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Vícios de linguagem frequentes

A língua apresenta constantes alterações na fala e na escrita e esses fatores ocorrem pelo uso de expressões inadequadas, ora por vocábulos coloquiais pronunciados ou escritos erroneamente, ora por gírias, entre outros desvios

Sandra Ceraldi
Publicado em 11/09/2015, às 12h56

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A língua apresenta constantes alterações na fala e na escrita e esses fatores ocorrem pelo uso de expressões inadequadas, ora por vocábulos coloquiais pronunciados ou escritos erroneamente, ora por gírias, entre outros desvios. Com isso, o idioma se distancia da linguagem padrão, a norma deixa de ser respeitada e uma nova língua desprovida de regras surge. Analise as frases a seguir!
Os operários estão de greve. Correção: estão em greve e não estão de greve. Memorize!
Paulo quer namorar com Ana. Correção: o verbo namorar não exige a preposição com, então, Paulo quer namorar Ana apenas.
Acho que meu filho vai repetir de ano. Correção: o verbo repetir não exige a preposição de, pois quem repete, repete algo, então repetir o ano e não de ano.
Estamos falando a nível de economia. Correção: o correto é falar “em nível” e não “a nível”, pois quem fala, fala sobre algo, ou de algo e não a algo. Estamos falando de economia, em nível de economia.
As entregas daquela loja são a domicílio. Correção: as entregas são no domicílio, circunstância de lugar e estática. A preposição correta é “em” e não “a”.
Somos em cinco para o jantar. Correção: o verbo ser não exige preposição, não podemos falar expressões do tipo “somos em”.
Haja visto todos os problemas. Correção: a expressão “haja vista” é feminina. Muito cuidado com seu uso.
Visamos melhores condições salariais. Correção: o verbo visar, obrigatoriamente, exige a preposição “a” no sentido de ter em vista. Não a esqueça nos textos e corrija a frase para: visamos a melhores condições salariais.
Para uma comunicação perfeita há necessidade de libertarmos os textos de repetições, como é o caso do “Queísmo”, isto é, uso exagerado de “quês”, por isso é um vício de linguagem muito corriqueiro, não percebido no momento da grafia e sim, na fala. A palavra “que” possui várias funções em uma frase e desempenha normalmente o valor de substantivo, pronome, conjunção, advérbio, interjeição, preposição e pode ainda indicar realce, daí a dificuldade em ser evitado, mas muita atenção, pois existem recursos para substituí-la. Veja as explicações a seguir!
Omitir a palavra que por um sinal de pontuação. Exemplo: aprendi que tudo é bom! Substitua para: aprendi, tudo é bom!
Usar apenas um particípio no lugar de (que mais verbo no particípio). Exemplo: os resultados que foram publicados não são verdadeiros! Mude para: os resultados publicados não são verdadeiros!
Gerúndio diante da construção (que mais verbo). Exemplo: fez um comentário que criticava os membros da loja. Transfira para: fez um comentário criticando os membros da loja.
Adjetivo em vez de (que iniciando oração). Exemplo: escrevia textos que comoviam. Troque para: escrevia textos comoventes.
Substantivo quando apresentar (que mais verbo). Exemplo: o autor, que escreveu o livro, será homenageado.  Substitua para: o autor, escritor do livro, será homenageado.
Quaisquer repetições textuais, além de poluírem a redação, são condenadas pela norma culta e devem ser trocadas por palavras e expressões sinônimas. O hábito da leitura colabora nesse sentido, enquanto abrange o vocabulário do leitor.
Boa sorte!
Sandra Ceraldi Carrasco é consultora, especialista em língua portuguesa e autora de livros e periódicos na área. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras com índice recorde de aprovação. Seu mais recente trabalho aborda de forma prática o Acordo Ortográfico. Atualmente é docente da Academia de Polícia de São Paulo e professora universitária. Contato: professora.sandracarrasco@uol.com.br.
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