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Felicidade no trabalho. Palco ou plateia?

2014, para muitos, será um ano feliz, porque terá inúmeros feriados e pontos facultativos, devido aos eventos sediados por aqui. O que nos dignifica é realmente o trabalho ou a remuneração advinda dele?

Edison Andrades
Publicado em 09/06/2014, às 09h46

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O professor e psicólogo americano de origem húngara Mihaly Csikszentmihalyi, questiona, em sua teoria sobre o estado de “Flow” (fluxo), "o que faz a vida valer a pena?". Observando que o dinheiro não traz felicidade, ele analisa aqueles que encontram prazer e satisfação duradoura em atividades que levam a esse estado. O fato é que, dentre os resultados de sua pesquisa, o trabalho pode, sim, levar as pessoas a encontrarem sua completude e significância. Outro autor e professor, agora brasileiro, chamado Mario Sergio Cortella, destaca que pessoas se realizam no que fazem quando encontram a si mesmas naquilo, ou seja, quando se veem em sua própria obra.

Estava pensando sobre tudo isso e, obviamente, surge um questionamento: “se o trabalho dignifica o homem, por que queremos evitá-lo o tempo todo?”. 2014, para muitos, será um ano feliz, porque terá inúmeros feriados e pontos facultativos, devido aos eventos sediados por aqui. O que nos dignifica é realmente o trabalho ou a remuneração advinda dele? As pessoas se sentem, no geral, com a obrigação social de manterem suas famílias e sustentarem suas necessidades, mas, para estas, isso não precisa, necessariamente, vir do trabalho. Brigamos conosco o tempo todo! Pare de brigar sozinho!

Duas palavras são pivô de nosso conflito: “Talento” x “Vocação”. Talento é aquilo que fazemos muito bem. Vocação é aquilo que queremos fazer muito bem (nosso chamado). A diferença pode parecer ínfima, mas basta fazer uma breve análise, para percebermos como ela é imensa.

Todos desejamos viver daquilo que nos sentimos felizes em realizar. “Faça o que gosta!”. O fato é que, muitas vezes, o que gostamos de fazer, não fazemos bem, portanto não teremos compradores. Consequentemente, nesse caso, não poderemos sobreviver às custas de nossa vocação. Mas nem tudo está perdido, pois ainda sobrou nosso talento. Saiba que todos possuímos um. Existe algo que já fazemos bem, embora possa ser aperfeiçoado e desenvolvido. Vejo pessoas, no mercado de trabalho, desprezando as oportunidades que lhes são dadas por empresas dispostas a acreditar no talento de seus colaboradores. Estas os admitem, investem em seu treinamento e apostam em suas habilidades. Alguns jogam tudo fora por simplesmente entenderem que aquilo não pertence ao que imaginam ter nascido para fazer (sua vocação).

Então, ficam uma vida inteira “sujando o tacho em que comem”, por não desempenharem a atividade que desejam morrer fazendo. Infelizmente, muitos não constroem nem uma coisa e nem outra. Frustram-se em suas carreiras e se tornam amargos em tudo que realizam. Pior, transferem para seus filhos a dívida da derrota.

A boa noticia é que existe felicidade no trabalho, só resta saber se queremos que a vida valha a pena através daquilo que produzimos. Muitos preferem assistir às “obras” dos outros e apenas aplaudir. Saia da plateia, existe um palco para você. Seja feliz!

Ah! E nunca se esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.

Prof. Edison Andrades é escritor, palestrante e sócio da Reciclare Treinamento. www.facebook.com/professor.edison.andrades

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