Com objetivo de auxiliar os trabalhadores em busca de um novo emprego, confira dicas para um currículo atraente e eficaz
Douglas Terenciano | douglas@jcconcursos.com.br
Publicado em 13/05/2022, às 10h29 - Atualizado às 10h55
Muitos candidatos são vetados para uma vaga de emprego, estágio ou trainee muito antes de chegar na entrevista com o recrutador. Um dos motivos mais comuns para essa desclassificação prematura é um currículo pouco atrativo. Por isso, nunca é demais reforçar a importância de um currículo bem feito. Afinal, este é o primeiro meio pelo qual o candidato se apresenta para um possível emprego. “Ainda que sua experiência de trabalho seja consistente, um currículo incompleto pode diminuir as chances de se chegar até a entrevista”, diz Aliesh Costa, especialista em recursos humanos e carreiras e CEO da Carpediem RH. “Antes de clicar em enviar, a pessoa deve fazer o máximo possível para que ele se destaque”, conclui.
É importante destacar que o documento deve ser factualmente preciso, incluindo datas das últimas experiências, escolaridade concluída, assim como cargos e habilidades adquiridas em cada função. Dessa forma, o recrutador conseguirá avaliar de forma precisa o crescimento profissional do candidato. No mais, a redação concisa, sucinta e direta e o uso correto da gramática também são pontos importantes. “Acima de tudo, pense no currículo sob a ótica do marketing, ou seja, como uma ferramenta estratégica para comercializar sua marca individual”, diz Aliesh.
Com objetivo de auxiliar os trabalhadores em busca de uma nova oportunidade de emprego, confira, a seguir, 11 dicas da especialista para um currículo atraente e eficaz:
Em primeiro lugar, o empregador precisa saber quem é você e como acioná-lo. Assim, logo no topo do documento, devem constar o nome completo, idade, endereço (com a cidade onde reside), números telefônicos, endereço de email e, caso possua, também o perfil do LinkedIn. “O candidato deve estar atento ao seu endereço de email, evitando utilizar apelidos ou títulos genéricos, como nome de personagens, o bairro onde se vive ou conjuntos musicais, por exemplo, pois isso soa pouco profissional”, alerta Aliesh. Informações como CPF e RG são dispensáveis.
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Devem ser inseridos no início do currículo, logo após os dados pessoais, pois é muito importante que o candidato deixe claro as áreas de atuação desejadas. “Os objetivos devem ser sempre alterados conforme as empresas, para que estejam alinhados com os valores de cada organização”, diz Aliesh.
É opcional e consiste em tópicos que têm como finalidade trazer uma visão geral de como foi a carreira do candidato, as principais empresas e setores por onde passou e que tipo de responsabilidades assumiu. “A ideia aqui é contar objetivamente sua trajetória para facilitar o trabalho do recrutador”, diz Aliesh.
Estas informações devem ser sucintas e prezar pela clareza. Basta colocar o nome das instituições onde estudou (escola, faculdade) bem como daquelas onde fez pós-graduações ou MBA, por exemplo. “O candidato deve apontar também os respectivos anos de conclusão, pois assim os recrutadores conseguem ter uma noção do quanto a pessoa está atualizada”, destaca Aliesh. “Caso o curso esteja em andamento, deve ser colocado o ano previsto para conclusão”.
Este é o “coração” do currículo, sua parte mais importante. Para que a seção seja lógica e informativa, é preciso listar as experiências em ordem decrescente, ou seja, das mais recentes para as mais antigas. Em cada uma, o candidato deve inserir o nome da empresa, cargo ocupado e um breve resumo das atividades realizadas. Além disso, o mês e ano em que entrou e saiu de cada organização também devem constar. Pode-se, ainda, colocar um breve descritivo sobre cada empresa, o que não é obrigatório. “Na hora em que estiver concentrada nestas informações, a pessoa deve fazer uma reflexão para elencar as atividades essenciais que desempenhava”, diz Aliesh. “Assim, o recrutador não terá dificuldades em avaliar se há ou não aderência à vaga”. Outra dica é filtrar as experiências mais relevantes, além da atual. Nesse sentido, se o candidato é um gerente, por exemplo, não há motivo para inserir sua experiência como estagiário (algo que ocorreu há muitos anos).
Essa dica vale para quando o currículo for enviado por email. Consiste, basicamente, em se apresentar para o recrutador de maneira mais pessoal, explicando as motivações e tudo aquilo que não foi possível abordar no currículo. “Uma carta de apresentação bem elaborada pode fazer a diferença entre conseguir uma entrevista de emprego ou ter a inscrição ignorada, por isso vale dedicar um tempo para escrever um texto cuidadoso e personalizado para cada candidatura”, diz Aliesh.
O currículo profissional está sempre em evolução. É imprescindível, portanto, que o candidato continue modificando e aprimorando-o e mantenha suas diferentes versões, à medida que avança na carreira. A cada emprego desejado, é preciso pesquisar sobre a empresa e ler a descrição do cargo com atenção. Assim, o currículo poderá ser adaptado de forma eficaz. “Para facilitar este processo de customização, uma boa dica é ter um currículo base, onde estejam listadas todas as realizações profissionais em detalhes e, a partir deste arquivo mestre, o candidato seleciona tudo o que for relevante para cada emprego específico que está visando”, diz Aliesh.
Aqui, vale colocar tanto cursos presenciais quanto online, filtrando pelos que têm maior aderência à oportunidade. Para cada um, é importante inserir o nome da instituição de ensino, bem como mês de conclusão e carga horária. Com relação a idiomas, o essencial é listar o nível de proficiência (nível básico, intermediário, avançado ou fluência), sendo que a escola e tempo de estudo são opcionais.
Na primeira rodada do processo de seleção, muitas vezes o currículo é filtrado por um programa automatizado. Ou seja, sem palavras-chave, o documento pode ser eliminado antes mesmo de chegar nas mãos do recrutador. “O candidato deve criar uma lista de keywords da sua área e então distribuí-las pelo currículo”, explica Aliesh. “Estes termos estão relacionados, no geral, à títulos técnicos, competências e nome de organizações. As palavras-chave entram, em geral, nos campos de Objetivo, Resumo e Experiências Profissionais.
Acima de tudo, o candidato não deve incluir experiências e habilidades que não possui. É comum que, antes da contratação, as empresas solicitem testes e avaliações comportamentais – nesta fase, informações falsas são facilmente detectadas e isso resulta na perda da oportunidade.
Nesta fase, é primordial atentar aos detalhes. É preciso garantir um design alinhado. Margens, tamanho e tipo da fonte e espaçamento devem ser padronizados. O uso de negrito e itálico pode até ser válido, mas para alguns poucos destaques. Ou seja, o visual do documento deve ser clean. Em segundo lugar, deve-se verificar a ortografia, pontuação e escolha de palavras. “Errar no português é uma falha grave”, alerta Aliesh. “Especialmente nos dias de hoje, em que temos ferramentas tecnológicas à disposição”.
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