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Da vivência para o online

Analista de sistemas e criador de um site com questões de concursos, Fernando Machado conta como se preparou para os concursos que prestou e como essa vivência se tornou um negócio via internet

George Corrêa
Publicado em 20/09/2013, às 16h23

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Quantas vezes, estudando para um concurso, não nos deparamos com dúvidas que nos fazem perguntar se alguém, em provas anteriores, encontrou dificuldades para responder corretamente determinadas questões, uma vez que as pegadinhas em alguns processos seletivos são frequentes? Mais do que isso: como se preparar para perguntas sobre um assunto que dominamos, mas que, por uma jogada de palavras, nos confundem com as respostas?

Quando começou sua jornada de estudos para um concurso em 2004, o analista de sistemas e diretor do site QConcursos.com, Fernando da Silva Machado, de 33 anos, começou a se perguntar sobre quais os melhores métodos de estudo para se assimilar o conteúdo. “Li alguns livros que falavam de técnicas de estudos e tentei muitas delas, mas nem todas funcionavam comigo”, lembra. “Um dos problemas era que, estudando a partir da teoria, a leitura se tornava passiva demais. Eu ficava com sono, perdia a concentração e tinha a falsa sensação de que tinha assimilado o conteúdo. Quando eu procurava resolver algumas questões, não conseguia acertar muitas”. Neste momento, Machado decidiu mudar a estratégia de preparação.

Formado na área de tecnologia da informação, o entrevistado trabalhou por 10 anos em uma empresa da área educacional. Prestou o primeiro concurso em 2004, para perito criminal da Polícia Federal, mas como não estava preparado, acabou eliminado. “Depois dessa experiência, resolvi levar a preparação a sério e prestei mais três concursos, para o MPU, SERPRO e TRF. Fui aprovado nos dois últimos”, diz. No TRF, pegou primeiro lugar para técnico judiciário. “Tinha acabado de prestar para técnico de informática no MPU e peguei 39º lugar, o que me deixou confiante para prestar para o TRF. Foram dois meses estudando quatro horas por dia com muita disciplina”, afirma.

Morador do Rio de Janeiro, capital fluminense, Machado chegava em casa, do trabalho, por volta das 18h, tomava banho, fazia um lanche e dormia às 19h. Então, acordava às 2h e estudava até às 6h15, saindo de casa às 7h para o trabalho. “Na madrugada meus estudos rendiam, já que eu estava descansado e conseguia me concentrar bem. O silêncio também ajuda bastante, já que não há interrupções”. O analista considera que a junção de disciplina, ritmo e estratégia o levaram ao primeiro lugar no TRF.

Com base nessa experiência, criou – na companhia de dois amigos – o QConcursos.com, site que organiza processos seletivos, provas e perguntas anteriores para facilitar a busca e resolução de questões que o candidato estuda no momento. “Um dia assisti a uma palestra que focava na resolução de exercícios como estratégia de estudos e resolvi estudar dessa forma. Antes, quando saia um edital, eu buscava apenas a teoria exigida no conteúdo programático. Lia bastante, mas nunca conseguia estudar todo o programa exigido”, afirma. “Quando o edital do concurso do TRF saiu, eu tinha dois meses para me preparar para a prova, então procurei na web exames anteriores realizados pela Fundação Carlos Chagas. Fiz o download de mais ou menos 40 provas relacionadas ao cargo e comecei o estudo. Na primeira semana, não resolvi nenhuma prova, apenas fiz uma análise para descobrir os assuntos mais cobrados. Ordenei as provas, das mais recentes para as mais antigas, e para cada uma, fui classificando cada questão por disciplina e assunto. Na segunda semana, comecei a resolução das questões de provas. A leitura não é tão passiva. Eu tinha um problema para resolver (solucionar a questão) e quando estava lendo sobre o assunto, meu cérebro estava procurando a resposta, como um estudo baseado em pesquisas”. Segundo ele, após sete semanas resolvendo questões, se sentiu seguro no dia do exame, já que “a prova nada mais é do que uma bateria de novas questões, baseadas nos assuntos de provas anteriores”.

No site, também existe a possibilidade de o candidato criar seus cadernos de questões e simulados, podendo se autoavaliar a todo instante. “Como trabalhava desenvolvendo sites e sistemas para internet, utilizei a experiência profissional e também a dos estudos para criar um banco de provas e questões de concursos anteriores”, explica Machado. O portal ainda trabalha com o conceito da “rede colaborativa”, onde estudantes ajudam “agregando valor às questões adicionadas e criando comentários que ajudam outros concurseiros a entenderem a resolução da questão”.

Compartilhar das dificuldades pode ser uma saída para adquirir experiência e alçar voos mais altos. A falta de tempo é um dos problemas mais comuns encontrados pelos concurseiros, mas existe uma solução. Machado deixa a dica: “O candidato deve procurar resolver o maior número de questões relacionadas ao cargo que ele irá prestar. Torne a resolução de questões um hábito, que a aprovação será apenas uma questão de tempo”.

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