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Projeto 2016: ano novo, carreira nova

Muitas pessoas enxergam, na chegada de um novo ano, o momento ideal para mudar de vida e se arriscar em novas experiências profissionais

Fernando Cezar Alves
Publicado em 28/12/2015, às 07h32

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Com o advento de um novo ano, é comum surgirem questionamentos sobre a necessidade de seguir novos rumos pessoais ou na carreira. A sensação da passagem do tempo muitas vezes se alia a insatisfações financeiras e profissionais, levando milhares de pessoas a buscar novos caminhos. Neste sentido, uma das melhores perspectivas para quem pretende traçar um novo rumo profissional é justamente o ingresso no funcionalismo público. Por isto, o Jornal de Concursos & Empregos ouviu especialistas da área de concursos, que dão dicas de grande importância para quem pretende começar a se preparar para o ingresso na carreira pública em 2016.
De acordo com o diretor da Central de Concursos, Jaime Kwei, mesmo em momentos de crise, como este pelo qual o país tem passado, a carreira pública se torna uma ótima opção, em decorrência da estabilidade, boas remunerações, status e qualidade de vida. “Além disso, o critério de seleção está relacionado ao desempenho na prova do concurso. Critérios subjetivos, como opção sexual, cor da pele e aparência não são levados em conta”, afirma Kwei.
Já o especialista na área de concursos Carlos Alberto De Lucca destaca que nos últimos anos a maior parte das carreiras públicas tiveram um aumento de remuneração maior que na iniciativa privada: “há vários cargos que exigem apenas o ensino médio e oferecem remunerações iniciais de aproximadamente R$ 5.000”.
Além disso, segundo De Lucca, em momentos de crise, a estabilidade na carreira é um grande diferencial, uma vez que um servidor público somente pode ser demitido se cometer falta grave comprovada.
Para conseguir uma colocação, porém, é preciso muita disciplina, dedicação e uma boa metodologia de estudos. Um dos pontos importantes é, antes de tudo, escolher o cargo ou a área na qual pretende efetivamente ingressar. De Lucca explica que existem vários cargos com exigências e remunerações semelhantes, mas com atividades completamente diferentes: “assim, é necessário que o candidato verifique se tem afinidade com o trabalho que será exercido”.
Sobre este ponto, o diretor da Central de Concursos, Jaime Kwei, explica que salários, localidade, órgão e remuneração são componentes importantes na hora da escolha, mas de nada adianta se o candidato não tem o perfil para o cargo. “Uma pessoa agitada não deve escolher um cargo mais burocrático. Para este público existem, por exemplo, os cargos relacionados com a área de segurança pública, como as polícias Militar, Civil, Federal ou Rodoviária”. 

Estudos 

Uma vez escolhida a carreira, o mais importante é se dedicar e contar com uma boa metodologia de estudos. Para De Lucca, existem basicamente dois momentos bem distintos para a preparação: antes e depois da publicação do edital.
Antes da publicação, após escolher uma área – como bancária, fiscal ou segurança – o candidato deve verificar nos concursos anteriores quais foram as matérias e programas destes concursos e focar no estudo das matérias mais básicas, como língua portuguesa, matemática ou raciocínio lógico, evitando, neste momento, matérias específicas, que poderão sofrer alterações do concurso anterior para o atual.
Após a publicação do edital, De Lucca recomenda verificar o peso e a quantidade de questões de cada disciplina. “A seguir, elabore um calendário de estudos com o tempo proporcional aos pontos de cada disciplina. Se uma disciplina tem dez questões e peso dois, e outra dez questões e peso um, a cada três horas, reserve duas horas para a primeira e uma para a de peso menor”, diz. Além disso, o especialista recomenda cuidado com o material de estudos, pois é necessário que seja atualizado, e sugere também a resolução de muitas questões de provas anteriores, atentando-se, ainda, se não existem fases posteriores, como provas de aptidão física, redação ou digitação.
Já Jaime Kwei adverte que existem alguns erros muito comuns que devem ser evitados. Um é a falta de um plano de estudos, lembrando que todo plano a longo prazo exige ajustes. “Todo mês o candidato deve preparar um novo quadro de horários, com base no desempenho no mês anterior”. Outro ponto importante é analisar o edital de forma correta. “Muitos candidatos não analisam o edital atentamente e isso pode causar um prejuízo imenso, como estudar coisas desnecessárias ou até perder prazos”. Outro inimigo do candidato é a desorganização. “Ser organizado é um dos fatores mais importantes para um bom resultado. Otimize seu tempo e separe os horários e dias disponíveis. O importante é a qualidade com a qual absorve a informação e não a quantidade de tempo de estudo”, afirma Kwei, destacando dois grandes inimigos dos concurseiros: a ansiedade e a desmotivação. “Você não vai aprender tudo do dia para a noite. Isso levará tempo. O importante é preparar-se gradualmente. A possibilidade de mudar de vida deve ser o principal incentivo”, conclui.

Novas colocações 

De acordo com De Lucca, cada candidato possui um cargo que almeja, com uma ótima remuneração e prestígio. Porém, enquanto não é aprovado, o candidato pode aproveitar os estudos para também participar de outros concursos que forem surgindo, para outras carreiras. “Esta é uma estratégia muito interessante, pois a aprovação em outros concursos aumenta a confiança e proporciona a segurança emocional e financeira, enquanto se prepara para a nova conquista”, diz.
Neste sentido, o estudo pode ser aproveitado em cargos de uma mesma área. “Em regra, a similaridade de matérias entre concursos permite que o candidato, ao estudar para determinado concurso, já esteja estudando 40% das matérias de mais de dez concursos com matérias afins. Ou seja, se você se prepara para um concurso de auditor fiscal, já está investindo na preparação para o fisco estadual e municipal”, ressalta Jaime Kwei.
Entre alguns cargos com conteúdos semelhantes, destacados pelos especialistas, estão os da área fiscal que, segundo Jaime, mudam somente as matérias específicas e algumas gerais. “O estudo para auditor permite prestar concursos de analista e técnico. O mesmo vale para os tribunais, que possuem matérias comuns, e os da área policial”, diz Jaime. Outros concursos que também contam com conteúdos semelhantes, segundo De Lucca, são os do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. “As disciplinas de conhecimentos básicos são as mesmas para os concursos da Polícia Federal para os cargos de agente, escrivão, papiloscopista e perito”, destaca o especialista.
“Acompanho a área de concursos desde 1979 e, neste período, ocorreram muitas e muitas crises. Entendi que a carreira pública é um projeto de médio e longo prazo e que traz realização, segurança e estabilidade para aqueles que escolhem este caminho. A diferença é que, nos tempos de crise, os candidatos precisam de um esforço maior para não desanimar e perder o foco. Os que conseguem são recompensados”, finaliza De Lucca.
Não desistir também é a principal recomendação dada por Jaime Kwei. “O concurso é um projeto de vida. Alguns conseguem ser aprovados em um rápido período, mas, para a maioria, é um processo de médio prazo. Com a persistência e dedicação, a aprovação é certa”, conclui.
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