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Rendimento médio dos brasileiros atinge R$ 3.057 e bate recorde histórico, aponta IBGE

Segundo a Pnad Contínua, o rendimento médio real da população brasileira chegou ao maior nível desde 2012. Avanço foi puxado principalmente pelo trabalho

Notas de R$ 100
Notas de R$ 100 - Montagem JC Concursos
Victor Meira

Victor Meira

victor@jcconcursos.com.br

Publicado em 08/05/2025, às 11h48

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O rendimento médio real dos brasileiros alcançou R$ 3.057 em 2024, o maior valor registrado desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. O levantamento, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8), aponta que esse avanço é reflexo principalmente do aumento na renda proveniente do trabalho — ainda que outras fontes também tenham crescido.

O número supera o recorde anterior, registrado em 2012 (R$ 2.974) e representa uma alta de 2,9% em relação a 2023. Quando comparado ao período pré-pandemia, em 2019, o aumento foi de 3,3%. Além disso, o estudo mostra que mais brasileiros estão recebendo algum tipo de rendimento: 66,1% da população nacional em 2024, ante 64,9% no ano anterior.

Segundo o analista do IBGE Gustavo Fontes, o crescimento da renda tem como principal motor o mercado de trabalho: “O rendimento do trabalho em 2024 foi bastante importante no crescimento do rendimento de todas as fontes”, destacou.

Trabalho puxa crescimento da renda

Os rendimentos do trabalho representaram 74,9% da renda média domiciliar no país. De acordo com a pesquisa, 47% da população com 14 anos ou mais declarou ter algum rendimento frequente de trabalho, o maior percentual da série histórica, o que equivale a cerca de 101,9 milhões de pessoas.

A média salarial dos brasileiros também bateu recorde em 2024: R$ 3.225, superando os R$ 3.160 de 2020, ano em que o país também havia alcançado uma alta histórica.

Outras fontes de renda também cresceram

Apesar da predominância do trabalho como fonte de renda, o IBGE identificou crescimento em outros tipos de rendimento. Veja os principais dados:

  • Aposentadoria e pensões: recebidas por 13,5% da população, com valor médio de R$ 2.520;
  • Programas sociais: presentes para 9,2% dos brasileiros, com média de R$ 771;
  • Pensão alimentícia, doações e mesadas: recebidas por 2,2%, com valor médio de R$ 836;
  • Aluguéis e arrendamentos: pagos a 1,8% da população, média de R$ 2.159;
  • Outros rendimentos: 1,6% da população recebe valores médios de R$ 2.135.

Essa última categoria, que inclui seguro-desemprego, bolsas de estudo, aplicações financeiras, direitos autorais e exploração de patentes, foi a que teve maior crescimento proporcional: 12% a mais do que em 2023.

Renda per capita e massa de rendimento também sobem

O rendimento mensal real domiciliar per capita — isto é, dividido entre todos os moradores da residência — chegou a R$ 2.020 em 2024, valor mais alto já registrado pela Pnad Contínua. Esse número representa uma elevação de 4,7% em relação a 2023 e de 19,1% desde 2012, início da série.

No total, a chamada massa de rendimento médio mensal domiciliar per capita somou R$ 438,3 bilhões em 2024. O valor também é recorde e indica uma alta de 5,4% frente ao ano anterior. Deste montante, R$ 328,6 bilhões vieram exclusivamente do trabalho.

Desempenho por região

O Sudeste lidera o ranking com R$ 217,4 bilhões em massa de rendimento — o equivalente a 49,6% do total nacional. Em seguida vêm o Sul (R$ 77,3 bilhões) e o Nordeste (R$ 76,9 bilhões), que juntas respondem por mais de um terço da renda do país.

As regiões Centro-Oeste e Norte ficaram com R$ 40 bilhões e R$ 26,7 bilhões, respectivamente.

Em termos de crescimento, Nordeste e Sul se destacaram entre 2023 e 2024, com aumentos de 11,1% e 11,9% na massa de rendimento per capita. Já o Sudeste teve alta mais modesta, de 2,3%, e o Norte, de 3,1%.

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