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Pesquisas apontam 230 mil vagas em 2014

O Brasil está entre os dez países que possuem melhor intenção de contratação no mundo, segundo consultoria de recursos humanos

Douglas Terenciano
Publicado em 23/12/2013, às 09h30

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O primeiro trimestre deve ser decisivo nas perspectivas de emprego ao longo de 2014, já que a realização de grandes eventos esportivos e a esperança de desenvolvimento podem impulsionar as contratações logo no início do ano em todo o país. Pesquisas apontam que cerca de 156 mil novas oportunidades deverão ser geradas para atender essa demanda de profissionais, seja com empregos formais ou informais. Além disso, 74 mil ofertas de estágio e trainee deverão surgir neste período.

Em recente pesquisa divulgada pelo grupo Manpower, consultoria de recrutamento e seleção de trabalhadores, o Brasil está entre os dez países que possuem a melhor intenção de contratação no mundo, com expectativa de 16% de aumento. "Apesar de as intenções sofrerem uma diminuição em relação aos outros trimestres, o que era esperado, a taxa ainda reflete um clima favorável para contratações nos primeiros três meses", afirma Riccardo Barberis, presidente executivo do grupo. Na América Latina, o Brasil só fica atrás da Colômbia, que deve liderar as contratações com 19% de aumento.

Ainda de acordo com os dados, o Estado do Rio de Janeiro é o mais otimista, com a elevação na empregabilidade chegando próxima dos 18%. Em relação aos setores, o índice coloca a área de serviços no topo da lista, com expectativa de 27% de crescimento. Logo depois, aparecem os ramos da construção e de transporte e serviços públicos, com 16% cada. “A confiança entre os empregadores permanece positiva e isso é esperado para manter o mercado de trabalho brasileiro mais ativo do que muitos outros nos próximos meses", explica Barberis.

No começo de 2014, as obras do Aerovale, o primeiro aeroporto privado que está sendo erguido em Caçapava, no interior paulista, vão gerar 2.000 postos, entre funcionários diretos e indiretos. As contratações já começaram e cerca de 200 profissionais estão trabalhando. Mais posições devem ser ofertadas nas áreas administrativa e operacional nas próximas semanas.

Vagas – Confira, a seguir, outras empresas que estão em busca de novos profissionais! A Work Able, agência especializada em soluções para trade marketing, prevê 1.200 vagas até março do ano que vem, nos cargos de promotor e consultor de vendas, degustador, demonstrador, repositor, consultor de cores, entre outros. Os trabalhadores devem se preparar para os processos seletivos, comenta Kleber Duarte Santiago, gerente de recursos humanos da agência. “As principais dificuldades para a captação desta mão de obra são as faltas de capacitação e de disponibilidade imediata, visto que o mercado está aquecido”, diz. O gerente informa que a média salarial oferecida varia de R$ 780 a R$ 1.200, com benefícios.

As lojas na região do Brás, tradicional bairro da zona leste de São Paulo e popular pelo alto número de comerciantes varejistas, devem sofrer com a demanda de trabalhadores a partir de janeiro, de acordo com a Associação de Lojistas do Brás (Alobrás). Somente na função de repositor de mercadorias, aproximadamente 500 vagas devem ser disponibilizadas e os interessados precisam ficar atentos aos cartazes colados nas vitrines das lojas com o anúncio do emprego. Para a maioria das ocupações não é necessário ter experiência, mas é exigido ensino médio completo, além de simpatia, disposição e vontade de aprender.

Se por um lado o desenvolvimento do país é bom para a economia e, consequentemente, para o mercado de trabalho, por outro, a escassez de mão de obra qualificada pode encaminhar a área de tecnologia no sentido oposto, fazendo com que sobrem vagas em todo o país. A previsão para o próximo ano é que haverá um déficit de 142 mil profissionais, conforme dados da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex). Se estender as projeções até 2020, o resultado chama ainda mais atenção, com cerca de 480 mil novas vagas disponíveis no setor.

Sergio Sgobbi, diretor de recursos humanos e competitividade da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), acredita que trabalhadores que optarem por essa área podem encontrar um caminho mais rentável. "O aumento (das vagas) faz com que haja uma valorização da remuneração, atraindo, por consequência, mais pessoas à carreira de tecnologia da informação. Dessa forma, entendemos que haverá uma auto-regulamentação do mercado em médio prazo", explica. As Regiões Centro-Oeste e Nordeste devem ter aumentos percentuais mais expressivos nas contratações graças à expansão de seus mercados, citando os ramos da construção civil, agricultura e serviços como exemplos. "É natural que haja demanda por profissionais de tecnologia à medida que mais setores econômicos usem tecnologia em seus processos", completa Sgobbi.

Efeito Copa – A realização da Copa do Mundo em 12 cidades do país, entre os meses de junho e julho, promete aquecer todos os setores. “Oportunidades em diversas funções para trabalhar em hotéis, restaurantes e nos próprios eventos (segurança, ajudante de carga e descarga, garçons) devem ter alta significativa”, avalia Willians Ferreira, coordenador do Centro de Solidariedade ao Trabalhador de São Paulo (CST/SP). Também é provável um aumento nas vagas para a indústria “com a produção de brindes, objetos e roupas temáticas”, informa.

Os candidatos não devem esperar a proximidade dos jogos da Copa para procurar uma vaga, alerta Willians. “No início do ano já devem começar as seleções, pois as empresas precisam dar treinamento e, como necessitam suprir logo essa demanda, não devem exigir experiência”. Por fim, o coordenador ressalta que muitos empregos informais, principalmente no comércio, surgirão durante o período do evento.

Os ramos de turismo e hotelaria devem abrir muitas colocações, mas para quem tem boas qualificações, destaca Caio Infante, diretor geral do site Trabalhando.com. “Vale lembrar que para essas vagas terão preferência profissionais que falem um segundo idioma para atender os turistas”, afirma.

Estágio e trainee – Nem só para empregos a expectativa é positiva. Estudantes de níveis médio, técnico e superior, além de jovens recém-formados, também encontrarão um clima favorável em todas as áreas de atuação. O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) projeta 74 mil novas oportunidades abertas nos três primeiros meses do próximo ano em todas as regiões do Brasil.

Um dos motivos desse aumento ocorre devido à reposição de vagas em companhias e órgãos públicos, já que muitos contratos vencem e coincidem com a formatura de estudantes ou com a efetivação de estagiários. Além disso, as empresas também devem acompanhar a forte demanda de serviços e selecionar novos aprendizes. Somente no Estado de São Paulo serão 38 mil vagas até o final de fevereiro, sendo 15 mil para a capital e região metropolitana e as demais distribuídas por municípios do interior e litoral.

Funções em alta – De acordo com pesquisa do Sistema Nacional de Emprego (Sine), as funções de vendedor, recepcionista, operador de caixa e atendente estarão entre as dez que mais precisam de mão de obra em todo o país. Só para o setor de vendas (interna ou externa), mais de 11.000 postos temporários estão vagos atualmente para candidatos com ou sem experiência.

Adriana Andrade, supervisora do Sine, aconselha os trabalhadores a ficarem atentos a pequenos detalhes para conquistar uma ocupação. “Demonstrar conhecimento dos produtos e serviços que a empresa oferece e ajudar as pessoas da equipe são características que fazem toda a diferença no momento em que o empregador avalia se deve ou não contratar o profissional para sua empresa”, orienta.

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