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Atos indecentes

Artigo do professor Edison Andrades.

Redação
Publicado em 27/02/2012, às 10h14

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Existem organizações preocupadas demais com fabulosos programas de desenvolvimento, mas chamo a atenção para um problema que assola grande parte dessas organizações: o vandalismo interno.

Obviamente, programas de desenvolvimento devem ser implantados e constantemente reciclados, mas primeiro é preciso “limpar o território”. Isso significa não negligenciar os pequenos problemas. Pois eles podem trazer graves complicações futuras.

Saiba que quase todo grande problema já foi minúsculo.  Assim é com nossa vida financeira, afetiva e não poderia ser diferente com os problemas organizacionais. Entre o discurso das pessoas e suas atitudes existe, infelizmente, um grande espaço! Muitos pais, por exemplo, ensinam seus filhos a não mentir, mas são os mesmos que mandam dizer que não estão quando não querem atender alguém. Consumidores que optam por produtos fabricados por empresas que possuem compromisso com o meio ambiente são os mesmos que jogam lixo pela janela do carro. Assim se faz grande parte da humanidade.

Existem organizações que possuem portas e paredes de banheiros e vestiários repletos de insultos e pornografias pichadas. Isso significa que essas organizações estão, embora contra sua vontade, associadas a vândalos que usam seu crachá. Mesmo que o profissional seja o melhor tecnicamente, caso pertença à classe dos delinquentes, não agregará valor algum à organização.

Acompanho organizações que investem muito no aprimoramento técnico, linguístico e até comportamental de seus colaboradores e, como um ato de “gratidão”, alguns as insultam através de atos de vandalismo, pichando suas áreas internas.

Hoje, as organizações buscam superação a cada instante. E, para isso, precisarão contar com seus colaboradores. Portanto não há mais espaço para comportamentos tão marginais como os citados acima.

Alguns diriam que a solução para esse problema seria conscientizar as pessoas sobre o que a organização deveria representar dentro de cada um. Outros, talvez, sugiram rever a seleção de pessoas. Respeito as opiniões, mas prefiro algo mais prático para esses casos: demissão.

Caso haja dificuldade para chegar ao(s) vândalo(s), vale apelar para a tecnologia (monitoramento) e disk-denúncia, mas uma organização não pode se conformar com tal situação. Pessoas decentes não precisam presenciar atos indecentes e conviver com eles. A regra também deve ser aplicada para palavras de baixo calão, pronunciadas em alto e bom tom, o que, muitas vezes, permite que elas cheguem aos clientes externos.  O que se encontra no coração das pessoas representa a matéria-prima de seus atos e palavras. E essas pessoas representam a matéria-prima de uma empresa. Qual é o produto final que queremos?

Prof. Edison Andrades é sócio da Reciclare Consultoria & Treinamento. Site: www.reciclareconsultoria.com.br

E-mail: edison@reciclareconsultoria.com.br

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