39% dos estagiários pertencem à Classe C e quase 38% são da Classe D/E, aponta estudo

Um estudo realizado pela Tendências Consultoria, a pedido do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), revelou que 39% dos estagiários no Brasil pertenciam à Classe C em 2023. Esses estagiários vêm de famílias com renda mensal entre R$ 3,3 mil e R$ 8 mil. Logo atrás, estão os estagiários das Classes D/E, que representam 37,8% do total e possuem renda mensal de até R$ 3,3 mil.

A série histórica do estudo mostrou que, em 2023, os estagiários das Classes C e D/E retomaram os níveis pré-pandemia. Durante o auge da crise sanitária, entre 2019 e 2020, o número combinado desses grupos caiu de 685,3 mil para 512,2 mil em apenas doze meses. Nos últimos anos, esse número voltou a crescer, retornando ao patamar anterior.

O levantamento também projeta um crescimento de 3,7% no volume de estagiários no Brasil em 2024, em comparação com 2023, e de 4,5% em 2025, quando o país deverá atingir a marca de 1 milhão de estagiários, o maior volume desde o início da série histórica da PNAD Contínua (IBGE), em 2012.

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Esse cenário positivo é impulsionado por diversos fatores, incluindo a reforma trabalhista e reformas macroeconômicas que incentivam a expansão de empresas com CNPJ. Além disso, o trabalho remoto, que oferece flexibilidade, redução de custos e menor necessidade de deslocamento, também contribui para esse crescimento. Embora o modelo remoto tenha menor adesão no Brasil em comparação com economias avançadas, ele tem ganhado espaço.

Humberto Casagrande, CEO do CIEE, destacou a importância do estágio para a manutenção dos mais de 900 mil estagiários brasileiros. 

“O levantamento nos mostrou que o percentual de estagiários que são responsáveis pelos rendimentos do domicílio quase dobrou desde 2018. Portanto, o estágio possibilita a permanência nos bancos escolares e ajuda nas contas de casa”, afirmou Casagrande.

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Jornalista especializado em produção de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com experiência em redação e edição de texto.

Formação em Ciências Sociais pela FFLCH-USP e graduado em jornalismo pela FAM, com cursos livres nas áreas de políticas públicas, economia e finanças.

Começou como estagiário no JC Concursos, mas também acumula experiências como redator na agência de comunicação Neto Angel. Além já atuou como editor na Serasa, Eu Quero Investir e Torcedores.com.