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Ainda existe preconceito com profissionais com mais de 50 anos?

Cada vez mais a população brasileira envelhece, mas fica a dúvida se o mercado de trabalho ainda aceita esses profissionais mais velhos

Mulheres mais velhas em reunião
Mulheres mais velhas em reunião - Freepik
Victoria Batalha

Victoria Batalha

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 02/09/2022, às 09h19

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Segundo dados feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2060, 25,5% da população brasileira será composta por pessoas na faixa etária acima dos 60 anos. Outra pesquisa, realizada pelo Idados, consultoria especializada em análise de dados, informa que o número de desempregados com mais de 50 anos era de 508,9 mil pessoas em 2012 e, atualmente, são 1,4 milhões de pessoas com este perfil em busca de uma recolocação no mercado de trabalho.

Para a professora Elaine Pacheco, coordenadora do Núcleo de Empregabilidade da FAE Centro Universitário, se o percentual de pessoas mais velhas empregadas não aumentarem, podemos sofrer um problema de mão de obra. Ainda de acordo com dados do IBGE, atualmente são 54 milhões de brasileiros com mais de 50 anos, o que leva à conclusão que essas pessoas estão e continuarão no mercado de trabalho. Ainda assim, a contratação dessas pessoas não é prioridade. “A contratação dessa faixa etária ainda é um grande desafio e não é tratada como prioridade”, comenta Elaine.

Segundo Pacheco, existe um preconceito etário que é cultural, em que muitas empresas conservam um pensamento que pessoas mais velhas não são capazes de se adaptar às novas mudanças de tecnologia, novo mercado, a ambientes de trabalho mais dinâmicos, etc. Além disso, a contratação de funcionários mais jovens tem uma diferença na remuneração, nível de atualização e uma menor chance de a ter propensão a doenças.

Mas Elaine alerta, que não são apenas as empresas que devem mudar o pensamento. “Esse profissional deve estar aberto aos novos formatos de trabalho, disposto a atuar em novos modelos de negócios e manter-se atualizado, principalmente com a tecnologia e novos conceitos relacionados a negócios”, analisa a professora.

Profissionais +50 no mercado de trabalho 

Muitos dos profissionais com mais de 50 anos acabam se encaixando na área de serviços, como consultores, autônomos e freelancers. Com isso, ajuda a movimentar o mercado de trabalho e também aumente a geração de renda desses trabalhadores e seus familiares. Por outro lado, com a grande quantidade de brasileiros desempregados, a recolocação no mercado de trabalho se torna extremamente acirrada. Clique aqui e veja dicas de empregabilidade para profissionais com mais de 50 anos.

Para finalizar, a professora Elaine Pacheco comenta que esse público deve adotar o lifelong learning, que é a educação continuada. Hoje em dia, o mercado de trabalho prefere pessoas que sigam o lifelong learner do que pessoas com hard skills. Isso porque a educação continuada tem muitas vantagens, como aumento da remuneração, desenvolvimento na capacidade de adaptação, atualização nas ferramentas tecnológicas e mais oportunidades de emprego. “Nunca é tarde para aprender, reaprender e requalificar”, observa.

+++ Acompanhe as principais informações sobre processos seletivos no mercado de trabalho, na editoria de Empregos do JC Concursos.


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