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Festa de confraternização

Festa de confraternização: um perigo para a carreira!

Redação
Publicado em 22/12/2008, às 11h11

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* Edison Andrades

Viva! Teremos a festa da empresa neste ano !!

Quem não gosta de festa ???

Muitas empresas, ainda que tenham vivido um ano com turbulência, não abrem mão da festa de final de ano, pois, para muitas, trata-se de uma tradição. Então, neste evento, são reunidos todos os funcionários, inclusive, é de praxe que cada colaborador  compareça com sua família.

Muito bem! Este será um dia de festa. Puxa! Neste dia somos todos iguais, onde não há chefe, não há setor de diretoria, não há departamentos hierarquicamente superiores, enfim, um dia de harmonia e confraternização !!!! OPA! Não é bem assim. Sinto em lhe informar, mas neste dia é que o perigo se instala, pois ninguém deixou de ser exatamente o que exerce no dia-a-dia da empresa, aliás, vejo que em dia de festas corporativas as pessoas se denominam até um pouco a mais em relação ao que consta em seus crachás.

Quando eu dirigia o RH, em algumas empresas que passei, costumava dizer que era em festas de confraternização que realizava os melhores “r & s” (recrutamento e seleção), pois lá, as pessoas estão em seu mundo real.

Dentro da empresa todos exercem papéis, vestindo “couraças” de executivos e/ou profissionais  técnicos, mas em dia de festa é que enxergamos o equilíbrio emocional dos colaboradores. Todos estão muito mais expostos, mas não percebem isto.

Muita gente se equivoca ao freqüentar uma festa empresarial, pois enxerga todos como amigos e busca uma equiparação nos relacionamentos, mas isto pode ser um engano e custar muito caro. Vou explicar melhor:

Em dia de festa (na empresa) ninguém deixou de ser o que é, apenas se encontram  à paisana. Por isso, tome cuidado, principalmente com suas atitudes, elas podem ser lembradas com muito peso após dia 31 de dezembro.

O que observo, em muitos casos, é que somos demasiadamente surpreendidos, pois existem pessoas que a cada ano se encontram com um cônjuge diferente, outros sempre se  “enroscam”  com alguém da empresa, outros levam acompanhantes extremamente invasivos e que adoram contar piadas inadequadas, etc., mas o pior acontece quando temos a presença de bebidas alcoólicas, pois sempre terá alguém que passará da medida, então quando este faz parte do baixo escalão, as pessoas até toleram e acham apenas engraçado, porém se nosso “descontrolado” fizer parte da cúpula da empresa ou qualquer cargo de liderança, pronto... será a manchete da “rádio-peão” na segunda-feira.

Amigo secreto (ou amigo oculto):

Em quase toda organização existe, nesta época, aquela brincadeira em que cada um, de forma aleatória, recebe um nome,  e um presente no dia da revelação. Saibam que isto pode ser muito saudável, mas também pode acabar em desconforto. Como assim? Aí vai um pequeno exemplo :

De costume, quando se recebe o “papelzinho” onde consta o nome de seu secreto “amigo”, começa a reciprocidade de mensagens. O  fato é que novamente as pessoas tendem a abusar em relação ao conteúdo das mensagens, afinal é oculto, não é? NÃO. Será oculto até o dia da revelação, no entanto todas as “besteiras” escritas anteriormente terão seu anonimato revelado em poucos dias e muitas perspectivas de crescimento e de carreira podem ir por água abaixo.

Outra modalidade neste tipo de brincadeira é que no dia da entrega dos presentes, as pessoas combinam de “imitar” ou expor algumas características de seu amigo secreto, daí ouve-se coisas como: “...ele é muito chato, tem um jeito de caminhar esquisito, está sempre de mau humor e é um tremendo puxa-sacos...”. Ok! Você já acabou com seu amigo, nem precisaria entregar o presente, pois ele nunca mais vai esquecer suas palavras. Até hoje não entendo, porque temos uma facilidade tão grande em evidenciar os defeitos dos outros, e quase não conseguimos dar um simples elogio. Presenciei um caso, onde um funcionário foi demitido após uma agradável noite de confraternização, pois este colaborador fez uma brincadeira com o dono da empresa (que estava “alcoolicamente” fora de si).

Portanto, saliento a todos que me acompanham agora: Tenha muito cuidado com seu próprio comportamento nestas ocasiões. Tem gente que opta por não participar, também não acho saudável, pois hoje precisamos nos relacionar e estar socialmente inseridos nos grupos e também é bom para a carreira. Apenas procure não entrar no embalo da maioria e mantenha sua imagem e reputação, aliás,  estes pontos devem ser preservados sempre e em qualquer lugar que estejamos, ainda que seja fora da empresa, pois sempre estamos sujeitos à observações alheias.

Boas festas a todos! 

Ah! E nunca esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.

* Edison Andrades é Psicólogo Organizacional (Counseling); Escritor (autor do livro: Como Perder o Emprego (com competência) – Giz Editorial-2007);  Pós-graduado (MBA) em Varejo pela Fundação Instituto de Administração/ USP; Ator profissional; Professor Universitário, ex-Diretor de RH e colaborador semanal do Jornal dos Concursos & Empregos. Contatos: www.edisonandrades.com.br ou e-mail: edison.andrades@terra.com.br.

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