Alerta de fraude! Como identificar e evitar o golpe do falso emprego

Em um mercado de trabalho em constante evolução, a procura por emprego se tornou um terreno fértil para fraudadores. Com mais de 306 mil postos formais criados apenas em fevereiro, segundo o Caged, o Brasil vê um aumento preocupante no número de golpes relacionados a falso emprego.

A Heach Brasil revela que 1 em cada 10 pessoas já foi vítima dessa armadilha, com indivíduos entre 26 e 50 anos sendo os mais visados.

Um relato recente de uma usuária, conhecida como hellbecah no X, ilustra a astúcia dos criminosos. Ela descreveu como foi aprovada para uma vaga anunciada na Infojobs sem uma entrevista formal e foi solicitada a pagar R$ 180 para um suposto exame de admissão — um claro sinal de alerta.

A Kaspersky, gigante da segurança cibernética, bloqueou globalmente cerca de 508 milhões de tentativas de acesso a conteúdos fraudulentos, com 10,57% dessas tentativas ocorrendo no Brasil. Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, atribui esses números à alta utilização de redes sociais pelos brasileiros, inclusive na busca por empregos.

José Tortato, COO do Banco Nacional de Empregos, adverte que as ofertas fraudulentas costumam ser tentadoras, prometendo trabalhos de meio período, sem necessidade de experiência e com salários elevados. “Os candidatos devem sempre desconfiar de ofertas que parecem boas demais para ser verdade”, aconselha.

Dez dicas para não cair na cilada do falso emprego

1. Pagamento para Processo Seletivo: Nunca pague para participar de um processo seletivo. É um sinal claro de fraude.
2. Cursos Pagos para Contratação: Desconfie de qualquer exigência de pagamento por cursos como parte do processo seletivo.
3. Comunicação Confusa: Erros de digitação e comunicação mal redigida são indicativos de golpes.
4. Sites Estranhos: Anúncios que redirecionam para sites desconhecidos podem ser armadilhas para coletar seus dados.
5. Contato Imediato: Seja cauteloso com contatos que ocorrem logo após a candidatura, especialmente se houver oferta de produtos ou serviços.
6. Vagas Genéricas: Vagas muito amplas podem ser apenas iscas para capturar dados para bancos de dados de marketing.
7. Histórias Impróprias: Histórias longas e confusas que pedem informações pessoais incomuns são suspeitas.
8. Convites em Nome de Plataformas: Plataformas de emprego não entram em contato diretamente com candidatos; isso é responsabilidade das empresas.
9. Dados Pessoais: Informações sobre bens ou vida pessoal não são relevantes para o processo seletivo e não devem ser compartilhadas.
10. Exigência de Presença: Recrutadores legítimos não exigem comparecimento presencial para detalhes sobre vagas.

A busca por emprego requer vigilância e precaução. Verifique sempre a autenticidade das vagas e das empresas, e nunca compartilhe informações pessoais sem garantir a legitimidade do contato. Lembre-se, se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é. Mantenha-se informado e proteja-se contra o golpe do falso emprego.

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Jornalista especializado em produção de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com experiência em redação e edição de texto.

Formação em Ciências Sociais pela FFLCH-USP e graduado em jornalismo pela FAM, com cursos livres nas áreas de políticas públicas, economia e finanças.

Começou como estagiário no JC Concursos, mas também acumula experiências como redator na agência de comunicação Neto Angel. Além já atuou como editor na Serasa, Eu Quero Investir e Torcedores.com.