Presidente irá reeditar MP do Contrato Verde e Amarelo para incluir medidas de estímulo dos empregos durante a pandemia do coronavírus
Na tarde desta segunda-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou, em suas redes sociais, que irá revogar a Medida Provisória do Contrato Verde e Amarelo. Vale lembrar que a MP perderia a sua validade hoje por não ter sida votada no prazo de 120 dias. A medida foi aprovada pela Câmara no último dia 15 e enviada ao Senado, onde não houve acordo para sua aprovação.
Bolsonaro disse ter feito um acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AM), para reeditar uma MP específica sobre essa modalidade de contrato para o período da pandemia de Covid-19.
O Contrato Verde e Amarelo era uma modalidade de contrato de trabalho com redução dos encargos trabalhistas pagos pelas empresas, destinado incentivar o primeiro emprego. A expectativa do governo era gerar cerca de 1,8 milhão de empregos de até 1,5 salário mínimo até 2022 para jovens entre 18 e 29 anos sem experiência formal de trabalho.
Entretanto, a MP fazia uma série de alterações na legislação trabalhista, sobre as quais não houve acordo com os partidos de oposição.
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Entre essas mudanças, a MP estabelecia que acordos e convenções de trabalho prevaleciam sobre a legislação ordinária, sobre súmulas e jurisprudências do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e de tribunais regionais do Trabalho, exceto se contrariassem a Constituição Federal.
Reedição
No fim de semana, Davi Alcolumbre sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro que reeditasse a MP, para que os parlamentares tivessem mais tempo para discutir o tema.
Na sexta-feira (17), Alcolumbre retirou a medida provisória da pauta da sessão do Senado, a pedido dos líderes, para que fosse negociada no fim de semana, e nesta segunda-feira também não obteve acordo para votação.
* reprodução Agência Câmara
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