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As mil faces de Regina

Dona de uma história digna de livro, de um rosto exótico (ruiva, olhos grandes e claros e boca carnuda) e de u

Redação
Publicado em 23/03/2007, às 11h27

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Uma jóia russa direto do Bronx para o cenário pop

por Fernanda Paola


Dona de uma história digna de livro, de um rosto exótico (ruiva, olhos grandes e claros e boca carnuda) e de uma voz que tem tons de Björk, Dido e Jewel, é de se estranhar que a fama de Regina Spektor ainda esteja restrita aos Estados Unidos.

Uma jóia russa, como alguns críticos gostam de chamá-la, Regina nasceu em Moscou, em 1980, e emigrou aos 9 anos com a família para o Bronx, em Nova York. Seu pai, fotógrafo e violinista nas horas vagas; sua mãe, professora de música na Rússia.

É natural que seus primeiros anos nos Estados Unidos não tenham sido muito comuns, ou mesmo felizes. Regina era a típica menina estranha, que não se enquadrava em lugar nenhum. Pulava de colégio em colégio, usava roupas não muito convencionais, passava horas escrevendo em seu diário e, sem o piano - que teve de abandonar na Rússia -, fingia tocar na superfície de mesas. "Não apenas estou desconectada da realidade, como o estou em relação à Rússia. Muitas coisas só aprendi no colégio. E as pessoas ficavam espantadas pelo fato de eu não conhecer Radiohead!", contou ela numa entrevista para a revista norte-americana ID.

No meio dessa confusão toda, Regina apegou-se à única coisa certa na sua vida, a música, e resolveu tomar lições de piano. Foi evoluindo, naturalmente, e começou a fazer shows em alguns lugares onde apenas músicos antifolk tocam. Antifolk, nesse caso, pode ser uma tradução para aquele artista que faz a música que está a fim, sem se preocupar com rótulos. O que era (e é) o caso de Regina, que tem inúmeras influências clássicas, além de rock, punk, pop etc. É, sim, uma antifolk, conforme aqui definido. E apaixonante, romântica, quase boba de tão bonita.

Aquela nerd e esquisita do colegial cresceu na cena novaiorquina, tanto que Julian Casablancas, o vocalista esperto do Strokes, a convidou para gravar uma canção - belíssima, diga-se de passagem - com eles, chamada "Modern girls and old fashioned man", e de quebra ela saiu em turnê com a banda (e ainda sustentou um casinho com o moço).

Em seguida, veio Soviet kitsch, terceiro CD e passaporte para o sucesso (antes dele, Regina já havia gravado 11:11 e Songs, produções próprias lançadas nos EUA, mas ainda com vendagem insignificante). Soviet kitsch vendeu mais de 200 mil cópias e apresentou uma das músicas mais bonitas do seu repertório, "Ode to divorce": ela e o piano numa relação sofrida e intensa (pode ser acessada no site).

Seu último CD, Begin to hope, de 2006, recebeu algumas críticas não muito elogiosas, normal para quem expõe a cara à tapa. Apesar disso, tem canções ótimas, como "Fidelity" (acessada mais de 200 mil vezes no You Tube). Sua música, em síntese, é uma mistura de estilos e referências, que vão desde folk, música russa, jazz e clássico, até hip hop e música negra. E nesse mundo estranho tudo funciona muito bem.

Ainda não existem CDs da cantora editados no Brasil.

Site: http://reginaspektor.com


Trecho de "Ode to divorce"

The food that I'm eating
Is suddenly tasteless
I know I'm alone now
I know what it tastes like
So break me to small parts
Let go in small doses
But spare some for spare parts
There might be some good ones
Like you might make a dollar
I'm inside your mouth now
Behind your tonsils
Peeking over your molars
You're talking to her now
And you've eaten something minty
And you're making that face that I like
And you're going in, in for the kill, kill
For the killer kiss, kiss for the kiss, kiss

I need your money, it'll help me
I need your car and I need your love x2
So won't you help a brother out?
Won't you help a brother out?
Won't you help a brother out, out, out, out, out?

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Trecho de "Ode para um divórcio"

A comida que eu estou comendo
ficou de repente sem gosto
Eu sei que eu estou sozinha agora
eu sei que gosto isso tem
Então me quebre em pequenos pedaços
me deixe ir em doses pequenas
Mas reserve algumas para as peças que restam
Devem existir algumas boas
como você deve fazer uns dólares
Eu estou dentro da sua boca agora
atrás da sua amídala.
à espreita por cima dos seus molares
Você está falando com ela agora
e comendo algo de menta
e fazendo aquela cara que eu gosto.
E você vai entrando, entrando pra morte, pra morte.
Pro beijo matador, beijo pelo beijo, beijo...

Eu preciso do seu dinheiro, ele vai me ajudar.
Eu preciso do seu carro e do seu amor.
Não vai ajudar um irmão?
Não vai ajudar um irmão?


* Artigo extraído, na íntegra, do site da Revista Cult (www.revistacult.com.br).

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