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Como fazer bons recursos para concursos públicos

Nos concursos, é assegurado ao candidato a contestação dos gabaritos e das notas atribuídas às provas discursivas. Tal contestação tem por finalidade assegurar a justiça no certame

Victor Dalton
Publicado em 20/10/2016, às 10h21

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Nos concursos públicos, é assegurado ao candidato, em todas as etapas do certame, a contestação dos gabaritos e das notas atribuídas às provas discursivas. Tal contestação, conhecida sob o nome de recurso, tem por finalidade assegurar a justiça no certame. Afinal, violar-se-ia o princípio da isonomia se as pessoas fossem avaliadas erroneamente quanto ao seu conhecimento, por ocasião de um concurso público.
Os recursos são mais comuns em duas etapas do certame: nas provas objetivas e nas provas discursivas.
É comum, imediatamente após a realização de provas objetivas (em média 48 horas), as bancas apresentarem o chamado gabarito preliminar.
O gabarito preliminar é o gabarito que a banca entende como o correto. Porém, é muito comum o gabarito preliminar apresentar erros, seja por apresentar equívocos na formulação do gabarito (erro de digitação, troca de questões etc.), ou equívocos na formulação da questão (questão com mais de uma alternativa correta, questão mal redigida, dentre outros).
As bancas não são perfeitas, os examinadores não são “deuses”. Por isso os alunos podem e devem interpor recursos aos gabaritos preliminares das bancas, quando enxergar que tais equívocos foram cometidos.
Nunca deixe de confrontar sua prova com o gabarito preliminar. Pode ser você a pessoa que vai encontrar um equívoco importante no gabarito da banca, cuja inversão de gabarito ou anulação da questão fará a diferença na sua classificação final. Em concursos, os recursos contra o gabarito preliminar costumam ter prazo para a interposição de recursos nos dois dias úteis que sucedem à divulgação do gabarito.
Provas discursivas são mais complexas de serem corrigidas, por motivos óbvios. E, por mais que os baremas de correção sejam muito bem definidos pelas bancas, o fator humano está muito mais presente, e erros também podem ocorrer.
Por isso, o candidato deve, nesta etapa, confrontar o que escreveu com o espelho de resposta da banca, se houver; voltar à teoria e compreender o que deveria ter respondido; e, sendo pertinente, contestar as penalizações de português e/ou de conteúdo sofridas.Às vezes, pode ser difícil para o candidato contestar a banca nesta etapa discursiva, por uma série de fatores. Exemplos:
1) O candidato pode não compreender as penalizações de português que sofreu, o que é muito comum. São tantas as regras gramaticais, que nos acostumamos a escrever “por instinto” e, na presença de uma penalização, não sabemos se realmente estamos errados ou não;
2) O candidato pode ser penalizado pelo conteúdo, e, não raro, ele conhece aquele assunto “mais ou menos”; ele responde corretamente as questões objetivas, mas se enrola quando precisa escrever ideias organizadas e concatenadas sobre aquele tema.
Perceba que, em ambos os casos, o candidato vira um “fantoche” da banca. O que é muito ruim, pois pode ser que ele faça jus a uma nota maior, mas não saiba como recorrer e conquistar estes pontos.Nestes casos, pode ser que a ajuda de um especialista preencha esta lacuna que o candidato possui. 
O especialista pode fazer toda a diferença para um candidato que esteja na etapa de discursivas. Cada vez mais as provas discursivas estão decidindo quem aprova e quem reprova em um concurso, pois as notas da parte objetiva da prova estão muito niveladas.
Muitas vezes o “simples” recurso te devolve alguns décimos que, ou te elevam posições ou o mantém onde estava. Numa situação dessas, caso não tivesse recorrido, certamente teria “caído” na lista final. Isso é muito comum de ocorrer, sobretudo em dias como os de hoje, em que os décimos são disputadíssimos e representam muitas posições.
“Acredito que, como um advogado jamais deve representar a si mesmo num tribunal, um aluno jamais deveria recorrer de sua prova sem a ajuda de uma outra pessoa, porque corremos o risco de repetir o mesmo vício (erro) cometido.
Bom, como aluno e concurseiro, sei que nem sempre a banca é justa e nem sempre ela acata os recursos. Porém, receber um recurso tão bem feito e fundamentado me deixa bem feliz.” – Ricardo Pitta.
Espero que tenha entendido essa importante ferramenta disponível a vocês: os recursos!
Victor Dalton, analista legislativo da Câmara dos Deputados, coordenador e professor do Estratégia Concursos
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