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Negros encontram barreiras para crescer

Mercado profissional paulista ainda tem poucos afro-descendentes

Redação
Publicado em 16/05/2008, às 14h30

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A cidade de São Paulo é a terceira em números de negros no mundo, só perde para Lagos, na Nigéria, e Cairo, no Egito. Mesmo assim, embora a situação dessa população no mercado de trabalho tenha apresentado uma pequena melhora, ainda está longe do ideal. Os negros ainda têm mais dificuldades em conseguirem emprego do que os não-negros. E os salários não são compatíveis com os que recebem os não-negros. Os dados são do Observatório do Trabalho, uma parceria entre a Secretaria Municipal do Trabalho e o Dieese.

1- Participação no Mercado de trabalho:

A participação dos negros no mercado de trabalho cresce desde o ano 2000. O maior destaque é entre os ocupados (empregados) da PEA – População Economicamente Ativa. Em 2000, os negros representavam 28,6% dos ocupados. Em 2007, 33,2%. 

Períodos

Ocupados

Cor e Sexo

Negra

Não-negra

Total

M

H

Total

M

H

2000

100,0

28,6

12,9

15,6

71,4

30,7

40,8

2001

100,0

31,6

14,5

17,2

68,4

29,9

38,4

2002

100,0

31,8

14,6

17,2

68,2

30,1

38,1

2003

100,0

31,8

15,1

16,6

68,2

30,4

37,9

2004

100,0

32,7

15,5

17,1

67,3

30,1

37,2

2005

100,0

31,2

14,9

16,3

68,8

30,9

37,9

2006

100,0

32,7

15,6

17,2

67,3

30,7

36,6

2007

100,0

33,2

15,8

17,3

66,8

29,9

36,9

Legenda: M: Mulheres – H: Homens

Fonte: DIEESE/SEADE e entidades regionais. PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego

Elaboração: Observatório do Mercado de Trabalho

Inlfator utilizado: ICV-DIEESE/SP (Fev/08).

Nos últimos sete anos, as mulheres negras ocupadas no mercado de trabalho paulistano formam o grupo social que apresentou o menor salário. Não só em relação ao total de ocupados (48% do total de ocupados), mas também em relação às mulheres não-negras. Enquanto o rendimento médio das mulheres não-negras somou em média R$ 1.288,00, as mulheres negras receberam 51% desse valor, R$ 660,00. Portanto, no caso das mulheres negras, por mais que o rendimento médio de 2007 (R$ 664,00) seja o maior desde 2002, ele ainda é baixo em relação ao padrão de remuneração das mulheres não-negras, conforme retrata o gráfico abaixo: 

Rendimento médio real das mulheres ocupadas, segundo Cor/Raça – Município de São Paulo - 2000 – 2007

Período

Mulher Negra

Mulher Não Negra

2000

731

1.407

2001

728

1.372

2002

645

1.272

2003

614

1.238

2004

627

1.260

2005

612

1.221

2006

656

1.273

2007

664

1.257

Média do Período

660

1.288


Fonte: DIEESE/SEADE e entidades regionais. PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego

Elaboração: Observatório do Mercado de Trabalho

Nota (1):  Inlfator utilizado: ICV-DIEESE/SP (Fev/08).

2- Rendimento médio

Analisando os valores do rendimento médio de negros e não-negros no período de 2000 a 2007, verificou-se uma tendência de queda nos salários dos dois grupos. Porém, pode-se observar que a queda no valor dos salários dos negros foi menor do que se comparada à queda do salário dos não-negros. Entre 2000 e 2007, o salário médio dos negros caiu 14,07%, enquanto o salário médio dos não-negros caiu um pouco mais, 19,77%. 

Rendimento médio real dos ocupados - Município de São Paulo, 2000 – 2007 (em reais)

Período

Total

Negro

Não Negro

2000

1.635

938

1.932

2001

1.497

902

1.791

2002

1.345

821

1.609

2003

1.295

754

1.573

2004

1.308

774

1.590

2005

1.309

776

1.565

2006

1.319

799

1.591

2007

1.290

806

1.550

Média do Período

1.375

821

1.650

Fonte: DIEESE/SEADE e entidades regionais. PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego

Elaboração: Observatório do Mercado de Trabalho

Inlfator utilizado: ICV-DIEESE/SP (Fev/08).

A pesquisa também revela que houve uma queda no desemprego desde 2005, quando 15,7% da População Economicamente Ativa – PEA estavam desempregados. Em 2006, o índice cai para 14,7% e em 2007, é a menor taxa do período, com média de 13,9%. Os negros têm uma representatividade de 34,2% da PEA. Porém, quando comparada ao contingente de não-negros a sua participação no total de desempregados se eleva a 40,4%.

Para as mulheres negras a situação é mais complicada no ano de 2007: enquanto elas representavam 47,1% da PEA e 45,8% do total de ocupados, respondiam por mais da metade das pessoas desempregadas (55,4%) no município de São Paulo.

Dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios - PNAD revelam que mais de 75% das mulheres negras não possui segundo grau completo, o que é uma condição importante para acesso a vagas qualificadas no mercado de trabalho, enquanto para as não-negras este indicador é de 57,2%.

Deste modo, a questão do nível educacional da população negra, ainda que não explique a totalidade do diferencial de remuneração e empregabilidade encontrado em relação à população branca, é um fator decisivo para uma condição mais igualitária entre as duas raças, no âmbito profissional.

Fonte: Observatório do Trabalho - Secretaria Municipal do Trabalho de São Paulo e Dieese.
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+ Resumo Empregos Mercado de trabalho

Mercado de Trabalho
Vagas: Não definido
Taxa de inscrição: Não definido
Cargos: Não definido
Áreas de Atuação: Educação
Escolaridade: Não definido
Faixa de salário:
Organizadora: O próprio órgão
Estados com Vagas: SP

+ Agenda

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