O cálculo tem como base futuros investimentos na área de energia verde, como a construção de parques eólicos e usinas solares
Um estudo da Agência Internacional para as Energias Renováveis mostrou que o Brasil já possui 10% dos empregos verdes no mundo, ocupando o segundo lugar no ranking de países com mais empregos na área de energia renovável. O primeiro posto é da China, com cerca de 42%. A expansão desse mercado poderá gerar mais 2 milhões de vagas nos próximos cinco anos. O dado é do estudo “Plano Nordeste Potência”, realizado por Centro Brasil no Clima, Fundo Casa Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto Clima Info.
De acordo com o estudo, o número de empregos verdes do Brasil, criados sobretudo via geração hidrelétrica e biocombustíveis, vai acelerar o ritmo de abertura de vagas na área de energia renovável. O cálculo tem como base futuros investimentos na área, como a construção de parques eólicos e usinas solares.
Segundo o levantamento, 13% das vagas serão para ensino superior; a maior parte, 50% das vagas, será para ensino técnico; os outros 37% não devem requerer qualificação específica. “Essa expansão do mercado de energia mostra o grande potencial do setor na geração de postos de trabalho, o que faz ser possível criar postos não somente direcionados a profissionais com formação específica técnica ou superior”, explica o diretor de experiência e pessoas da Juntos Energia, Vitor de Mesquita. A empresa, atuante no setor de tecnologia de energia limpa compartilhada, tem como projeção triplicar os postos de trabalho durante o ano de 2023.
Porém, mesmo com esta amplitude, há insuficiência de formação técnica para novos entrantes de mercado de trabalho do setor, segundo o Instituto Clima Info, organização sem fins lucrativos voltada para estudos sobre mudanças climáticas, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), e a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica). As entidades defendem parcerias entre governo, empresas e universidades para elevar a qualificação em renováveis. Isso impediria possível “gargalo” futuro na expansão do mercado de trabalho do setor.
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No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a energia solar fotovoltaica acaba de atingir 23,9 gigawatts (GW) de capacidade instalada no país, ultrapassando a energia eólica, que registra 23,8 GW. O grande impulso da fonte de energia gerada pelo sol vem sendo dado pela Geração Distribuída (GD).
O novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a criação de uma Secretaria de Transição Energética, que desenvolverá políticas de desenvolvimento e fomento de energia limpa. “Nossos recursos precisam ser explorados de forma oportuna, sustentável e racional, de modo que gerem em nosso povo e futuras gerações os melhores resultados possíveis”, disse o ministro para a Agência Brasil.
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