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Novas gerações valorizam a qualidade de vida, destaca estudo da Gupy

A Gupy lança relatório que mostra a mudança nas prioridades profissionais. As novas gerações estão buscando mais qualidade de vida no trabalho

Novas gerações valorizam a qualidade de vida, destaca estudo da Gupy
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Victor Meira

Victor Meira

victor@jcconcursos.com.br

Publicado em 16/07/2024, às 14h14

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A Gupy, empresa de tecnologia em RH e gestão de pessoas no Brasil, divulgou um relatório sobre a importância da escuta contínua no ambiente profissional. O relatório apresenta dados coletados a partir do uso da plataforma por empresas e colaboradores, destacando algumas das principais mudanças na relação das pessoas com o trabalho nos últimos anos.

Diante do cenário de mudança de perfil geracional, alta rotatividade e demandas crescentes por um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, o levantamento mostra que os fatores que mais impactam no engajamento mudaram nos últimos anos.

Para o JC Concursos, Guilherme Dias, CMO e cofundador da Gupy, afirmou que as pessoas hoje buscam não apenas sucesso na carreira e maiores salários. 

A pandemia trouxe autoconhecimento para muitas pessoas, que tiveram oportunidade de olhar para suas vidas com mais cuidado e recalcular prioridades. Sem dúvidas, muitas das práticas adotadas no mercado de trabalho não eram saudáveis e isso tem mudado com a volta aos escritórios”, diz Guilherme.

Até 2022, os principais atributos valorizados numa empresa por colaboradores mais engajados eram, em ordem decrescente de relevância na avaliação de clima e engajamento: Qualidade e frequência do Reconhecimento (2,4x), Justiça (clareza dos critérios de remuneração e distribuição das recompensas) (2,3x), Oportunidades internas (2,2x), Abertura a novas ideias (1,9x), Felicidade no trabalho (1,8x).

A partir de 2023, até o primeiro trimestre de 2024, os principais fatores valorizados numa empresa por colaboradores mais engajados passaram a ser: Justiça (7x), Oportunidades internas (6,5x), Respeito à diversidade (6,3x), Atratividade (5,45x), Condição de trabalho (5x).

Correlação negativa entre a saída voluntária e o engajamento

Os estudos da Gupy apontam ainda para uma correlação negativa entre saída voluntária e Engajamento, sendo esta correlação moderada nas empresas com mais de 4.000 colaboradores. No recurso de Clima & Engajamento da Gupy, colaboradores avaliam a experiência de trabalho na empresa em pesquisas enviadas semanal ou quinzenalmente, para que lideranças e RHs possam ter um olhar completo sobre a satisfação e engajamento das equipes em diferentes dimensões.

De acordo com o Relatório de Clima & Engajamento criado pela Gupy, e que aborda a importância da escuta contínua nas organizações, os setores com maiores índices de saídas voluntárias em 2023 foram: Tecnologia e Software (3,8%), Varejo e Atacado (3,4%), Agronegócio (1,6%), Indústria (0,9%), Utilidade Pública (0,8%).

Sobre os resultados do relatório, Guilherme Dias destaca a importância de mudar este cenário: “O alto turnover impacta negativamente na perda de talentos, custos financeiros, continuidade operacional, imagem da organização e inovação. Para garantir empregos significativos e retenção de talentos, é essencial focar em relações de reciprocidade, oferecer condições de trabalho adequadas, planos de carreira, desenvolvimento de lideranças e criar experiências que promovam o engajamento.

Estudos de outras organizações corroboram com essa nova realidade: dados da Gallup, de 2023, revelam que 51% dos colaboradores atualmente empregados estão de olho no mercado ou já buscando por um novo emprego, e 59% dos empregados estão no processo de demissão silenciosa - o famoso quiet quitting. Na comparação de percentuais gerais de engajamento nos países do grupo ‘América Latina e Caribe’, o Brasil ficou em 8º lugar, com 28% de engajamento, -1% comparado à pesquisa de 2021.

De acordo com dados recentes do Ministério do Trabalho e da consultoria Robert Half, o Brasil lidera o índice global de turnover, com uma taxa de 56%, superando países como Reino Unido, França e Bélgica. Essa alta rotatividade tem impactos significativos nas empresas, com o tempo médio de permanência dos colaboradores sendo de apenas 2 anos, e jovens entre 18 e 24 anos permanecendo em média 9 meses nas organizações.

Para o CMO da Gupy, é preciso repensar o mercado de trabalho, mas principalmente o clima e o engajamento organizacional, por meio de ferramentas eficientes e comunicação ativa com colaboradores: “A geração Z tem outras ambições e não quer herdar a cultura que perpetuamos. Por isso, não adianta observarmos esse alto índice de turnover e oferecer contrapartidas defasadas. Para isso, é preciso escutar e engajar colaboradores e temos diversos instrumentos para isso.

Semanalmente, a inteligência artificial gera previsões ao nível do colaborador, protegendo o anonimato. Os algoritmos classificam o risco de saída de cada colaborador como alto, médio ou baixo.

Bem-estar é tão importante quanto receita numa empresa e por isso pensamos em um dashboard que leve a sério a saúde dos colaboradores tanto quanto outros fatores. É também uma forma de sinalizar uma gestão humanizada e passar confiança ao time”, conclui Guilherme.

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