Para colocar Starlink em prática no Brasil, a empresa de Elon Musk precisará de bastante mão de obra qualificada
Douglas Terenciano | douglas@jcconcursos.com.br
Publicado em 20/05/2022, às 13h14 - Atualizado às 13h17
O presidente Jair Bolsonaro se encontrará com o bilionário Elon Musk em Porto Feliz, cidade do interior de São Paulo, nesta sexta-feira (20). O homem mais rico do mundo visita o Brasil a convite de Fábio Faria, ministro das Comunicações e na pauta estão a Amazônia e a distribuição de banda larga para escolas rurais.
Vale recordar que Elon Musk manifestou interesse em iniciar operações da Starlink, divisão de satélites da SpaceX, no Amazonas. A confirmação veio por meio de um ofício enviado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), no qual, de acordo com o governo do Estado, a Starlink informou que pretende começar a prover serviços de banda larga a clientes no Brasil. Starlink é uma constelação de aparelhos que orbita a Terra para oferecer internet de alta velocidade em todos os lugares do planeta.
“Além de não abrir mão dos empregos gerados na ZFM (Zona Franca de Manaus), seguimos trabalhando para atrair novos investimentos. Elon Musk demonstrou interesse em trazer investimentos para cá e vamos trabalhar para consolidar esse negócio. Venham conhecer a Amazônia. A Amazônia está chamando vocês”, escreveu o governador no Twitter.
Não dá para cravar o número de vagas que seriam abertas no Brasil, já que a SpaceX ainda não informou muitos detalhes, mas a empresa de Elon Musk está em constante expansão. No início de maio, o foguete Falcon 9 colocou em órbita mais 49 satélites de comunicação que participam da Starlink. O novo grupamento de satélites se soma aos 1,8 mil outros aparelhos que já estão em operação.
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Com a tecnologia, os satélites se comunicarão uns com os outros ainda mais rapidamente, o que deve garantir aos usuários ainda mais velocidade de conexão entre pontos distantes entre os continentes. Para colocar tudo isso em prática no Brasil, é possível crer que a empresa de Elon Musk precisará de bastante mão de obra qualificada.
Em janeiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou as operações da Starlink no Brasil. A agência impôs, entretanto, um limite para a quantidade de satélites em órbita para atender o país. Caso o limite seja extrapolado, um contrato adicional deverá ser submetido. As informações são da Agência Brasil.
Segundo os planos da empresa, a constelação Starlink poderá chegar a 42 mil satélites em órbita, algo criticado por especialistas da astronomia, que afirmam que os equipamentos poluem e atrapalham a observação dos astros e do espaço sideral. Outra crítica recorrente à iniciativa é a possibilidade de colisão com aeronaves que alcancem altura orbital, algo que tornaria ainda mais complexos os lançamentos de foguetes e aeronaves para o espaço.
A Starlink deverá oferecer planos de conexão via satélite em alta velocidade para o Brasil até julho deste ano.
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