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Quer casar comigo?

A comunicação como base no relacionamento II

Redação
Publicado em 27/04/2009, às 10h27

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* Profº. Edison Andrades

Combinamos na semana passada que continuaria o assunto sobre a comunicação e seu desdobramento nos relacionamentos. No entanto falarei da importância desta comunicação logo no começo de tudo, pois muitos profissionais são prejudicados em suas carreiras justamente devido a falta de habilidade e conscientização das organizações em praticar o que alguns autores chamam de “Aplicar pessoas”, ou seja, que tipo de comunicação deve ser implantada logo na chegada do novo funcionário.

Existe um esforço enorme, nas organizações, em relação às contratações, muitas empresas gastam muito dinheiro em busca do tão “utópico” funcionário ideal. Contratam agências especializadas, buscam as melhores dinâmicas de grupo, estudam as mais competentes metodologias de entrevistas, aplicam formas alternativas de seleção, então, inserem o candidato nestes contextos e enfim elegem um formato quase perfeito na captação do melhor funcionário.


Tudo isso acho válido. Creio, e não poderia ter outra opinião, que um bom processo seletivo garante a diminuição dos riscos em cairmos nas emboscadas dos “Veteranos-de-seleção”, são os experts em entrevistas, dinâmicas, etc., são candidatos experimentados, com uma habilidade incrível de responder exatamente o que o entrevistador deseja, mas, na prática, estão muito longe de atender às reais necessidades das empresas. O que mais me chama a atenção não está no processo seletivo em si, mas no desdobramento que este caminha.


Vou exemplificar com uma pequena ilustração:

“Um homem solteiro está em busca da mulher de sua vida, ele já viajou o mundo, mas ainda não a encontrou.  Ele possui um grau de exigência bastante elevado, devido se sentir apto a retribuir tais exigências. Imaginemos que este homem, após diversos métodos de escolha, encontre a tão sonhada companheira, e melhor, ela também o escolheu para que participe de sua vida a partir de agora. Imaginemos então que após um período, e após vários contatos optam por um relacionamento mais sério (casamento, por exemplo) ela deverá mudar-se para a casa, já estruturada, deste homem. Então iniciarão uma vida conjugal.


Logo no primeiro dia de convivência, ele a abandona. Calma, ele não saiu de casa, mas ainda que esteja fisicamente presente, não fala com ela, não a informa das regras do condomínio, não explica como funciona alguns eletro-eletrônicos existentes na residência, enfim, não informa nada à sua esposa.. Imagine que este homem simplesmente se abstenha da rotina diária, apenas realizando com eficácia os compromissos financeiros desta casa. Imaginou?” Agora responda: Será que terá uma esposa feliz?


Não vejo diferença alguma entre um relacionamento conjugal e um acordo trabalhista. Ambos exigem acolhimento, ambos exigem transparência nas informações, ambos precisam de respeito mútuo para que a relação se sustente.


Admito que há diversos relacionamentos que se sustentam, mesmo que o convívio seja de péssima qualidade, e do mesmo modo diversos trabalhadores se mantêm numa empresa ainda que esta não lhes satisfaçam. Uma relação que perdura não significa que seja saudável!


Assim como o homem, em nossa ilustração, se esforça para encontrar a mulher amada, vejo que funciona exatamente assim numa organização, existe um grande esforço no que tange à contratação das pessoas, mas no momento que elas mais precisam ser acolhidas, são simplesmente abandonadas. Muitas organizações “Jogam” seus novos colaboradores à sorte, sim, é o famoso: “SE VIRA!”, este é recebido pessimamente pelos companheiros, não há informações claras sobre suas funções, seus limites, sua autonomia, sua posição hierárquica, etc.


Saibam que muitos profissionais acabam não desenvolvendo suas carreiras, por se frustrarem logo no começo e isso faz com que tenhamos perdas múltiplas, pois as organizações perdem o investimento que realizaram no processo seletivo e o profissional perde ao deixar de acreditar em seu potencial, devido a experiência traumática.


Portanto perdemos um BOM funcionário pelo mesmo motivo que perdemos um BOM cônjuge: INCOMPETÊNCIA.


Ah! E nunca se esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.


* Profº Edison Andrades é Psicólogo - Especialista em desenvolvimento profissional e aconselhamento de carreira (Counseling); MBA; Escritor (autor do livro: Como Perder o Emprego (com competência)- Giz editorial); ex-Diretor de RH. É professor universitário atuando nas áreas de Administração e Marketing. Como consultor e palestrante atua em algumas das principais empresas nacionais e multinacionais do país. É palestrante e instrutor organizacional há mais de dez anos, onde destaca-se devido sua performance teatral, motivacional e irreverente ao transmitir conhecimentos. Marque uma consulta e conheça sua metodologia. contatos:  e-mail: edison.andrades@terra.com.br;  site: www.edisonandrades.com.br.

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