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Quer casar comigo?

Existem muitas semelhanças entre um relacionamento conjugal e um acordo trabalhista. Ambos exigem acolhimento, ambos exigem transparência nas informações, ambos precisam de respeito mútuo para que a relação se sustente

Edison Andrades
Publicado em 01/08/2014, às 09h45

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Existe um esforço enorme por parte das organizações quando o assunto é contratação. Diversas empresas gastam muito dinheiro em busca do tão “utópico” funcionário ideal. Contratam agências especializadas para realizar os processos seletivos, buscam as melhores dinâmicas de grupo, estudam as mais competentes metodologias de entrevistas, aplicam formas alternativas de seleção, tudo com o intuito de chegar a um formato quase perfeito, que lhes possa permitir, enfim, encontrar o melhor funcionário.

Tudo isso é válido. Um bom processo seletivo diminui o risco de cairmos nas emboscadas dos “Veteranos de seleção”, candidatos experimentados, com uma habilidade incrível para responder exatamente o que os entrevistadores desejam. Mas, na prática, estão muito longe de atender às reais necessidades das empresas. O caso abaixo vai ilustrar nossa reflexão:

Um homem solteiro está em busca da mulher de sua vida. Ele já viajou o mundo, mas ainda não a encontrou. Ele possui um grau de exigência bastante elevado, já que se sente apto a retribuir tais exigências. Imaginemos que esse homem, lançando mão de diversos métodos para chegar à melhor escolha, encontre a tão sonhada companheira, e melhor, que ela também o escolha como companheiro. Imaginemos então que, após um período, eles optem por um relacionamento mais sério (casamento, por exemplo). Para tanto, ela deverá mudar-se para a casa dele, já estruturada.

Logo no primeiro dia de convivência, ele a abandona. Calma, ele não saiu de casa, mas, ainda que estivesse fisicamente presente, não falava com ela. Não a informou sobre as regras do condomínio, nem tampouco explicou como funcionavam os eletroeletrônicos existentes na residência, enfim, não informou nada à sua esposa. Imagine que esse homem, simplesmente, abstenha-se da rotina diária, realizando com eficácia apenas os compromissos financeiros dessa casa. Imaginou? Agora responda: Terá uma esposa feliz?

Existem muitas semelhanças entre um relacionamento conjugal e um acordo trabalhista. Ambos exigem acolhimento, ambos exigem transparência nas informações, ambos precisam de respeito mútuo para que a relação se sustente. Admito que haja diversos relacionamentos que se sustentam mesmo que o convívio seja de péssima qualidade. Do mesmo modo, diversos trabalhadores se mantêm numa empresa ainda que esta não lhes satisfaça. O fato de uma relação perdurar não significa que ela é saudável!

Assim como o protagonista de nossa história se esforça para encontrar a mulher amada, existe um grande esforço das organizações no que tange à contratação de pessoas. Mas, no momento em que essas pessoas mais precisam ser acolhidas, são, simplesmente, abandonadas. Muitas organizações “abandonam” seus novos colaboradores à própria sorte. Não oferecem informações claras sobre suas funções, seus limites, sua autonomia, sua posição hierárquica e permitem que seus companheiros os recebam pessimamente, etc.

Empresas perdem bons funcionários pelo mesmo motivo que alguns casamentos acabam: ausência na relação.

Ah! E nunca se esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.

Prof. Edison Andrades é palestrante e sócio da Reciclare Treinamentos. www.facebook.com/professor.edison.andrades

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