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Heisenberg e o Princípio da Incerteza

Para Heisenberg não existe determinismo: tudo é incerto, até o polêmico e misterioso encontro que protagonizou

Redação
Publicado em 12/06/2007, às 13h15

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Para Heisenberg não existe determinismo: tudo é incerto, até o polêmico e misterioso encontro que protagonizou em Copenhagen

por Carmen Kawano

Considerado o mais criativo físico da mecânica quântica, o alemão Karl Werner Heisenberg (1901-1976) mudou a visão de mundo de muitos e protagonizou um dos encontros mais estranhos da história da ciência.

Ele teve a sorte de viver os anos dourados da física - as três primeiras décadas do século 20 -, mas também teve a infelicidade de assistir às duas Guerras Mundiais. Filho de um professor de grego e cultura bizantina da Universidade de Munique, doutorou-se em física com menos de 24 anos, tornou-se professor assistente e desenvolveu seu trabalho com as chamadas matrizes quânticas, que mais tarde contou para que lhe atribuíssem o Nobel de física de 1932.

Mas sua idéia mais famosa é a que ficou conhecida como Princípio da Incerteza, lançado em 1927, um dos pilares quânticos que diz que não podemos medir ao mesmo tempo e com precisão duas quantidades físicas de uma partícula, como a posição e a velocidade de um elétron. O problema não está na medição, mas sim na partícula, ou seja, é ela que não tem esses dois valores, precisa e simultaneamente. A natureza é, então, incerta e indeterminada. Para ele, a relação causa e efeito na física não existe.

Heisenberg, assim, pôs fim à determinação absoluta na ciência, ou à relação de causalidade. A mecânica quântica tornou-se uma teoria estatística, que trabalha com probabilidades no estudo de fenômenos da natureza.

Essa idéia de uma natureza imprevisível mexeu com as cabeças dos cientistas de mentalidade clássica da época. Mesmo Einstein não podia aceitar tal inovação - o que o levou a dizer a famosa frase "Deus não joga dados com o Universo", inconformado com uma natureza não-determinística da matéria. Em oposição ao criador da relatividade, Heisenberg trabalhou, nos anos 1920, com o dinamarquês Niels Bohr na que ficou conhecida como a Interpretação de Copenhagen, que acabou prevalecendo na mecânica quântica. Essa versão vai além e afirma que as partículas como o elétron não são previsíveis, ou não se pode dizer como elas se comportam entre uma observação e outra. A observação é que cria a realidade da partícula.

Copenhagen, aliás, foi o palco de um polêmico encontro entre Heisenberg e Niels Bohr em 1941, durante a Segunda Guerra. O alemão tinha optado por ficar em seu país e se tornou líder das pesquisas nucleares de Hitler. Nessa condição, viajou para a Dinamarca, já ocupada pelos nazistas, ao encontro de Bohr, que continuava em contato com os pesquisadores aliados. Depois do encontro, os dois nunca mais tiveram um relacionamento amigável. E ninguém tem certeza sobre o que foi conversado. Só o que se sabe é que foi um encontro misterioso, incerto, indeterminado.


* Matéria extraída, na íntegra, do site da revista Galileu (www.revistagalileu.com.br).

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