base da formação de um profissional da área passa pela biologia, mas também são necessários conhecimentos das áreas onde as ferramentas serão aplicadas (como agricultura, nanotecnologia ou medicina); e normalmente se faz necessária uma bagagem de estatística e informática/bioinformática.
Outro fato interessante dessa área é que já há bastante demanda do mercado por esses profissionais, principalmente em grandes centros, como Campinas/SP e São Paulo, além de regiões da Califórnia, mais precisamente São Francisco, e outros lugares dos Estados Unidos e da Europa. 
Com relação aos salários praticados pelo mercado, Ritter afirma que “um profissional das áreas de TI ou biotecnologia vai iniciar a carreira com um salário próximo ao da média de um profissional recém-graduado, na faixa de R$ 1.500 a R$ 2.500. Dependendo da experiência adquirida, do valor do processo em que se esteja trabalhando, da empresa e da região onde se esteja inserido o salário de um profissional de biotech pode chegar a R$ 25.000, R$ 35.000 por mês”.
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+ Resumo Empregos Profissões

Profissões
Vagas: Não definido
Taxa de inscrição: Não definido
Cargos: Não definido
Áreas de Atuação: Não definido
Escolaridade: Não definido
Faixa de salário:
Organizadora: O próprio órgão

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